Prédios públicos que apresentavam irregularidades apontadas pela Comissão de Obras, Serviços Públicos, Urbanismo e Meio Ambiente da Câmara de Rio Azul estão recebendo melhorias, conforme vice-prefeito
Rodrigo Zub
Segundo informações repassadas pelo vice-prefeito de Rio Azul, Antonio França Galdino Junior, que também exerce o cargo de secretário Municipal de Planejamento, a administração municipal já tomou providências e está regularizando a situação de três mini-postos de saúde e da Escola Municipal Professora Vanda Hessel, que apresentavam irregularidades, conforme constatado após vistoria da Comissão de Obras, Serviços Públicos, Urbanismo e Meio Ambiente da Câmara.
Em contato com à equipe da Najuá, Junior afirmou que no mini-posto de saúde construído na localidade de Faxinal do São Pedro já foram providenciadas melhorias no telhado e numa telha que estava torta. Também foi trocada uma lajota e um interruptor de luz, que apresentavam problemas, conta o vice-prefeito.
No mini-posto de saúde do Marumbi dos Ribeiros, segundo Junior, o empreiteiro havia feito uma alteração no projeto original. De acordo com ele, a empresa já foi notificada e está readequando o projeto conforme a planta da Vigilância Sanitária.
Com referência ao prédio antigo da Vanda Hessel, o vice-prefeito disse que foram providenciados reparos nas telhas que apresentavam problemas e ameaçavam cair porque não estavam bem fixadas. Já sobre o prédio novo da escola, Junior diz que a administração municipal pretende identificar e responsabilizar os responsáveis pela obra, pois ela não foi construída nessa gestão e apresenta problemas.
Relatório da Comissão de Obras aponta irregularidades
Na semana passada, a Comissão de Obras Serviços Públicos, Urbanismo e Meio Ambiente entregou um relatório para o executivo retratando a situação das obras visitadas no dia 25 de abril. Na oportunidade, os vereadores Edson Paulo Klemba (PSD) e Jair Boni (DEM), que são membros da comissão, o vice-prefeito Antonio França Galdino Junior, o engenheiro civil da prefeitura Pepe Roberto Salvatierra Maldonado, e os representantes da Vigilância Sanitária, Josiani P. Albini Briniak e Wilson Assis Stresser vistoriaram as obras públicas.
O relatório da Comissão indica que a obra do mini-posto construído em Marumbi dos Ribeiros não foi totalmente concluída. O relatório também diz “que a pintura foi mal executada assim como o reboco das paredes onde podem ser vistas rachaduras e a existência de tomadas que não foram instaladas pontos, há dois depósitos não terminados, provavelmente para abrigar botijões de gás”.
Segundo Boni, a Vigilância Sanitária constatou que a obra não foi construída de acordo com o projeto original. No relatório da Comissão consta, inclusive, uma observação indicando que em todos os mini-postos de saúde vistoriados “ocorreu o mesmo erro com relação ao projeto da execução, pois à Vigilância Sanitária foi entregue um e à empresa executara da obra outro, o que causou divergências que resultaram em irregularidades que foram apontadas pela Vigilância Sanitária”.
No mini-posto da localidade de Água Quente dos Meiras, o vereador comenta que não encontrou problemas na construção. Já no prédio do Faxinal do São Pedro, o relatório da Comissão apontou que a pintura externa apresenta problemas com a tinta saindo facilmente, no reboco das paredes, no telhado que apresenta ondulações, o piso interno apresenta desnível e ainda foram encontradas lajotas soltando e algumas já quebradas. “O que nós temos que cobrar do prefeito, é que o prefeito cobre da construtora, que faça esses reparos necessários para o município não ter prejuízo”, analisa Boni.
Relatório da Comissão de Obras
Situação da Escola Vanda Hessel, conforme relatório da Comissão
Vanda Hessel
Já sobre a situação da escola Vanda Hessel, o vereador indica que o prédio novo construído há cerca de dois anos precisa de adequações, mas aponta que a principal preocupação se refere às condições da construção antiga. De acordo com ele, o prédio velho apresenta telhas deslocadas, rachaduras, entre outros problemas apontados em um relatório do Corpo de Bombeiros, que foi anexado a documentação encaminhada pela Comissão de Obras ao executivo.
“Causa-nos uma preocupação grande, que venha causar danos aos alunos, professores e funcionários que trabalham na escola. Nós vereadores podemos ser cobrados por isso, por não tomar uma providência. Nós não temos poder de condenar a escola, fechar a escola, muitos dizem que não tem problema, mas o problema é visível. Eu não quero tirar da minha responsabilidade como vereador, como fiscalizador do povo, vejo que é um perigo total”, comenta Boni.
