Cerimônia de concessão do título fez parte das comemorações pelos 35 anos da universidade, originada da fusão entre a FECLI, de Irati, e a FAFIG, de Guarapuava. Professores Maria Rosa Zanon de Almeida e Mário Umberto Menon também foram homenageados/Paulo Sava
Em cerimônia realizada na noite desta quarta-feira, 11, a professora aposentada e ex-diretora do campus Irati da Unicentro, Luiza Nelma Fillus, recebeu o título de professora emérita da instituição. A cerimônia de concessão do título fez parte das comemorações pelos 35 anos da universidade, que serão completados nesta sexta-feira, 13.
O evento aconteceu no Auditório Denise Stoklos, no prédio principal do campus Irati da Unicentro. Na oportunidade, também foi inaugurada a galeria de ex-diretores, que fica no hall de entrada da instituição.
A Unicentro foi fundada em 1990, e nasceu da fusão entre a Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Irati (FECLI, criada em 1974) e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Guarapuava (FAFIG).
O título de professor emérito é conferido a professores aposentados que tenham prestado relevantes serviços à instituição. Em entrevista à Najuá, Luíza contou que ficou emocionada ao saber que seria a primeira professora da instituição a receber o título.
“A emoção é até indescritível, porque eu me sinto assim tão homenageada, o pessoal foi tão carinhoso. Eu nunca imaginei que fosse a primeira pessoa a receber o título de professora emérita da Unicentro. Eu só tenho a agradecer a todas as pessoas que lembraram e fico muito alegre por ter participado de um momento da faculdade, que daí se transformou nesta universidade. Nós, trabalhando com educação, vemos o quanto avançou, quanta gente veio morar em Irati, e eu fui diretora aqui por mais de oito anos. A ALACS (Academia de Letras, Artes e Ciências do Centro Sul do Paraná) nasceu aqui dentro, a Associação Denise Stoklos veio quando eu era diretora. Eu só tenho orgulho, porque eu já dizia lá atrás que esta faculdade foi um sonho coletivo”, frisou.
Outros homenageados
Outro homenageado da noite foi o ex-diretor do campus Irati, professor Mário Umberto Menon. Em entrevista, ele contou um pouco da sua relação com a antiga FECLI e com a universidade.
“Com a criação da Unicentro, em 1990, a professora Maria Rosa, junto com a Prefeitura e eu que estava na direção à época, a Maria Rosa era diretora financeira e eu era diretor pedagógico da FECLI. Nós, com a fusão das duas faculdades, começamos a sonhar alto, e a Maria Rosa falava: Por que não um curso de Educação Física e um de Engenharia Florestal. Assim, começamos a sonhar alto, e uma das promessas para a junção das duas faculdades era que poderíamos replicar todos os cursos que tinham em Guarapuava: história, geografia e administração. Foi assim que começamos a sonhar alto e deu certo: conseguimos implantar alguns dos cursos que tinha em Guarapuava e sonhar com outras realidades”, afirmou.
A Diretoria da Unicentro também homenageou a professora Maria Rosa Zanon de Almeida, já falecida, que foi a primeira diretora da antiga FECLI, em 1974. Nomeada pela Prefeitura Municipal, o papel dela foi de fundamental importância para a implantação da faculdade naquela época.
Em seu discurso, o ex-vice-reitor da Unicentro, Edélcio José Stroparo, relembrou a luta que tanto Maria Rosa quanto Luíza travaram para a implantação da faculdade. “Era uma tarefa hercúlea, e estas duas mulheres conduziram este processo como duas leoas que veem sua prole em perigo. Foi assim que nos conduziram naquele período bastante importante. O tempo passou, veio a instalação de uma universidade já em 1990, e com ela a primeira eleição, e aí se deu o verdadeiro embate entre estas duas leoas”, comentou.
Programação festiva
O diretor do campus de Irati, Ronaldo Maganhotto, enfatizou que a universidade está com uma programação festiva para comemorar seus 35 anos. “Estamos nesta semana com programações comemorativas distintas, buscando integrar os nossos alunos, professores e agentes universitários. Nesta noite, um evento solene do nosso Conselho Universitário (COU) que buscou retomar a história de criação da Unicentro e de união entre as nossas antigas FECLI e FAFIG, de Irati e Guarapuava, que à época se uniram e cooperaram em prol da estadualização da universidade, de uma única universidade nesta fusão, a nossa Universidade Estadual do Centro-Oeste”, frisou.
O reitor da Unicentro, Fábio Hernandes, ressaltou que o momento da Unicentro é de comemoração entre a comunidade universitária pelos 35 anos da instituição. “Nós estamos aqui homenageando os professores e agentes universitários aposentados que fizeram parte de FECLI e da FAFIG. Também inauguramos a galeria de autoridades que foram gestores do nosso campus da Unicentro e também da FAFIG e da FECLI. Este é um momento de festa, de agradecimento a estas pessoas que fizeram história para Irati e região e para a nossa universidade”, comentou.
Quadro em homenagem aos 35 anos da Unicentro
Ainda na noite de ontem, também foi feita a entrega de um quadro, denominado “Conquista”. A obra, produzida pela servidora e artista plástica Patrícia Santos, simboliza todo o contexto histórico da universidade, desde a criação das faculdades até a união das duas para a formação da Unicentro. Patrícia contou como a obra foi concebida.
“Esta obra nasce do profundo respeito pela trajetória das instituições. Para compor ela, utilize fotografias antigas da FAFIG e da FECLI, trazendo à tona o poder da memória e o legado que ainda pulsa em cada espaço, em cada lembrança. Também foram resgatadas as logomarcas utilizadas por ambas, como uma forma de reverência à sua identidade e à contribuição essencial que deram à construção deste novo caminho. Ao centro da composição, protegida por mãos entrelaçadas, repousa a nova identidade visual da Unicentro, originalmente criada pelo saudoso professor Edilson Roberto Pacheco, em 1990. É o símbolo vivo da fusão destas histórias e é representada por um hexágono regular que abriga três losangos pretos, expressando a tríade ensino, pesquisa e extensão. No centro, um círculo amarelo parcialmente sobreposto simboliza o sol, fonte de luz e inspiração. É o único elemento colorido da obra, trazendo vida e calor e simbolizando o futuro construído com base na união e na coletividade”, finalizou.
