Norte-americano Richard Wilson visitou com a família o município onde o filho Klark esteve antes da pandemia para participar de uma missão por uma igreja evangélica/Paulo Henrique Sava
O missionário norte-americano Richard Wilson, que atua na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias visitou Irati na última semana com o filho e a esposa. Eles ficaram hospedados na chácara de Rose Pedroso, que reside no Camacuã.
Em conversa com nossa reportagem, Richard disse que ele e sua família foram bem recebidos pelos iratienses. “Somos muito bem-vindos, todo mundo está tranquilo e é muito legal, estamos gostando muito daqui, especialmente desta chácara aqui, que é muito chique, tem muitas flores e é bem tranquila”, frisou.
Naturais do Arizona, Richard e a família são missionários. O filho dele, Klark, passou 4 meses e meio em Irati antes da pandemia de Covid-19 para levar a Palavra de Deus a todas as comunidades e ouvir as dificuldades e desabafos das pessoas. O missionário relatou como foi a experiência do garoto em Irati. “Ele passou 4 meses e meio aqui e adorava, gostava do povo daqui e sempre estava contando as histórias daqui. Com certeza tínhamos que visitar. Ele dizia enquanto dirigíamos o carro: ‘olha, ensinamos alguém lá, ali tem Sérgio, aqui tem Maria’, e tudo isto dirigindo um carro. Fizemos isto hoje”, contou.
Antes de Irati, eles também passaram por Manaus na mesma missão. Richard falou sobre a importância da sua missão no mundo. “Foi para compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo, ajudar as pessoas que têm dúvidas, problemas, situações familiares, pessoas que estão com falta de fé, mãe e pai que têm filhos com problemas. A igreja ajuda as pessoas, ela tem um sentimento de comunidade, mas como um hospital. A igreja não é cheia de pessoas perfeitas, não é assim, pois de fato ninguém é”, comentou.
Segundo o missionário, Manaus foi a comunidade brasileira onde os missionários mais se depararam com a pobreza. “Nós ajudamos as pessoas a terem esperança e fé e uma comunidade onde pudessem sobreviver melhor e ter amor próprio, atenção e propósito”, pontuou Richard.
Antes de chegar a Irati, a família passou o Natal em Curitiba e depois se deslocou para a região centro-sul, onde teve a oportunidade de conhecer alguns pontos turísticos, como o Parque Aquático do Rio Bonito. “Passamos não por toda a cidade, mas por vários lugares. Vimos as pessoas e trouxemos conosco as roupas, gravatas e sapatos para mulheres e homens e compartilhar com a comunidade. Levamos batons e carrinhos, e é muito bom de ver a alegria das pessoas ao dizerem ‘opa, que bom é para mim?’ e dissemos ‘sim, é para você’”, exaltou o missionário.
Antes de virem para Irati, em 2016 os missionários passaram pelo Rio de Janeiro, Ji-Paraná, Foz do Iguaçu e Manaus. Desta vez eles passaram duas semanas no Paraná. “Desta vez, decidimos ficar na região sul do Brasil e ficou melhor de não viajar tanto e passear só em dois lugares mesmo. Alugamos casa e estamos só observando a natureza, é lindo aqui. Escolhemos Irati porque meu filho Klark fez missão aqui e quisemos conhecer as pessoas, o povo da região e sentir o espírito de Irati, que ele falava que era bem tranquilo”, pontuou.
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Fé – Richard considera importante que a comunidade iratiense tenha muita fé, uma das características da colonização da região. “Eu acho ótimo que as pessoas tenham muita fé e que hajam muitas culturas, e como missionário dá para sentir isto”, afirmou.
O missionário acredita que todo o povo brasileiro tem muita fé e paixão, pois é formado por pessoas de família que adoram relacionamentos e conexões, o que facilitou a comunicação deles com a população iratiense. “Como missionário, eu adorei, era muito bom e muito fácil de conversar com as pessoas porque já tiveram muitas coisas comuns. Daí, pudemos conversar coisas mais profundas sobre fé e algo assim. Nós nos ajudamos uns aos outros”, frisou.
Levar a paz, a alegria e a solidariedade é parte importante do trabalho missionário cristão, segundo Richard. “Nós queremos compartilhar parte de nossos corações e alegrias da luz que vem do redentor para todo mundo. Este é o espírito da cessão, e para começar um ano novo, deveríamos fazê-lo com mais amor. Com certeza o mundo está sentido que está dividido, e não deveria ser assim. Todo mundo é humano, e não importa em qual parte do mundo você mora, deveríamos compartilhar amor, seja por um jantar, um almoço, um carinho, um presente, um dom, ou só uma conexão, comunicar com um sorriso, pode ser uma coisa bem simples”, ponderou.
Outros países – Além do Brasil, Richard e a família já atuaram como missionários em outros países, como França, Rússia e Chile. Outros membros da igreja atuam em 177 países, como México, Inglaterra, Finlândia, entre outros. Ele relatou que, apesar de ser um trabalho bonito, ele também é cheio de dificuldades.
“Na realidade, nós sempre falamos nisso como família. A maioria das pessoas só querem sentir amor e também, com certeza, de vez em quando erramos, caímos do cavalo, mas temos que subir de novo e achar maneiras de sobreviver e de fazer uma vida melhor. Eu acredito que todos nós vamos crescendo e o crescimento não é igual para todas as pessoas. Enquanto estávamos servindo, como missionários, queríamos ajudar as pessoas a descobrirem maneiras de sobreviver. Às vezes, os passos são bem pequeninos para algumas pessoas, outras têm capacidade de fazer mais e nós queremos ajuda-los a fazer isto tendo êxito. Como missionários, não podemos fazer nada: é a pessoa que tem que fazer, mas nós podemos servir como um tipo de guia”, finalizou.