Superintendente discorda da fala do Dr. João sobre tratamento de quimioterapia, mas resposta não esclarece questões expostas pelo parlamentar na sessão da semana passada/Jussara Harmuch
Em ofício encaminhado à Câmara de Irati, o superintendente da Liga Feminina de Combate ao Câncer, Adriano Rocha Lago, diz que discorda do que o vereador e vice-presidente, Doutor João Henrique Sabag Duarte (PV), disse ao comentar a resposta do chefe da 4ª Regional de Saúde a respeito dos tratamentos quimio e radioterápicos na sessão da semana passada do legislativo. Adriano se referiu às declarações do vereador de que o tratamento quimioterápico, quando comparado ao paliativo, é mais lucrativo, de forma que as instituições estariam se limitando ao quimioterápico, delegando o paliativo ao Estado como forma de visar o lucro.
O superintendente falou do compromisso da Liga Feminina de prestar suporte em todo o tratamento e convidou o vereador para conhecer o trabalho em uma visita nas dependências do hospital Erasto Gaertner e na unidade oncopediátrica Erastinho, com dia e hora marcados: 14 de abril (sexta-feira), às 10 h.
Porém, Adriano não respondeu a todas as questões levantadas por João Henrique. Neste sentido, quem contribuiu foi o presidente da Casa, José Ronaldo Ferreira (Ronaldão) (PSDB), que é paciente oncológico. Ele solicitou à Regional detalhamento sobre todos os prestadores credenciados para tratamento de câncer: Hospital de Clínicas, Mackenzie, São Vicente, Santa Casa de Curitiba, Angelina Caron e Hospital do Rocio, em Campo Largo. Ronaldão quer saber se todos oferecem a mesma assistência especializada e integral como no Erasto, atuando no diagnóstico, estadiamento e tratamento na integralidade.
Tudo começou quando o chefe da 4ª Regional, Walter Trevisan, em resposta ao vereador Hélio de Mello, declarou que não tem interferência sobre os encaminhamentos de pacientes. Ele disse que na Regional se limitam a organizar fila de espera, restando à Curitiba definir. Isso mostra que apesar de ter uma unidade em Irati não há agilidade no tratamento.
Quer receber notícias pelo WhatsApp?
João Henrique havia lamentado que alguns pacientes com câncer que fazem quimio e radioterapia em hospitais credenciados, infelizmente, acabam vindo para morrer na Santa Casa de Irati. Ele também cogitou a possibilidade de trazer o tratamento oncológico para a Santa Casa e, desta forma, beneficiar o paciente com um atendimento integral. O vereador fez um paralelo com a situação de insolvência financeira da Santa Casa e o que aconteceu com outras instituições na pandemia que estavam no vermelho e se credenciaram para realizar o tratamento oncológico, de alta complexidade, que o SUS paga mais.