LDO apresenta previsão de orçamento de mais de R$ 315 milhões para Irati

Previsão foi divulgada em audiência pública na Câmara de Irati na última semana. Orçamento somente…

02 de julho de 2024 às 16h51m

Previsão foi divulgada em audiência pública na Câmara de Irati na última semana. Orçamento somente será definido com a apresentação da Lei Orçamentária Anual (LOA), a ser apresentada em setembro/Paulo Sava

Audiência Pública de apresentação da LDO para 2025 foi realizada na última quarta-feira, 26, na Câmara de Irati. Foto: Reprodução Facebook

A Secretaria de Finanças da Prefeitura de Irati apresentou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) durante audiência pública realizada na última quarta-feira, 26, na Câmara de Irati. A legislação está prevendo uma receita estimada de R$ 315.906.150,00, com base no Plano Plurianual elaborado em 2021, que vale até 2025. A despesa do município deve ter este mesmo valor, uma vez que a LDO prevê um equilíbrio entre receitas e despesas.

Somente da Prefeitura, a receita estimada é de R$ 273 milhões e uma despesa de pouco mais de R$ 268 milhões. Já a Câmara tem despesa estimada em R$4.261.010,00. O Legislativo recebe um repasse financeiro do município para custear suas despesas. Já o Caixa da Previdência dos Servidores Públicos de Irati (CAPSIRATI) prevê uma receita e uma despesa projetada de R$ 42.906.150,00, pois o orçamento deve ser equilibrado. O Projeto de Lei que contempla a LDO deve dar entrada na Câmara nesta terça-feira, 02, e ser votada nas próximas sessões.

A funcionária do setor de tributação da Prefeitura de Irati, Joby Ayub contou como foi possível chegar a estes números. “Para a composição da receita, nos baseamos no orçamento de 2024 e jogamos um índice projetado de 5% de crescimento, acreditando que haverá um crescimento inflacionário e de receitas neste período. Então, no orçamento de 2024, projetou-se 5% no orçamento do município. No caixa de previdência, da mesma forma, uma projeção de 5% e a Câmara fez uma projeção um pouco maior, de 7,33%. Na parte da despesa, primeiro elaboramos a receita e, num segundo momento, em cima destes dados, organizamos a despesa do município”, comentou.

Joby Ayub, funcionária do setor de tributação da Prefeitura de Irati. Foto: Reprodução Facebook

Impostos – A arrecadação com impostos (IPTU, ITBI, ISS) e taxas está projetada em R$ 65 milhões e 893 mil, representando 24,14% do total do orçamento. Somente o IPTU pode chegar a mais de R$ 15 milhões. Já as receitas de contribuições sociais para o Fundo da Criança e do Adolescente e do Idoso e também as geradas pelo pagamento da taxa de iluminação pública devem atingir R$ 9 milhões e 657 mil, o correspondente a 3,54% do total.

Transferências – Já das transferências correntes, ou seja, de recursos dos governos federal e estadual, por meio de programas e convênios, devem ter arrecadação prevista de R$213 milhões e 964 mil, representando 78% do total do orçamento. Deste valor, R$ 26 milhões serão destinados para o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) deve ter uma projeção de R$ 74 milhões e 550 mil.

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Gastos do Legislativo – Já a Câmara poderá gastar até R$ 3 milhões e 115 mil com pessoal e encargos. Outros R$ 840 mil podem ser utilizados em outras despesas. Já os recursos de capital devem chegar a R$ 305 mil, totalizando R$ 4 milhões e 261 mil.

Também está previsto um financiamento no valor de R$ 5 milhões em 2025. Este valor não pode ser utilizado para custeio. A reserva de contingência deve ser de pouco mais de R$ 2 milhões.

Joby ressaltou que a LDO dá estrutura para a elaboração do orçamento do município. “Estes são os dados que vão orientar, na sequência, a elaboração do orçamento de Irati, e o estudo foi feito dentro destes patamares. É claro que, num novo momento, quando forem alocados valores no orçamento, isto será discutido de forma mais analítica e não tão sintética dentro deste formato do orçamento”, pontuou.

Crítica – O representante do Observatório Social de Irati, Gerson Musial, criticou a quantidade de recursos destinados para o CAPSIRATI. Ele acredita que, em breve, poderão faltar recursos para investimentos no município. “Se for crescente deste jeito, daqui a uns tempos, ou teremos que mexer em aumento de impostos ou teremos perda de investimentos e entrega de serviços para a população. Eu acho que tem que se levar muito a sério este assunto e tem que buscar um equilíbrio. Tem que se criar um limite, que tem que estar previsto. Se for crescendo, não vamos ter recursos para poder manter a cidade. Os limites têm que ser estudados e discutidos politicamente”, frisou.

Em resposta, Joby destacou que, enquanto não houver mudança na lei federal a respeito desses repasses para a aposentadoria dos servidores, o município precisa continuar cumprindo o que estabelece a legislação. “O município precisa contribuir mensalmente com o Caixa da Previdência, e isto de fato onera bastante, são fatias altas, mas que tem uma situação legal, elas precisam ser cumpridas. Não é uma discussão a nível municipal, é preciso que as leis sejam modificadas a nível federal para que isto aconteça e se reflita aqui no município. Hoje, efetivamente, estes ônus vão se manter. A cada cálculo atuarial que é feito vem um susto novo, e isto deve ser cumprido no decorrer do ano, tanto a fatia patronal, incidente sobre a folha, como esse ‘plus’ complementar, que são os aportes”, comentou.

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