Jovens, contrários ao presidente Bolsonaro, fazem manifesto em defesa das universidades públicas

Manifestantes fizeram pinturas em uma das paredes externas do CEU das Artes, no Conjunto Joaquim…

07 de setembro de 2021 às 18h56m

Manifestantes fizeram pinturas em uma das paredes externas do CEU das Artes, no Conjunto Joaquim Zarpellon/Paulo Henrique Sava


Jovens fizeram pinturas em uma parede externa do CEU das Artes do Conjunto Joaquim Zarpellon, em Irati. Foto: Paulo Henrique Sava

Jovens ligados ao Levante Popular da Juventude e à União da Juventude Comunista (UJC), contrários ao presidente Bolsonaro, fizeram pinturas de desenhos em defesa das universidades públicas brasileiras. A obra foi feita em uma das paredes externas do Centro de Esportes e Artes Unificados, o CEU das Artes, no Conjunto Joaquim Zarpellon, em Irati. Eles utilizavam máscaras e tinham álcool gel à disposição.
Os grupos também fizeram panfletagem nas residências dos bairros próximos. Yasmim Caetano, de 19 anos, estudante do Curso de Extensão sobre Realidade Brasileira da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), ressalta que o movimento faz parte do “Grito dos Excluídos”, realizado anualmente no dia 07 de setembro. Ela comentou que o trabalho de pintura vem sendo realizado pelo Levante em outras cidades. Aqui em Irati, o trabalho começou há algumas semanas. “Hoje estamos dando continuidade, fazendo esta relação entre Grito dos Excluídos, arte e cultura neste espaço que a juventude tem para se relacionar com estes itens. Estamos aqui para fazer nossa reivindicação enquanto movimento social da juventude. Queremos uma universidade que seja do povo e para o povo”, frisou.

A estudante Larissa Choida, de 19 anos, acadêmica do curso de Psicologia da Unicentro, ressaltou a importância da ação de hoje. “Esta ação de hoje é muito importante para construirmos junto com a juventude e chamarmos o povo para se movimentar na cidade”, comentou.

Para Yasmim, o brasileiro não tem o que comemorar neste 07 de setembro. “Sabemos que a situação econômica para a população mais pobre e até para quem se identifica como classe média não é das melhores. Hoje, sabemos que não temos o que comemorar porque o Brasil voltou para o mapa da fome, tem muitas crianças fora da escola, o transporte público está caro, as pessoas estão voltando a andar de bicicleta e a usar fogão a lenha. As comemorações por um ‘Brasil melhor, mais feliz, mais justo e pela família’ são mentirosas, pois a família brasileira mesmo, do povo, está passando fome, com pais e mães desempregados, então não temos o que comemorar neste 7 de setembro”, desabafou.

Leonardo Melo, um dos integrantes da UJC, avaliou que o governo brasileiro vem tendo descaso com a vida da população. “Observamos no Brasil um crescimento elevado dos preços, aumento no número de desempregados no país. Ao mesmo tempo, Bolsonaro demorou muito tempo para comprar vacinas, temos quase 600 mil mortos por Covid-19 no país. A luta pelo ‘Fora, Bolsonaro’ precisa ser agora, em 2021. Não dá para esperar até 2022 para que ele saia do poder”, finalizou.

Fotos: Paulo Henrique Sava e Yasmim Caetano  

Jovens também fizeram panfletagem em residências dos bairros próximos


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