Mais dois professores são investigados por supostos crimes sexuais em Irati

15 de outubro de 2025 às 17h24m

Segundo o Ministério Público, crimes teriam sido cometidos contra estudantes da Rede Estadual de Ensino/Paulo Sava, com informações da Assessoria do Ministério Público

Fórum da Comarca de Irati. Foto: Paulo Sava

Resumo: – Investigações seguem sendo feitas em segredo de justiça;

  • SEED e NRE de Irati confirmam afastamento dos professores;
  • Ministério Público já ouviu depoimentos de testemunhas a respeito dos casos.

Após solicitação do Ministério Público, a Justiça determinou o afastamento de dois professores iratienses investigados por supostos crimes sexuais das funções. Um deles está fora da escola desde o início de outubro, enquanto o outro foi afastado nesta semana. Os crimes teriam sido cometidos contra estudantes da rede estadual de ensino.

Em contato com nossa reportagem, o delegado adjunto da Polícia Civil, Rafael Rybandt, confirmou a existência de denúncias contra os profissionais, que não tiveram os nomes revelados. As investigações seguem sendo feitas em segredo de justiça.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) confirmou o afastamento dos dois professores. “A Secretaria de Estado da Educação do Paraná informa que os docentes mencionados em denúncias de suposto assédio no Núcleo Regional de Irati foram afastados preventivamente de suas funções. A medida, de caráter cautelar, foi adotada imediatamente pela Secretaria e permanecerá em vigor até a conclusão das apurações competentes”, diz a nota enviada pela Assessoria de Comunicação da SEED.

O Ministério Público ouviu depoimentos de testemunhas junto com uma força-tarefa composta pela Promotoria, Conselho Tutelar, secretarias municipais de Assistência e de Educação, Núcleo Regional de Educação e Polícia Civil. Este grupo foi constituído a partir do início das investigações contra o ex-vereador e ex-professor Hélio de Mello, que se entregou à Policia Civil na semana passada e permanece detido na Penitenciária Industrial de Guarapuava.

Os professores estão sendo investigados por supostos comentários de cunho sexual, utilização de vocabulário inadequado e toques físicos sem justificativa durante as aulas. Estes atos, segundo o Ministério Público, configuram violações à integridade física, emocional e psíquica das estudantes.
“Ao requerer o afastamento dos professores do ambiente escolar, a Promotoria de Justiça demonstrou que os investigados se utilizariam das funções que exerciam para constranger e violar a integridade sexual, psíquica e moral das adolescentes”, diz um trecho da nota divulgada pelo Ministério Público.

Os profissionais estão proibidos de frequentar qualquer escola e de manter contato com as estudantes até o fim das investigações. Após a conclusão dos trabalhos, a Promotoria de Justiça de Irati poderá oferecer denúncia, se os fatos forem comprovados.

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