Iratienses se reúnem com bispo para solicitar transferência de Padre

Comunidade alega que Padre tem sido intransigente em algumas atitudes tomadas na Paróquia. Dom Sérgio…

26 de fevereiro de 2016 às 11h03m

Comunidade alega que Padre tem sido intransigente em algumas atitudes tomadas na Paróquia. Dom Sérgio ressalta que as queixas são de um grupo isolado e que precisa ouvir o outro lado


Da Redação

Currículo

O Padre Élcio José Gutervil é filho de Nadir Gutervil e Dirce Gutervil. Iniciou seus estudos em Irati na Comunidade do Cerro da Ponte Alta. Concluiu o 2º grau no Seminário São José em Ponta Grossa. Estudou Filosofia e três anos de Teologia no Instituto de Filosofia e Teologia “Mater Ecclesiae”, da Diocese de Ponta Grossa. Concluiu Teologia no “Studium Theologiam”, em Curitiba. Foi ordenado em 19 de agosto de 2001 na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Irati. De fevereiro de 2001 até janeiro de 2004 exerceu seu ministério como vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, em Tibagi. Foi vigário paroquial de 2004 até 2008. De 2008 até agora, Élcio assumiu como Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz em Irati. 

*Informações Paróquia Nossa Senhora da Luz

Um grupo de iratienses foi até a Cúria Diocesana, em Ponta Grossa, para reivindicar a saída do Padre Élcio José Gutervil do comando da Paróquia Nossa Senhora da Luz, em Irati. Entre as principais reclamações, estão o fechamento da capela da Colônia São Lourenço, a destruição de uma casa que pertencia à igreja da comunidade e a retirada do Santíssimo Sacramento do mesmo local.

Os representantes do grupo, Maria Terezinha Szwaidak, Alceu Filipaki e Vanderlei Kawa, estiveram em Ponta Grossa e conversaram com o bispo da Diocese, Dom Sérgio Arthur Braschi. Eles procuraram a Rádio Najuá, mas preferiram não gravar entrevista sobre o assunto. 

Dom Sérgio também preferiu não gravar entrevista porque o grupo decidiu não se manifestar publicamente e também não existe nenhum fato novo. Ele já havia conversado com estas pessoas no ano passado sobre a possibilidade de transferência do Padre Élcio. O bispo destacou que não compete as pessoas da comunidade influenciar em decisões que devem ser tomadas por ele. Ele também ressaltou que as queixas são de um grupo isolado e que precisa ouvir o outro lado. Segundo Dom Sérgio, a Paróquia é formada por várias pessoas e que algumas delas não analisam o fato da mesma maneira que o grupo. O bispo salienta que os Conselhos Paroquiais existem para discutir e tomar decisões sobre problemas nas comunidades.  

De acordo com Dom Sérgio, não existe um tempo pré-determinado para que um padre permaneça como pároco de uma  paróquia, mas sim um “tempo prudente”. “As vezes, é interessante que haja uma mudança periódica de padres, isto é um capítulo. Porém, não existe nenhuma norma a este respeito, pelo menos na Igreja do Brasil”, afirmou. 

O bispo citou como exemplo um padre que está há mais de 52 anos como pároco da Paróquia de Ipiranga. No caso do Padre Élcio, o bispo alegou que o motivo para não transferir o sacerdote foi o envolvimento dele em um acidente, que causou a morte de duas pessoas. Por esse motivo, o padre não poderia sair da cidade. Um destes processos ainda está tramitando na Justiça. 

No entanto, Dom Sérgio afirmou que recebeu todas as reclamações apresentadas pelo grupo, e que vai levá-las em consideração na administração deste conflito. O bispo destaca que, já no fim do ano passado, havia orientado as pessoas a procurarem o padre para conversar  e tentar resolver a situação. Depois, o bispo afirma que pediu ao padre Élcio que recebesse o grupo. Segundo Dom Sérgio, um dos motivos para o padre ter ordenado a retirada do sacrário da comunidade da Colônia São Lourenço foi a ocorrência de um assalto na igreja da localidade, de onde foram levados muitos objetos e toda a fiação elétrica. “A questão é muito complexa. As pessoas apresentam a coisa de um ponto de vista, como se o padre tivesse mandado retirar a energia elétrica de lá e tivesse desativado a capela totalmente. O assunto não é bem esse. Se as pessoas querem conversar, elas têm que conversar com o padre, se for o caso, levar ao bispo, que é a última instância”, comentou.

De acordo com o bispo, ao divulgar o caso na imprensa, o grupo acabou “queimando” a última possibilidade de diálogo com o sacerdote. “Quando você coloca na imprensa e difama uma pessoa que está à frente de uma comunidade, num pastoreio, fica difícil de reatar. Este é o ponto de vista de algumas pessoas, porque a comunidade paroquial é ampla”, frisou.

Entretanto, Dom Sérgio ponderou que o grupo tem razão em apresentar algumas queixas, mas em outras alguns aspectos foram omitidos, e que estas questões podem ser ainda mais complexas. No entanto, ele destacou que irá tomar uma decisão sobre o caso nos próximos dias. 

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