Equipe bateu o clube do Rio Bonito por 4 a 3 nas penalidades e conquistou o 9º título da competição/Paulo Sava, com reportagem de Ademar Bettes
Nos pênaltis, o Mais Brasil venceu o CRB por 4 a 3 e se tornou campeão varzeano de 2024 em Irati. A decisão aconteceu no último sábado, 23, no Estádio Municipal Abrahm Nagib Nejm.
No tempo normal, Bruninho abriu o placar aos 7 minutos da 2ª etapa para o Mais Brasil. Preto empatou para o CRB aos 22 minutos de pênalti. Com o empate, a decisão foi para as penalidades. Luan Ferreira perdeu a última cobrança do CRB. Já Bruno converteu o último pênalti para o Mais Brasil e decretou a conquista do 9º título.
Em entrevista à Najuá após o jogo, o volante Erik, do Mais Brasil, enalteceu a qualidade do jogo decisivo. “Não poderia ser diferente, são dois times com uma camisa pesada, com uma tradição muito grande, muitos títulos e finais das duas equipes, a nossa foi a 14ª final do time e o 9º título. É mérito do Eliel e do Sidnei, que mantém este grupo, a base sempre é amizade, que faz a diferença, e sempre buscando uma rapaziada nova que aparece para somar conosco. O jogo sabíamos que seria difícil, tivemos a felicidade de sair na frente, mas tomamos um pênalti e saiu um empate. Sabíamos que poderia ir para os pênaltis, foi um jogo bem equilibrado. Nos pênaltis, tivemos a qualidade do Doni, que pegou, e a nossa, que conseguimos converter e saímos com a vitória”, comentou.
O atacante Bruno, que cobrou o pênalti decisivo, afirmou que usou toda sua experiência e frieza na hora da cobrança. “Não é fácil, o Thiago (Machowski) foi goleiro de clube grande, como todo mundo já sabe e viu ele jogando. Nesta hora, temos que usar da nossa experiência e o que já jogamos para poder converter em gol. Eu não tremi, tinha certeza de que o nosso goleiro ia dar conta do recado para nós, e eu só ajudei como pude”, destacou.
O goleiro Doni, que já atuou pelo Iraty Sport Club, substituiu o goleiro neguinho nas cobranças de pênalti. Ele atribuiu a conquista a toda a equipe. “É o grupo, como o Eliel vem falando. Deus sabe todas as coisas, o Neguinho vinha fazendo um bom campeonato e tinha que estar jogando, com certeza. Eu sempre respeito e sou fã dos goleiros que estão jogando contra ou a favor, eu torço muito. Eu torcia pelo Neguinho, mas, como o Eliel já tinha programado, se fosse para os pênaltis eu iria entrar no final. Hoje eu entrei para contribuir, graças a Deus, com o título do Mais Brasil, e o primeiro ano é mais gostoso com título”, comemorou.
O meia Sávio, que atuou pelo Mais Brasil, enalteceu a qualidade dos atletas que atuaram pelas duas equipes, especialmente os goleiros Doni (Mais Brasil) e Thiago Machowski (CRB). “É algo que é bom para quem está jogando, para quem está assistindo ver dois atletas deste nível jogando o campeonato aqui na cidade, sem falar nos outros atletas. Eu acho que foi um grande jogo, com duas equipes que jogaram futebol, não teve maldade em nenhum lance nem nada. Eu acredito que final tem que ser assim, jogo bom e decisivo. Um enrosco ou outro vai ter, é normal, mas sempre tendo respeito. É comemorar, tem muita gente que torce contra, tenta, mas não adianta. O secador é bom, mas quando não funciona, fica chato para quem torce contra”, afirmou.
O goleiro Thiago Machowski, que atua pelo CRB depois de ter passado por grandes equipes, como o Grêmio, destacou a entrega da equipe dentro de campo, mesmo com a perda do título. “Sabíamos que seria um jogo muito difícil, nossa equipe entrou com um pensamento de jogar em cima deles. Foi um jogo claro, que teve oportunidades dos dois lados. Ficamos tristes por perdermos, mas foi um grande jogo, digno de uma final de varzeano da 1ª divisão aqui de Irati. As duas equipes jogaram muita bola, tivemos as chances de fazer o gol no fim do jogo, mas infelizmente não fizemos. Nas penalidades, erramos dois pênaltis, mas faz parte do jogo. Vamos levantar a cabeça, sabemos que fizemos um grande jogo. Hoje, viemos para jogar bola e fizemos isso, mas infelizmente o resultado não veio”, lamentou.
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O técnico Jé Macedo, do CRB, contou que estudou o adversário antes da partida. “Nós montamos a equipe conforme o nosso adversário. Tomamos o gol já no comecinho do 2º tempo, uma desatenção, e eu tive que colocar o time para a frente. Tirei o lateral esquerdo, jogamos com três atacantes e conseguimos o empate, quase veio a vitória. Pênalti é categoria, e quem tem competência vai lá e faz o gol”, ressaltou.
O atacante Preto, do CRB, disputou seu 28º campeonato varzeano e conquistou a artilharia da competição neste ano. Ele falou sobre a satisfação de participar de mais uma competição do futebol amador, aos 43 anos.
“Para mim é uma honra poder estar aqui, primeiramente com saúde e com os amigos, indiferente do nosso time ou deles, eu tenho só amigos. Primeiro de tudo, o ser humano quer ganhar, brigar e se xingar, mas faz parte, todo mundo quer ganhar. Infelizmente é um ganhador só, e nesta tarde eles foram mais felizes que nós nos pênaltis. Foi um excelente jogo dentro de campo, como foi a semifinal contra o Lagoa, que foi um jogão de bola. Quem ganhou eu acho que foi o pessoal que veio assistir, que viu um grande jogo”, destacou.
O técnico do Mais Brasil, Sidnei Chaves, atribuiu a conquista do título ao Eliel, que monta a equipe para cada disputa. “Quem monta a equipe é o Eliel. É ele o idealizador de tudo, eu só faço o campo, porque o campo é diferente, e eu sou mais velho para poder coordenar esta piazada ano após ano”, finalizou.
Ficha técnica
Mais Brasil 1×1 CRB
Pênaltis: 4 a 3 para o Mais Brasil
CRB: Thiago Machowski; Maionese, Ariel, Rudi e Cauê (Luan Ferreira); Galinho, Toninho, Daniel (André Luiz) e Nathan; Pitchuca e Preto. Técnico: Jé Macedo
Mais Brasil: Neguinho (Doni); Maicon (Paulino Mosele), Luiz, Haroldo (Élisson) e Marinho (Gabriel); Danilo (Manu), Sávio, Erik e Alex; Emerson (Bruno) e Chuchu (Bruninnho). Técnico: Sidnei Chaves.
Árbitro: Matheus Scavinski
Assistentes: Ari Batista e Miguel Antônio de Deus
Representante: Hamilton Adão Gerva
Gols: Bruninho (Mais Brasil) e Preto (CRB).
Cartões amarelos: Preto (CRB) e Erik (Mais Brasil)
Cartões vermelhos: Élison (Mais Brasil) e Lucas (CRB)