Denúncias anônimas já podem também ser feitas através do site www.181.pr.gov.br
Edilson Kernicki, com reportagem de Paulo Henrique Sava e Rodrigo Zub
As denúncias anônimas sobre tráfico de drogas ou crimes de violência contra crianças, mulheres e idosos ganha agora um reforço: além do Disque Denúncia (181), as informações que colaborem na localização e prisão de criminosos podem ser repassadas à polícia através da internet. A Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) desenvolveu o site 181 Narcodenúncia (www.181.pr.gov.br).
O coordenador estadual do 181, capitão Edivan Fragoso, comentou no programa “Café com Notícias”, da rádio Najuá FM, sobre essa mais nova ferramenta de combate ao crime. Segundo Fragoso, da mesma forma que pelo telefone, o denunciante tem a garantia do anonimato e segurança ao transmitir informações sobre crimes de narcotráfico ou violência.
O capitão explica que, ainda que o carro-chefe da denúncia anônima sejam informações sobre tráfico de entorpecentes, o serviço serve para também apontar outras ocorrências. “Recebemos outros tipos de denúncia, que também auxiliam no combate à violência e são de bastante importância, como denúncias de violência contra crianças, mulheres e idosos; de locais de corporação para o crime; paradeiro de veículos roubados. Todas as informações que são importantes para que seja desenvolvido um trabalho de investigação da Polícia Civil e de planejamento e policiamento da Polícia Militar são muito bem-vindas e podem ser encaminhadas pelo telefone 181 ou pela internet”, explicou Fragoso.
Ainda segundo o coordenador do 181, a coleta de informações ajuda a atualizar o mapa da criminalidade no estado, identificando a tipologia e a incidência de crimes conforme as regiões. Identificar quais são os pontos mais críticos ajuda a planejar estratégias de segurança pública.
Denúncia
Para fazer a denúncia, basta acessar, dentro do site, a área “Faça sua denúncia”. O capitão adverte que o cidadão pode prestar informações com tranquilidade, pois está resguardado o sigilo da fonte. “Nos interessa somente o que ele tem a nos informar”, enfatiza.
Fragoso orienta que é interessante que a pessoa que vai fazer a denúncia colete a maior quantidade de informações possíveis: nomes e apelidos; características de pessoas ou de veículos; placas; telefones. “Todas as informações que forem passíveis de serem analisadas seriam importantes e ajudam. Quanto mais dados, melhor; pois nos dão subsídios para desenvolver o trabalho policial”, comenta. O capitão acrescenta que o envolvimento comunitário é bastante importante para um trabalho ainda mais eficaz da polícia no combate à criminalidade.
O informante deve indicar nome ou apelido de quem estaria cometendo o crime, município, rua e bairro. Também pode informar características físicas dos suspeitos e qualquer outro tipo de dado que auxilie na localização e identificação. O sistema vai solicitar ao denunciante que opte se quer fazer uma denúncia anônima, identificada ou sigilosa – modo em que as informações ficam disponíveis apenas para a Secretaria Estadual de Segurança. Após esse processo, as informações são cadastradas e repassadas às polícias.
O programa 181 Narcodenúncia surgiu no Paraná em 2003, pelas Secretarias da Justiça e da Segurança. Inicialmente denominado 161 Narcodenúncia, o serviço era voltado exclusivamente ao combate ao tráfico de drogas e fez com que as polícias batessem recordes de apreensões de entorpecentes no Estado.
Com o sucesso do programa, o governo paranaense sugeriu a extensão do serviço a todo o território nacional, surgindo o 181. O Paraná cedeu os direitos e o uso do software do programa para que todos os demais estados implantassem a Narcodenúncia, com o objetivo de criar um banco de dados nacional e interligado, de modo a tornar o serviço como uma das melhores ferramentas de combate às drogas, como já ocorria no Paraná.
O telefone recebe chamadas de qualquer cidade do Paraná, que são atendidas em seis centrais de atendimento espalhadas nos principais municípios do estado: Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Pato Branco.