Ele diz que já solicitou em sua legislatura passada como vereador, que as atividades da Escola Vanda Hessel fossem deslocadas para o prédio da antiga rodoviária municipal, mas não teve o pedido atendido pela administração da prefeitura. Para Boni, o local sugerido seria uma alternativa viável, que facilitaria o deslocamento dos alunos, pois as três escolas municipais ficariam próximas. Outro benefício, segundo o vereador, seria a acessibilidade, que fica comprometida no prédio atual da Vanda Hessel, que dispõe de mais de um pavimento.
“É um patrimônio público e dizem que não podem mexer apenas reformar, mas já foram feitas várias reformas. Acho que é um dinheiro público jogado fora, porque não vai resolver reformar ou manter esse prédio. Por isso, luto para que saia uma Vanda Hessel nova”, analisou.
O vereador ainda relatou que a situação da escola deve ser analisada e afirmou que confia na possibilidade do executivo realizar os reparos necessários . “Eu acho que deve ser tomada alguma providência. Tenho certeza que o prefeito Silvio Paulo Girardi irá tomar uma providência sobre isso. Tem que ser analisado muito bem, se deve ser gasto mais dinheiro para reforma. Porque já são sete anos lutando pela reforma ou construção de uma escola nova”, complementou.
Integrante da Comissão de Obras aponta falhas
Klemba também concedeu entrevista à Najuá e falou sobre o relatório da Comissão, da qual faz parte. Assim como Boni, o vereador também constatou algumas irregularidades no prédio do mini-posto de Saúde do Marumbi dos Ribeiros, como rachaduras nas paredes, tomadas expostas, pinturas que não foram executadas a contento, assim como outros problemas que podem comprometer a estrutura do prédio. “Por dentro não posso averiguar, porque não tivemos acesso por dentro”, lamentou Klemba.
No mini-posto da Água Quente dos Meiras, o vereador diz que considera o projeto bom para a localidade beneficiada. “Constatamos irregularidades no material mesmo não sendo um ‘expert’ no assunto, pois o material não é de primeira qualidade. Vai logo, logo, apresentar problemas. Nossa gestão vai até 2016 e vamos precisar de reformas, pelo estado visto do jeito que foi feito”, analisou.
O vereador afirmou que as principais irregularidades foram constadas no mini-posto de saúde do Faxinal do São Pedro. “Telhado com ondulações visíveis, reboco oco, pintura, lajota soltando, lajota quebrada, pia não funcionando, tomadas não funcionam, o piso não foi nivelado. Teve um ato e o prefeito já entregou a obra há 15 dias, mas precisa de reformas”, disse Klemba.
Sobre a situação do prédio da Escola Vanda Hessel, o vereador ressaltou que o estabelecimento de ensino faz parte do Patrimônio Histórico Municipal, mas enaltece que algumas providências devem ser tomadas para evitar uma tragédia.
“Precisa de uma reforma no telhado. Existem irregularidades, mas nós não conseguimos subir até lá em cima porque o acesso é inviável de ficar de perto. Tirei fotos e observamos que existem telhas que podem causar problemas sérios, telhas deslocadas, suspeitas de cair mesmo. A respeito da reforma temos que responsabilizar a empresa que fez a reforma”, afirmou.
Já quanto à construção das salas novas na Escola, Klemba diz que foram encontradas irregularidades na pintura e algumas trincas na porta e também na parede do estabelecimento. “Existe algumas irregularidades na pintura, não sei se por infiltração, falo por ser leigo no assunto ou pelo tempo que foi entregue está descascando. Apareceram algumas trincas na porta, na parte da Rua Coronel Hortêncio Martins de Melllo, na parede, quando colocaram o quadro de energia, acredito que mexeu na estrutura e trincou a parede. Três mictórios foram tirados porque estavam entupidos, mas alguém poderia ter solucionado o problema”, questionou.
Klemba também indagou que os problemas apontados pela Comissão de Obras não eram de conhecimento do engenheiro da prefeitura, conforme ele mesmo teria afirmado aos vereadores e demais pessoas que participaram das vistorias. Por fim, o vereador disse que conversou com o diretor da Escola Vanda Hessel José Edson de Oliveira. Durante o bate papo, ele teria sido informado que não foi utilizado o dinheiro da APMF para realizar obras na Escola, conforme outras pessoas haviam mencionado. “Foi usado dinheiro da APMF para construir um muro que foi prometido pela gestão nova e não foi cumprido”, informou.