Tribunal do Júri atendeu requerimento apresentado pela defesa de que um documento não havia sido juntado ao processo com antecedência mínima de 3 dias. Júri foi remarcado para o dia 24
Da Redação
O Tribunal do Júri de Irati, através da juíza Heloísa Mesquita Fávaro, adiou o julgamento de Paulo Sérgio Markievicz, que é acusado de matar o ex-cunhado Sérgio Albin. O juri popular que aconteceria nesta quinta-feira, 19, a partir das 9h, foi transferido para o dia 24 de outubro.
Em entrevista a nossa reportagem, o Promotor Eduardo Ratto Vieira, da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Irati, explicou o motivo do adiamento do julgamento.“O júri foi adiado atendendo um requerimento da defesa que alegou que um documento mais precisamente uma certidão de antecedentes [criminais] havia sido juntada ao processo sem observar uma antecedência mínima de 3 dias com relação a data da sessão de julgamento. Trata-se de um processo previsto no código de processo penal que diante dessa inobservância, o meritíssimo juízo atendeu ao requerimento da defesa e adiou a sessão de julgamento que será realizado agora no dia 24 de outubro, no período da manhã, a partir das 9 h”, afirmou Vieira.
Relembrando o crime
Na manhã do dia 1º de fevereiro de 2016, Sérgio Albin, de 46 anos, que era conhecido por “Serjão Borracheiro”, foi executado a tiros na Avenida Noé Rebesco, em Irati. O suspeito do crime desceu de uma picape Fiat Strada prata, munido de uma pistola de calibre 380 e atirou contra a vítima.
Os dois primeiros disparos teriam falhado. Enquanto isso, Sérgio tentou embarcar em sua moto, uma Honda CB 300, mas caiu, atingido pelos disparos, e não conseguiu sair do lugar. Sérgio não resistiu aos ferimentos e morreu antes de receber atendimento médico. No local do homicídio, a Polícia Militar encontrou pelo menos dez cápsulas deflagradas de pistola calibre 380.
A vítima, Sérgio Albin, era natural de Rio Azul e morava na Rua Trajano Grácia, em Irati. Ele era dono de uma borracharia e de um lava-car nas proximidades da Ciretran.
A denúncia contra o acusado foi oferecida pelo Ministério Público em abril de 2016, dois meses depois do crime. Em 6 de abril de 2016 ele teve a prisão preventiva decretada. Ao longo de todo o processo, foi juntado o laudo do exame cadavérico da vítima, o acusado foi citado pessoalmente e apresentou resposta através de defensor constituído, foram ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa.
Com as alegações finais do Ministério Público, foi decidido levar o acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri, sob a acusação de homicídio qualificado, por motivo fútil; à traição, de emboscada, de forma que impossibilite a defesa da vítima (artigo 121, § 2º, incisos II e IV do Código Penal).
Confira a entrevista completa com o Promotor na edição desta quinta-feira, 19, do programa Meio Dia em Notícias, que começa às 12 h, na Super Najuá FM 92,5.

