Sistema funciona através da captação de água de um poço artesiano e da distribuição pela rede construída pelos moradores do Pirapó. Taxa de abastecimento deve ser paga até 30 de junho
Há mais de 20 anos, os moradores da comunidade de Pirapó contam com um sistema próprio de abastecimento de água. Trata-se de um poço artesiano, cuja água é captada através de uma bomba e distribuída para aproximadamente 120 propriedades da localidade, mediante o pagamento de uma taxa de R$250 por ano.
Segundo o agricultor Carlos Hreciuk, responsável por coordenar o projeto, o pagamento da taxa deve ser efetuado pelos moradores até o dia 30 de junho, e pode ser dividido em até três parcelas.

De acordo com Carlos, na época da abertura do poço e da construção do sistema, a Prefeitura Municipal colaborou com o material utilizado na obra e a comunidade se uniu para construir toda a rede que distribui água de qualidade para os moradores. Ele comentou que raramente o sistema apresenta problemas. “Sempre dá um problema de queimar uma bomba, de estourar um cano, e falta água por um ou dois dias, mas é raro disso acontecer. Por isso, estamos precisando que quem já puder efetuar o pagamento deste ano, porque estamos com o caixa zerado. Temos um funcionário e a conta de energia elétrica que precisamos pagar, e dependemos de as pessoas colaborarem”, frisou.
Carlos comenta que, apesar de a água ser um item essencial, algumas pessoas ainda não efetuaram o pagamento da taxa de 2015. Ele diz que o valor de R$250 anuais será mantido ainda em 2016. “A taxa é anual, e não é cara, pelo benefício que a pessoa tem”, complementou.
O agricultor ressaltou ainda que, caso o morador deixe de efetuar o pagamento da taxa, terá a água cortada até que ele deixe o pagamento da taxa em dia.
Como funcionava o abastecimento antes da criação do sistema
O agricultor conta que, antes da criação do sistema comunitário de abastecimento, todos os moradores da localidade possuíam um poço em casa, e alguns deles tinham bomba elétrica para levar a água até suas residências. “Tinha gente que pegava água com balde em um olho d’água da comunidade. Era assim que funcionava, mas era precário. Cada um tinha que ter o seu sistema, mas agora todo mundo se utiliza daquela água, que é de qualidade muito boa”, conta.
Ainda de acordo com Carlos, o projeto é mantido pelos próprios moradores. Ele comenta que a água é retirada de um poço profundo e recebe o cloro através de um sistema automatizado, que faz a reposição do produto. A bomba elétrica também é programada automaticamente para repor a água quando o reservatório está com nível muito baixo.
Limite de consumo
O agricultor explica que os moradores têm um limite de 12 mil litros de água mensais, dentro da taxa de R$250 por ano. As pessoas que utilizarem mais de 12 mil litros de água pagam uma taxa adicional, a exemplo do que ocorre com a taxa mínima cobrada pela Sanepar.
Ainda segundo o agricultor, a manutenção das máquinas e da rede é feita pelo funcionário contratado para cuidar de todo o sistema. “Às vezes, arrebenta um cano, dá uma enchente, precisa limpar a caixa d’água, ele limpa para a água ficar cristalina, para não ter problemas”, finalizou.
Carlos comenta que, além dele, mais três pessoas estão credenciadas para fazer a cobrança da taxa: Vilson Von Ryn, André Retzke (funcionário), que recebe pouco mais de R$390 por mês pelo trabalho, e Douglas Sluzala, que podem receber o dinheiro dos moradores. Em caso de dúvidas, a população pode ligar para o telefone 8414-2326.