Hélio foi denunciado por abusar sexualmente de alunos na condição de professor. Segundo Delegado Gabriel Marinho, ex-presidente da Câmara está foragido e sendo procurado pela Polícia Civil, pois é alvo de um mandado de prisão temporária determinado pela justiça

O Ministério Público do Paraná (MP/PR) denunciou o ex-presidente da Câmara de Irati, Hélio de Mello, por estupro de vulnerável e outros crimes. O ex-vereador está sendo procurado pela Polícia Civil, pois é alvo de um mandado de prisão preventiva. O Delegado Gabriel Marinho confirmou na noite de ontem que Hélio está foragido. Por isso, a corporação divulgou uma nota solicitando ajuda da população para localizá-lo.
Hélio atuou como professor durante 22 anos e foi vereador no período de 24 anos (sete legislaturas consecutivas). Conforme o Ministério Público, ele está sendo investigado por abusar sexualmente de sete adolescentes, com idades entre 11 e 17 anos. O processo tramita sob sigilo em função do envolvimento de crianças e adolescentes.
Ainda segundo o MP, os crimes ocorreram entre os anos de 2017 e 2024. A denúncia foi realizada pela Promotoria de Justiça de Irati na terça-feira.
Uma irmã de Hélio, que atuou como diretora no Colégio Estadual do Rio do Couro, onde ele trabalhava como professor de Educação Física, também foi denunciada por assédio sexual, favorecimento da exploração sexual de adolescentes e prevaricação, que é um crime praticado por funcionário público que retarda, deixa de praticar ou pratica indevidamente um ato de ofício, com o objetivo de satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Conforme o MP, a irmã de Hélio teria sido omissa no exercício do cargo, pois ela não adotou as medidas necessárias para coibir as ações do investigado mesmo sabendo dos abusos cometidos.
As investigações apontam que os abusos aconteceram no colégio em que ele atuava e também fora da instituição de ensino. De acordo com o MP, Hélio realizava pagamentos ou costumava dar presentes para as vítimas com objetivo de marcar encontros ou receber fotos íntimas.
A investigação teve início após o Conselho Tutelar receber uma denúncia anônima no dia 5 de agosto informando que Hélio na condição de professor havia abusado sexualmente de adolescentes do sexo masculino. Profissionais do Conselho Tutelar, promotoria de justiça de Irati, secretarias municipais de Assistência Social e de Educação, o Núcleo Regional de Educação e a Polícia Civil integraram a força-tarefa que ouviu vítimas e testemunhas.
O MP cita 28 fatos relacionados aos crimes praticados. Hélio de Mello responderá pelos crimes de estupro de vulnerável, satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, importunação sexual e assédio sexual.