Jantar de aniversário de 20 anos da ANAPCI acontece no sábado

Jantar será realizado no Centro de Eventos Italiano, a partir das 20 h. Programação terá…

30 de abril de 2025 às 23h39m

Jantar será realizado no Centro de Eventos Italiano, a partir das 20 h. Programação terá apresentações musicais e sorteio de uma TV de 50 polegadas/Texto de Edilson Kernicki, com entrevista de Juarez Oliveira

Jantar em comemoração aos 20 anos da ANAPCI será realizado no sábado, a partir das 20 h, no Centro de Eventos Italiano, em Irati
Jantar em comemoração aos 20 anos da ANAPCI será realizado no sábado, a partir das 20 h, no Centro de Eventos Italiano, em Irati. Foto: Divulgação

A Associação do Núcleo de Apoio ao Portador de Câncer de Irati (ANAPCI) está celebrando duas décadas de serviços prestados em favor dos pacientes oncológicos e de suas famílias no município de Irati. Para comemorar a data, a instituição propôs a realização de dois eventos: o lançamento de um livro no começo de abril e um jantar festivo no sábado, dia 3 de maio.

“Desde janeiro, estamos correndo atrás de patrocinadores e, graças a Deus, fomos bem recebidos e estão fazendo parceria conosco. Não teremos custo praticamente nenhum, do dinheiro da ANAPCI, será tudo [custeado] pelas pessoas e empresas que estão patrocinando. Temos só a agradecer ao pessoal de Irati, que são muito solidários e estão nos ajudando”, destaca a presidente da ANAPCI, Denise Dietrich.

As voluntárias da ANAPCI estão vendendo os ingressos para o jantar, ao custo de R$ 80. “Nesse momento, não visamos lucro nenhum para a ANAPCI, além da venda dos livros e camisetas. Esse jantar não é para ter lucro, porque queremos comemorar 20 anos, pois não é qualquer entidade que chega aos 20 anos, graças à ajuda da população de Irati e da região”, frisa. O jantar terá apresentações musicais e o sorteio de uma TV de 50 polegadas doada pela empresa Afubra.

Segundo Denise, no jantar, haverá dois telões: um deles vai narrar a história da entidade e o segundo vai apresentar os nomes dos patrocinadores. “No cerimonial, não queremos estender muito, para não ser cansativo. Vamos homenagear um voluntário e uma voluntária, para representar a todos”, diz.
Mais informações e reservas pelo telefone (42) 9-9989-5000.

Voluntariado

De acordo com a presidente da ANAPCI, que está há quatro anos na entidade, voluntárias se reúnem toda quinta-feira para a confecção de artesanatos, que são vendidos em eventos, bazares e na própria sede. Com isso, é possível adquirir alimentos para montagem de cestas básicas, compra de protetor solar e de alimentação especial para pacientes em tratamento de neoplasias. Conforme Denise, o número de voluntárias tem crescido cada vez mais.

A entidade atende a cerca de 80 a 90 pacientes ao mês com o fornecimento de dois tipos de cestas básicas: a comum e a de suplementos alimentares para pacientes em tratamento. O número tende a variar, pelo fato de que os pacientes atendidos podem receber alta ou, infelizmente, virem a óbito, além do fato de que novos pacientes acabam sendo cadastrados conforme a demanda.

No programa “Atitude na Cabeça”, coordenado pela voluntária Letícia Fabris, as pessoas são estimuladas a doarem cabelos para a confecção de perucas, que são cedidas às pacientes em quimioterapia.

Os alunos do curso de Engenharia Florestal, da Unicentro, confeccionam fraldas e estão ensinando as voluntárias da ANAPCI a também fabricá-las, com uma máquina obtida pela entidade. Em princípio, as fraldas confeccionadas são distribuídas aos pacientes atendidos pela ANAPCI e, conforme aumentar a produção, elas poderão ser doadas a hospitais de Irati, destaca Denise.

Numa parceria com o Centro Cultural Clube do Comércio, pacientes atendidos pela ANAPCI e voluntários participam de sessões exclusivas no Cine Clube.

A ANAPCI também possui um bazar, em sede própria, no bairro Rio Bonito, cujas vendas são revertidas em prol da entidade. O bazar funciona às segundas, quartas e sextas, das 8h às 17h, na Rua Basílio Szpak, 67, entre o Mariano Atacadista e o Parque Aquático.

Denise explica que a entidade, que antes funcionava como uma casa de passagem para pacientes oncológicos que seriam atendidos no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, e permaneciam ali enquanto aguardavam o transporte até a capital ou mesmo depois de voltar das infusões de quimioterapia, precisou adequar sua natureza e hoje é um espaço de fortalecimento de vínculos, que também oferece cursos aos pacientes atendidos. A mudança foi necessária para manter a atividade regular, depois que Irati passou a contar com um Ambulatório do Hospital Erasto Gaertner, o que reduziu a demanda das instalações da ANAPCI, que conta com três quartos, como uma casa de passagem.

Quem desejar se tornar voluntário da ANAPCI deve procurar a sede da entidade, na Rua Natalina Tonial Boff, 236 – Jardim Califórnia, e fazer um cadastro junto às funcionárias Vilma ou Lúcia.

