Instalação de IML é discutida em reunião de prefeitos da Amcespar

Em entrevista à Najuá, o deputado estadual Hussein Bakri, que é líder do governo Ratinho…

01 de julho de 2023 às 14h14m

Em entrevista à Najuá, o deputado estadual Hussein Bakri, que é líder do governo Ratinho Junior na Assembleia Legislativa do Paraná, falou sobre a necessidade de construção do IML em Irati e das possibilidades de custeio da unidade/Texto de Karin Franco, com reportagem de Sidnei Jorge (Sidão)

Prefeitos, vereadores, secretários municipais e outros representantes dos municípios da Amcespar participaram de reunião que teve como destaque a discussão sobre a possibilidade de construção do IML em Irati. Foto: Sidnei Jorge (Sidão)

A instalação de um Instituto Médico-Legal (IML) em Irati foi uma das pautas da reunião dos prefeitos da região da Associação dos Municípios do Centro-Sul do Paraná (Amcespar) na quinta-feira.

A reunião teve a participação do deputado estadual Hussein Bakri, que é líder do governo Ratinho Junior na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Em entrevista à Najuá, ele falou sobre a situação dos IMLs no Paraná e a possibilidade de instalação em Irati. Segundo o deputado, Irati precisa de um IML. “Essa pauta do IML é uma pauta totalmente justificável. No momento de dor, de tragédia e ficar esperando um perito de não sei aonde. Várias horas de angústia. É importante que tenha no município de Irati. Do tamanho que tem, não pode ficar nessa condição. Só que tudo precisa de dinheiro. Não adianta ter bons projetos, boa vontade. Dinheiro significa contratação de pessoal e significa alocação de recursos, de prédio, de equipamentos. Eu assumi essa bandeira. Eu estou junto, vou lutar. Não depende só de mim, se dependesse só das minhas forças eu poderia garantir, mas como não depende só de mim, eu vou lutar com muita força. Acho que tenho condições políticas boas de fazer rodar essa questão”, disse Bakri.

Segundo ele, um dos meios é buscar recursos dos royalties da usina de Itaipu para realizar a construção do prédio. “É um dos caminhos que eu vou buscar. O recurso direto das estruturas da Secretaria de Segurança ou via Itaipu. O custeio só que não pode. A Itaipu não investe em custeio. Custeio é o Estado que tem que fazer esse custeio. Definir os funcionários que vão trabalhar, a manutenção, infraestrutura do prédio, equipamentos importantes. A despesa do IML é significativa. A nossa luta vai ser assim, mas a construção do prédio é possível sim”, conta.

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O deputado explica que já foi decidido que os recursos da Itaipu serão repassados para outros municípios do estado para não beneficiar apenas prefeituras da região Oeste do Paraná, onde fica a usina. “Foi tomado uma decisão colegiada e a partir de agora já é possível que Itaipu possa investir nos municípios fora, chamado lindeiros. Nós temos que correr atrás. Bons projetos, boa articulação política e nós estamos fazendo isso”, explica.

Os municípios lindeiros citados por Bakri são aqueles que ficam próximos ao lago de Itaipu. Eles pertencem à microrregião de Toledo e recebem recursos em forma de compensação ambiental. Contudo, o deputado alerta que esses recursos só poderão ser usados em projetos de obras que melhorem a estrutura dos municípios. “Nós estamos agora trabalhando. Vamos conversar com os nossos prefeitos. O que eles pedem em Itaipu? Um projeto que seja estruturante”, disse.

Mesmo com a construção do prédio, o deputado destaca que a construção de um IML em Irati também dependerá da previsão orçamentária de gastos dentro do governo do Estado, já que o custeio deverá ser pago pela gestão estadual. “A estrutura necessária para manter o IML, são vários médicos necessários. Nem sempre o Estado tem esses médicos na sua estrutura montada. Talvez tenha que fazer concurso para colocá-los. Tem outros profissionais que tem que colocar, tem equipamentos que tem que colocar. É um processo longo, mas que vai dar certo. A cidade de Irati precisa disso”, explica.

Durante a entrevista, o deputado ainda comentou sobre os projetos do Governo Estadual para auxiliar o Centro de Saúde Erasto Gaertner em Irati. Atualmente, como o hospital ainda possui contrato vinculado com a sede em Curitiba, a quantidade de vagas para tratamento é reduzida. De acordo com Bakri, o Estado deve fazer um contrato direto com a unidade de Irati. “Nós vamos fazer um contrato direto com o Erasto, com a filial direto em Irati, para acabar com este tipo de problema. Por enquanto está sendo mandado uma boa parte dos pacientes para Curitiba. A objetividade é atender aqui. O paciente de câncer já está no seu pior possível debilitado. O objetivo é fortalecer a unidade aqui. Nós vamos cobrar com muita ênfase uma data, para que nós tenhamos funcionando esse contrato, essa prestação de serviço, que vai ser definida tecnicamente entre o hospital, a entidade, e o Governo do Paraná”, conta.

O líder do Governo na ALEP também comentou sobre recursos estaduais que serão destinados para cirurgias eletivas e para a clínica de hemodiálise de Irati. “Nós precisamos agora e vai ser anunciado a decisão de um recurso importante para colocar em dia essas cirurgias eletivas. Desde o processo da Covid, nós estamos atrasados. De lá para cá, dois anos sem fazer cirurgia, pelo menos por parte do Estado, pelas condições dos hospitais. É óbvio que a conta vem e está aí. Nós temos que tentar diminuir essa conta. O Governo vai fazer um grande projeto, um verdadeiro mutirão. Irati está contemplado conforme nos informou a chefe da regional, a doutora Larissa Mazepa”, disse.

Presidente da Amcespar, o prefeito de Irati, Jorge Derbli, conduziu reunião da entidade na quinta-feira. Foto: Sidnei Jorge (Sidão)
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