Irati receberá R$ 326 mil para incentivo ao plantio de uva

Anúncio dos recursos foi feito pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto…

18 de julho de 2023 às 17h55m

Anúncio dos recursos foi feito pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara na manhã de hoje em evento realizado no CT Willy Laars/Paulo Sava

Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, ao lado da nutricionista do Centro de Processamento de Alimentos da Prefeitura de Irati, Daniele Schlumberger, e de produtoras rurais do município. Foto: Paulo Sava

Fruticultores iratienses receberão R$ 326 mil do Governo do Estado para a produção de uva. O anúncio foi feito na manhã de hoje, 18, pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, durante evento realizado no CT Willy Laars. Nesta primeira etapa, 15 produtores serão beneficiados através do Programa de Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis).

Em entrevista à Najuá, o secretário destacou que o Paraná tem um histórico de produção de frutas, especialmente de uva, para produção de doces, geleias, frutas e vinho. O crescimento do gosto do consumidor brasileiro por vinhos e o fato de muitos produtos, como frutas, legumes e verduras, serem adquiridos de outros estados do Brasil, fez com que o estado criasse este programa.

“Nós criamos este programa chamado Revitis, que representa a força de estimular o plantio de parreiras. Pode ser a uva colonial simples e as classes mais finas, como Malbec, Merlô, Chardonay e tantas outras que o mundo aprecia, para que a gente faça qualquer coisa, doce, geleia, chimia, sucos que têm apelo para a alimentação escolar e o mercado. Estamos buscando nos especializar para termos vinhos coloniais bons ou vinhos finos de qualidade. É dinheiro que arrumamos no Governo do Estado, com visão de espalhar em diversas frentes”, frisou.

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Outro objetivo da visita de Ortigara foi a divulgação do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (SUSAF). O secretário detalhou como funciona este sistema. “É uma força que tem o apelo de permitir que uma pequena agroindústria familiar que produz o queijo, o salame, a copa, a kracóvia, que é feita no sítio, tem a inspeção municipal e só pode vender no município. Com a adesão ao SUSAF, que é um serviço auxiliar de inspeção no Brasil, eles podem almejar vender para o estado do Paraná como um todo. Deixam de vender para 5 mil, 10 mil ou 50 mil habitantes e passa a ter possibilidade de vender para 11 milhões e 443 mil habitantes, que é a população do Paraná, abrindo horizontes comerciais”, pontuou.

Agricultores e autoridades presentes no evento realizado na manhã de hoje, 18, na casa da administração municipal do CT Willy Laars. Foto: Paulo Sava

Para o secretário, a principal meta dos dois programas é aumentar a renda para o agricultor. “Este é o nosso objetivo maior: nós, agricultores, fazendo as coisas boas que já fazemos, mas falta às vezes uma adequação higiênico-sanitária a boas práticas de fabricação. É claro que, quando fazemos as coisas em casa, comemos tranquilamente. Quando você vende para o consumidor, fica responsável tanto civil como criminalmente por alguma porcaria que se manda, como o botulismo. Temos sempre que ter ótimas práticas de fabricação. Damos uma força e, se for o caso, o município muda a lei, faz uma legislação mais condizente com a necessidade. Depois, reconhecemos que este serviço é bom, damos a equivalência e aí eles podem vender para o estado como um todo”, comentou.

Os recursos serão repassados pelo Estado, com contrapartida do município. Ortigara avalia de forma positiva a parceria com as prefeituras. “É sempre na parceria, com certeza os municípios nem tudo podem, têm suas carências, conhecemos isto, e tampouco o Estado e a União, que anda com falta de dinheiro. Então, quando somamos forças, o caminho é mais curto”, destacou.

O que está incluso no projeto? – O secretário municipal de Agricultura, Raimundo Gnatkowski (Mundio), informou que cada produtor receberá R$ 25 mil, que deverão ser destinados para a cultura da uva. Eles receberão mudas, palanques, arames, roçadeira e todos os materiais que constam no projeto para poderem trabalhar. Raimundo disse que o objetivo maior é o fortalecimento da fruticultura em Irati.

“Nós temos a Vinícola Cosmos aqui em Irati, no Pinho de Baixo, que precisa de matéria-prima e da produção de uva, e é isto que estamos fazendo com a gestão municipal, com a presença do secretário Ortigara, para que possamos colocar no campo e produzir mais uva em Irati”, comentou.

Produtores – Produtores que já cultivam a uva e aqueles que desejam entrar nesta atividade são reunidos em um grupo para elaborar um plano de trabalho. “Ampliamos as vinícolas que já estão funcionando, aumentamos, e aqueles que quiserem iniciar na atividade podem cultivar a uva aqui no município”, pontuou.

Alex Cosmos, um dos proprietários da Vinícola Cosmos, destacou a importância do projeto para Irati. “Para a nossa região, é de extrema importância este programa. Nós, como produtores de vinho e suco, constatamos uma deficiência de uva na região. Tínhamos que buscar a fruta em outros municípios e estados, mas agora, com este programa aqui, vários produtores estarão plantando seus parreirais e poderemos adquirir esta uva e processá-la, transformando-a em vinho e suco”, comentou.

O projeto foi implantado em 2019 no Paraná, porém Irati ainda não havia sido cadastrada para participação dos produtores. “Agora, podemos participar e, daqui para a frente, além da entrega de mudas, outros produtores poderão participar”, destacou.

A família Cosmos adquire as uvas de outros estados do Brasil, especialmente do Rio Grande do Sul. “Agora, vamos plantar um pequeno parreiral de uva branca “Niágara”, que estávamos pegando do Rio Grande do Sul. Para nós, vai ser muito bom porque teremos uva do lado de casa, conseguiremos ter uma produção boa, controlar como é preciso para produzir o vinho, vai ser bem melhor de trabalhar”, finalizou.

Além da uva, o município produz morangos, pêssego, ameixa e mais recentemente o maracujá, a guabiroba e o pinhão.

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