Junior Benato será vice-presidente do Consórcio Paraná Saúde

Prefeito de Inácio Martins integrará diretoria da entidade que reúne 398 municípios paranaenses para a…

13 de janeiro de 2021 às 23h31m

Prefeito de Inácio Martins integrará diretoria da entidade que reúne 398 municípios paranaenses para a compra de medicamentos e insumos hospitalares

Junior Benato está em seu terceiro mandato como prefeito de Inácio Martins. Foto: Ciro Ivatiuk/Hoje Centro-Sul

O prefeito de Inácio Martins, Junior Benato, é o novo vice-presidente do Conselho Deliberativo do Consórcio Paraná Saúde. A eleição foi realizada em dezembro do ano passado e a posse acontecerá neste mês. O Consórcio Paraná Saúde é uma associação que reúne 398 municípios paranaenses para a compra de medicamentos e insumos hospitalares. Atualmente, dos 398 municípios, apenas 360 estão ativos. 

Para Benato, estar no Conselho ajudará a trazer mais conhecimento sobre os processos de aquisição de medicamentos, que também poderão auxiliar os municípios da região. “Eu acho que ter um prefeito representando a região é uma coisa muito importante. Outra é conhecer como se faz um processo de aquisição de um orçamento de R$ 205 milhões no ano. São aplicações de recursos públicos dentro de uma área específica que é a aquisição de medicamentos. Então, o conhecimento que temos para trazer para a região, passar para os nossos prefeitos, estar atento aos processos e as dificuldades, inclusive, nesta época de pandemia, por exemplo, luvas cirúrgicas. Hoje não temos quase no mercado da rede para compras de larga escala. Temos que ter outras alternativas. Tudo que vai surgindo de dificuldade, por exemplo, temos uma vacinação ali na frente. Será que teremos seringas, agulhas, algodão o suficiente? Podemos comprar consorciado? ”, disse Benato. 

De acordo com o prefeito, a vantagem de participar de um consórcio deste é que é possível diminuir o custo de medicamentos e insumos para o município. “Quando você vai adquirir um produto no teu município, um único município, ele tem um custo. Quando são 360 municípios comprando o mesmo medicamento, o custo cai muito abaixo”, explica. 

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Os medicamentos adquiridos nesta modalidade são os que pertencem a uma lista básica fornecida pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA). Nesta lista estão medicamentos básicos como omeprazol e ibuprofeno. Segundo Benato, o valor repassado ao consórcio é baseado no que o município precisa. “Todos os municípios têm uma lista de compra de medicamentos já previstos para o ano. Isso é passado para o Consórcio e estipulado o valor que o município disponibiliza para gastar, adquirindo para esses medicamentos para os municípios. Esses valores são passados trimestralmente, durante os meses do ano. Eu estabeleço que tenho R$200 mil para gastar, eu vou passar durante quatro parcelas, R$ 50 mil a cada três meses, para o Consórcio de Saúde. E apresentar a minha demanda daquele medicamento que eu preciso para que eles comprem consorciados e distribuam ao município, assim como os 360 municípios do Estado do Paraná”, explica o prefeito. 

No caso de Inácio Martins, o valor é de R$ 180 mil durante o ano. “Nós tínhamos uma demanda que levava em torno de R$ 120 mil. Eram quatro parcelas de R$ 30 mil que eram gastos. Hoje aumentamos para R$ 180 mil. Eu não tenho a conta da quantidade de medicamentos, mas eu tenho a conta do valor que é gasto. Mas tudo que é preciso hoje, nós não deixamos nada faltar na nossa farmácia básica”, diz Benato. 

A maioria dos municípios compram, por meio do consórcio, os medicamentos estabelecidos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, há opção de comprar consorciado outros medicamentos. “Os medicamentos que não é prescrito pela tabela do SUS, fazemos uma aquisição de processos licitatórios, através de laboratórios”, relata. 

O consórcio também possibilita a compra de insumos e materiais hospitalares, como algodão e seringa. “Quando se trata de uma linha hospitalar, no meu caso já sai fora porque tenho um pronto atendimento, mas Irati, União da Vitória, Ponta Grossa são consorciados e compram esses insumos através do Consórcio, das necessidades que precisam”, explica. 

Benato conta que os valores de medicamentos e, especialmente, insumos subiram muito durante a pandemia e, por isso, o consórcio é um meio para adquirir os materiais. “Hoje se você não consorcia os municípios e compra em larga escala, você vai pagar muito mais caro. Esse é um diferencial. Principalmente, quando se fala em insumos. Talvez o medicamento por si próprio, aquele básico, não tenha dado tanta alteração, mas aquilo que se usa para você fazer os exames para coleta do material para coronavírus, luvas, algodão, uma série de assuntos que você tem que usar, isso subiu em torno de 40% a 50%”, disse. 

CIMSAMU

Dos 28 municípios da região, 26 aderiram ao Consórcio Intermunicipal SAMU dos Campos Gerais (CIMSAMU) que disponibiliza as ambulâncias para a população. Uma das cidades é Inácio Martins.

O prefeito conta que o investimento neste consórcio é para ajudar a melhorar o acesso à saúde, especialmente, com a vaga zero, que disponibiliza o atendimento imediato, mesmo que não tenha leito no hospital. “O nosso investimento é exatamente para salvar vidas e que salvou muitas vidas no município de Inácio. Não só UTI [Unidade de Terapia Intensiva] que vai buscar o paciente que está em risco de vida. E sim, a aeronave, o helicóptero, que já foi várias vezes para o município pegar os pacientes para levar para as unidades de referência, Ponta Grossa, Curitiba, Londrina, aonde tem uma UTI de vaga zero”, disse. 

O município de Inácio Martins investe um recurso de R$ 23 mil mensais para participar do consórcio. A expectativa é que esse valor diminua com o passar do tempo, quando serão aplicados recursos federais e estaduais, após a realização de algumas etapas. “A implantação que é a parte administrativa e, efetivamente, o serviço funcionando que te dá esse custo. Depois a habilitação dele, já vem o recurso do Governo Federal, ambulâncias que vão ter cinco unidades básicas e uma UTI, que se localiza em Irati. E depois, efetivamente, o serviço completo. Ainda tem o subsídio do Governo do Estado que vai reduzir de R$ 2,70 per capita, de cada município, para alguns centavos, R$ 0,57”, conta o prefeito. 

Todos os cidadãos possuem acesso ao SAMU, ligando no número 192. “Você mesmo pode estar ligando para o 192. Ali terá um regulador, um médico que vai acionar a ambulância, que é a básica do município, ou a avançada, que já é do SAMU. Conforme a gravidade do atendimento ao paciente, ele vai verificar se tem que ir para o pronto atendimento ou à unidade hospitalar, no caso a nossa referência é a Santa Casa. Ou a situação é mais grave que tem que levar numa unidade mais avançada, como em Ponta Grossa que tem UTI, Campo Largo ou Curitiba”, explica. 

Ações no ano

O prefeito ainda comentou as ações que fazem parte do seu plano de governo apresentado na última eleição. Uma das ações é melhorar a estrutura do laboratório municipal de análises clínicas. “O laboratório de análises clínicas já temos dentro do nosso Pronto Atendimento. Única coisa é que precisamos ampliar realmente os laudos que temos conforme o que compramos de insumos para detectar o pedido médico”, relata. 

Outro ponto é o centro de especialidades. “O centro de especialidades, a construção cívica, nós já temos. Só temos que efetivar o local da fisioterapia, oftalmologia e a pediatria, que temos que ter no município, como o médico pediatra quem venha atender periodicamente’, conta. 

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