Irati registra um dos casos de aborto por zika confirmados no Paraná

28 de abril de 2017 às 14h05m

Gestante de 27 anos sofreu aborto espontâneo no primeiro trimestre. Aborto está relacionado à infecção com o zika

Da Redação, com informações da Gazeta do Povo e SESA
Um dos dois casos de aborto causado pela infecção por vírus da zika confirmados no Paraná, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, foi registrado no município de Irati. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SESA), responsável por transmitir as informações ao Ministério, tanto no caso registrado em Irati quanto no que ocorreu em Londrina as gestantes sofreram aborto espontâneo em consequência da infecção.
Diferente do informado pela Gazeta do Povo, a gestante iratiense infectada pelo zika é uma mulher de 27 anos, e não 19. A informação foi confirmada pelo chefe da 4ª Regional de Saúde, João Antonio de Almeida Júnior. A gestante teve a gravidez interrompida ainda no primeiro trimestre, considerado o período mais crítico para a infecção pelo vírus da zika. A mulher de Londrina também infectada tem 38 anos e sofreu o aborto com 14 semanas de gestação.
Nos dois casos, a presença do vírus zika foi confirmado a partir de exames do Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) realizados nas próprias gestantes. A superintendente de Vigilância em Saúde da SESA, Cleide Oliveira, explica que os fetos não chegaram a apresentar a má-formação do crânio, devido à idade gestacional em que ocorreram os abortos, mas os casos foram confirmados diante da impossibilidade de confirmá-los ou descartá-los. “Como os bebês não chegaram a nascer, é impossível saber se de fato eles teriam a má-formação. Como as gestantes foram confirmadas com zika e o aborto aconteceu por conta da infecção, os casos aparecem como confirmados pelo Ministério da Saúde”, complementa.
Cleide acrescenta que os sintomas da zika, como a febre alta, por exemplo, são condições perigosas durante a gestação e podem ocasionar o aborto espontâneo.

Gestantes são 9,5% das infectadas com zika no Paraná


O novo informe técnico da dengue, zika e chikungunya divulgado pela SESA nesta terça (26) em www.dengue.pr.gov.br indica que o número de casos de zika subiu para 263, sendo que 94 desses casos são importados – pessoas que foram contaminadas durante viagem de até 15 dias antes de apresentarem os sintomas da doença. Destes, 25 (ou 9,5% do total) são gestantes.

Dengue


Desde a primeira semana de agosto de 2015, foram verificados 122.076 casos suspeitos de dengue no Paraná, dois quais menos de um terço (38.470 casos) foram confirmados; 23.203 casos por laboratório. Casos autóctones são 35.774 e 2.696 são importados. Foram descartados 41.695 casos.
Na 4ª Regional de Saúde, Irati confirmou seis casos de dengue importada; entre 95 notificações de dengue, das quais 37 já foram descartadas. Nenhum outro município da Regional confirmou mais casos de dengue. Imbituva teve 19 notificações e 12 casos descartados; Mallet: 8 notificações e 6 casos descartados; Teixeira Soares: 6 notificações; Fernandes Pinheiro: 5 notificações; Rebouças: 4 notificações e 2 casos descartados; Guamiranga: 3 notificações; Rio Azul e Inácio Martins registraram, cada uma, uma notificação e um caso descartado.

Chikungunya e zika


Segundo o último boletim epidemiológico da SESA, até agora o município de Imbituva registrou duas notificações de infecção por zika, mas nenhum caso foi confirmado. A situação é a mesma em Rebouças. Em Teixeira Soares, apenas uma notificação. Já em Irati, foram notificados quatro casos: dois confirmados como importados. Nos demais municípios da 4ª Regional de Saúde, não foram notificados casos de zika.
Da febre chikungunya foram apenas duas notificações em Irati e uma em Rebouças. Nenhum caso chegou a ser confirmado por enquanto.
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