Irati perde em casa para Sorocaba na Superliga B de Vôlei Feminino

Depois de 11 atletas e três integrantes da Comissão Técnica sofrerem com um surto de…

26 de fevereiro de 2024 às 17h23m

Depois de 11 atletas e três integrantes da Comissão Técnica sofrerem com um surto de virose, time iratiense perdeu por 3 sets a 1 para o Sorocaba na noite deste domingo, 25, no Ginásio Batatão/Paulo Sava

Técnico do Irati Vôlei, Fernando Bonato, conversa com a jogadora Marcela. Foto: Reprodução Facebook

O Irati Vôlei sofreu a segunda derrota em casa na noite deste domingo, 25, pela 7ª rodada da 1ª fase da Superliga B de Vôlei. Depois de ter 11 atletas e três integrantes da Comissão Técnica, inclusive o técnico Fernando Bonato, acometidos por uma virose na última semana, o time iratiense perdeu para o Sorocaba por 3 sets a 1.

O Irati Vôlei começou vencendo o primeiro set por 27 a 25 e fez com que a torcida acreditasse na vitória. Porém, no segundo set, as sorocabanas empataram a partida em 1 set a 1, com parcial de 25 a 23 para o time visitante. No terceiro set, elas chegaram a abrir vantagem de seis pontos, fazendo 7 a 1. As iratienses reagiram e chegaram a virar o placar, mas sofreram a virada e perderam o set por 25 a 22. No 4º set, o cansaço das iratienses era visível e as visitantes fecharam o jogo com 25 a 23.

Fernando dá orientações durante os tempos técnicos. Foto: Paulo Sava

Após a partida, o técnico Fernando Bonato, ainda se recuperando da virose, não quis conversar com a reportagem da Najuá. Entretanto, o secretário de Esportes e Lazer de Irati, André Demczuk (Dedé), lamentou a derrota e a semana turbulenta que o time enfrentou.

“Sabíamos da dificuldade do adversário, e fizemos, dentro das nossas possibilidades, um grande jogo. Foi um jogo decidido em detalhes, foram 3 sets a 1, e dos quatro sets, apenas o terceiro foi 25 a 22, mas os outros foram com dois pontos de vantagem. A torcida fez a parte dela, a equipe dentro da quadra lutou até o final, mesmo com a debilidade física evidente, o que deu para perceber. Sabíamos que quanto mais o jogo demorasse, se estendesse, mais iríamos sentir, e foi o que aconteceu. Tivemos um bom primeiro set, um segundo razoável, onde as meninas começaram a sentir a parte física, já que muitas delas ficaram três ou quatro dias sem treinar, com vômito, diarreia, dores de cabeça e no corpo. Prejudicou muito, mas mostramos que, mesmo assim, dava para buscar. Infelizmente, nas horas decisivas elas foram melhores que a gente e acabaram levando a melhor”, pontuou.

A líbero Ana Beatriz comentou que a virose, apesar de afetar o desempenho das atletas, não pode ser usada como justificativa para a derrota. “Sabíamos que seria um jogo difícil porque, acima do nosso físico, acabamos de passar por uma virose. É claro que isto não é desculpa, mas acredito que demos o nosso máximo, em 200% hoje, mas a vitória não veio. Nesta semana jogamos contra Chapecó, eu acredito que vamos trabalhar duro e até lá estaremos bem recuperadas”, frisou.

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Por conta do surto de virose, que acometeu algumas jogadoras já na terça-feira e se espalhou para as demais na quinta-feira, havia a possibilidade de a partida ser adiada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Dedé contou como foi o procedimento adotado junto à entidade e falou sobre a negativa do clube sorocabano em adiar a partida.

“Quando soubemos da virose, mandamos um e-mail para a CBV, ligamos para lá o dia todo, não tivemos retorno e ninguém nos atendeu. Mandamos um e-mail com os atestados médicos e a solicitação de adiamento da partida, mas a CBV não nos respondeu e nem atendeu. Entramos em contato com a Federação Paranaense, que tentou nos ajudar, entrou em contato e conseguiu falar com o Marcelinho, coordenador técnico da competição. Ele nos respondeu às 08 horas da noite (de sexta-feira, 23), dizendo que a CBV homologaria a mudança de dia para segunda ou terça, pelo menos que ganhássemos um dia de recuperação para as atletas, mas que necessitaria, por já estar muito próximo, de um comum acordo com a equipe de Sorocaba. Entrei em contato com o supervisor deles, Douglas, expliquei tudo e fomos rapidamente respondidos de que não existia a mínima possibilidade, que o calendário está muito apertado, que eles já estavam com a viagem marcada e que deveríamos ter avisado antes. Problemas de saúde não temos como avisar antes”, desabafou Dedé.