Produção do livro

O livro foi escrito pelo presidente do Conselho Deliberativo da ANAPCI, Dagoberto Waydzik, que narra a trajetória da instituição desde 2005, quando foi fundada.

Em 5 de maio de 2005, um grupo de 50 pessoas de diversos segmentos sociais – entre eles, Dione Marise Iurk, Dagoberto e sua esposa, Ieda Waydzik, fundaram a ANAPCI. A Assembleia Geral de Constituição ocorreu no Centro Administrativo Municipal (CAM) e os sócios-fundadores se propuseram a uma contribuição monetária espontânea a fim de dar início ao trabalho proposto pela entidade sem fins lucrativos, de organização da sociedade civil de interesse público. Seu Estatuto Social destaca como principal objetivo da instituição a promoção da assistência social e orientação pedagógica e psicológica e, também no sentido preventivo, aos familiares e pacientes com neoplasia (câncer).

Dagoberto frisa que aquelas 50 pessoas deram o pontapé inicial aos trabalhos da entidade, mas que, ao longo das últimas duas décadas, várias outras se somaram a essa missão. “Nada mais desafiador e justo do que colocarmos no papel um pouco dessa história dos 20 anos da ANAPCI”, frisa o autor do livro “Anapci – 20 Anos de Solidariedade e Acolhimento”.

O livro traz depoimentos de pessoas que foram acolhidas e atendidas pela instituição durante o tratamento da neoplasia. “É importante falar que muitos dos voluntários, hoje, foram pacientes ontem na ANACPI. O livro contém 30 capítulos, 136 páginas, 80 fotografias, com alguns contos e poesias, depoimentos de voluntários e de pacientes, além de muita história: da fundação; das nossas sedes; do primeiro bazar, que foi feito numa lavanderia; depois, o segundo, numa casa de madeira e, hoje, tem até uma sede própria. É um livro muito rico em detalhes”, descreve o presidente do Conselho Deliberativo.

Lançamento do Livro

A obra “Anapci – 20 Anos de Solidariedade e Acolhimento”, de autoria de Dagoberto Waydzik, foi lançada em evento na no dia 4 de abril, no Centro Cultural Clube do Comércio (Rua 15 de Julho, 310 – Centro). Toda a arrecadação das vendas do livro está sendo revertida em benefício da instituição. A capa foi concebida pelo artista plástico iratiense Silton Dietrich, irmão da presidente da ANAPCI, Denise Dietrich. Cada exemplar, em capa dura, está sendo vendido a R$ 80.

Uma tiragem extra será feita mediante demanda e as encomendas podem ser realizadas pelo telefone (42) 9-9989-5000.

Esse é o quarto livro de autoria de Dagoberto. O primeiro livro, Historicidade, não chegou a ter evento público de lançamento em função da pandemia. Já os volumes I e II da obra “Terra Dobrada”, foram lançados, respectivamente, em março de 2023 e em fevereiro de 2025, no mesmo local.

20 anos de Dedicação ao Próximo

O autor do livro relembra que fez parte da fundação da entidade e que, desde então, auxiliou a fundadora, Dione Marise Iurk, falecida em dezembro de 2017, na organização de eventos beneficentes. A advogada Ieda Waydzik, ex-vice-prefeita de Irati e esposa de Dagoberto, presidiu a ANAPCI e foi sucedida pela vereadora Teresinha Miranda Veres – substituída por Denise Dietrich, então vice, no fim do mandato – e, depois, André Danielviz, Maria Bernadete Panko (temporariamente). Hoje, Denise Dietrich preside a ANAPCI. “Faço parte do Conselho Deliberativo, hoje estou como presidente, mas quem toca mesmo são as mulheres, que estão na cabeça da Presidência”, comenta Dagoberto.

Ainda segundo ele, o livro começa falando da fundação da ANAPCI, com a transcrição da ata redigida à mão pela fundadora, Dione Marise Iurk, que elaborou o projeto da instituição e o apresentou na Unicentro. Para elaborar o projeto, ela teve a parceria de outras pessoas, como Joseli Marochi Klosowski, Heloísa Glinski, Epaminondas Brás Martins, Enezito Ruppel, Dr. Jefferson, Dr. Lourival Luiz Fornazari e Dr. Fernando César Duda. Os capítulos também explicam sobre as antigas sedes, em uma casa alugada de madeira; depois, numa casa maior, no Alto da Glória, até que a ANAPCI conseguiu a doação de um terreno no Loteamento Pabis, por volta de 2011.

Na ocasião, a Rua Natalina Tonial Boff ainda não tinha sido aberta e o terreno era um “banhado”. A ANAPCI tinha R$ 100 mil em caixa para iniciar a construção do ousado projeto, assinado pelo engenheiro Dagoberto Waydzik, que considera ter sido “iluminado por Deus” para conceber o projeto da sede da ANAPCI com portas e corredores mais largos, o que serviu para que, mais tarde, o local pudesse abrigar a Unidade Avançada do Hospital Erasto Gaertner – o que é um capítulo à parte na publicação a ser lançada. “Dos R$ 100 mil, a obra custava R$ 400 [mil]. De cinco anos que pus no cronograma para executar a obra, fizemos em dois. Por quê? Por causa da solidariedade do povo iratiense e da região e, principalmente, pela providência divina, porque iam surgindo as doações”, relembra.

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