Equipe do Sorocaba. Foto: Paulo Sava

Responsabilidade – Dedé acredita que a CBV não deveria transferir a responsabilidade sobre a transferência de datas de partidas para as equipes. “Esta é uma questão que a CBV devia bater o martelo. Com a apresentação dos atestados médicos e laudos de todas as atletas, assinado pela médica. Deveria ela mesma [CBV] adiar o jogo, já que eles [Sorocaba] não tinham saído da cidade ainda. Uma coisa é se eles já estivessem na cidade, mas eles ainda não haviam saído. Nos propusemos a colaborar para que fosse mudada a diária de hotel deles e que a alimentação não tivesse nenhum problema e que não houvesse nenhum prejuízo financeiro nesta mudança. Porém, eles responderam que não havia possibilidade, que sairiam no sábado de madrugada e que não tinham interesse em mudar a data do jogo. Infelizmente, de acordo com isto, tivemos que aceitar”, pontuou.

STJD – Dedé não cogita levar um pedido de anulação do jogo de ontem ao STJD. “O que tínhamos que ter feito era antes. Acreditamos que, dentro das possibilidades, fizemos o que tinha que ser feito. Hoje, o resultado foi 3 a 1, elas mereceram, jogaram melhor os finais de set. As atletas não têm culpa, longe disso, pois são funcionárias. Eu acho que a diretoria e a Comissão Técnica poderiam pensar que isto poderia estar acontecendo com eles. A grande maioria pensa que pode tirar um proveito disto, e elas tiraram. Vieram aqui, venceram uma equipe forte fora de casa, que está concorrendo com elas. Estávamos a um ponto de diferença, agora estamos a quatro. Se eles vão dormir com a consciência tranquila, paciência. Nós acatamos o que aconteceu dentro de quadra hoje e vamos trabalhar para mudar isso nos próximos jogos”, comentou.

Classificação – Com a derrota, o Irati Vôlei caiu para a 8ª colocação na tabela da Superliga B com nove pontos em sete jogos, com três vitórias e quatro derrotas. Na próxima partida, haverá um confronto direto contra o Chapecó, em Santa Catarina, na próxima quinta-feira, 29, no Ginásio Ivo Silveira, em Chapecó. O time catarinense está na 9ª colocação, também com nove pontos, abrindo a zona de rebaixamento para a Superliga C. As catarinenses estão atrás de Irati por conta do número de sets perdidos, 15 a 14. O Irati vôlei precisa somar pontos nos próximos jogos para permanecer na Superliga B.

Sorocaba – A levantadora Gabi Furlanetto, do Sorocaba, exaltou a vitória da equipe fora de casa. “Foi um jogo muito importante para as duas equipes. Felizmente a nossa equipe conseguiu se sobressair e ficar com a vitória. Foi um jogo de muita determinação e garra das duas equipes. Um lado sempre se sobressai ao outro, e graças a Deus foi o nosso. Bola para frente, o campeonato ainda está rolando e tem muita coisa em jogo, vamos seguir”, destacou.

Para o técnico Clóvis Granado, de Sorocaba, a vitória foi importante para mostrar a evolução do time, formado por atletas jovens. “Nosso time vem tentando evoluir, é uma equipe jovem. Fizemos uma boa partida e saímos com esta vitória muito importante. A recepção aqui foi muito tranquila, não teve problema nenhum. O que não podemos é extrapolar: o jogo fica dentro da quadra depois que acaba. Elas (Irati) são nossas adversárias, não inimigas. Eu estou há 40 anos no voleibol, e não viemos aqui para confrontar ou enfrentar ninguém: viemos para jogar voleibol e hoje minha equipe se saiu melhor. Pode ser que voltemos amanhã aqui e Irati ganhe de três a zero. O esporte é isso”, enfatizou.

Durante a partida, Clóvis reclamou com a arbitragem por conta de lances interpretados como dois toques pela árbitra a favor do Irati Vôlei. “Quando é critério de dois toques, é difícil se deixar de um lado ou de outro. Teve alguns lances duvidosos, mas a arbitragem está de parabéns e não teve problema nenhum. Se a minha ponteira errou dez bolas, por que a arbitragem não pode errar duas ou três? Falamos no momento e no calor. Parabéns à arbitragem, que foi tranquila”, frisou.

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