IFPR realiza projeto de inclusão digital na Cidade da Criança

Projeto envolve cerca de 70 crianças e adolescentes de 04 a 15 anos, que participam…

03 de novembro de 2022 às 11h43m

Projeto envolve cerca de 70 crianças e adolescentes de 04 a 15 anos, que participam das aulas às sextas-feiras, em contra turno escolar

O Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus de Irati, está realizando há 4 anos um projeto de inclusão digital na Cidade da Criança. Aproximadamente 70 crianças e adolescentes com idades entre 04 e 15 anos participam do projeto em contra turno escolar, sempre às sextas-feiras.
O objetivo do projeto é fazer com que as crianças aprendam um pouco sobre o computador e treinem a coordenação motora fina, mexendo no mouse, auxiliando no processo de alfabetização e conhecendo os números, conforme o coordenador do projeto, Francis Baranoski.

“À medida que eles vão avançando na faixa etária, tem softwares específicos para trabalhar cada uma das questões. Quando chegam à faixa dos 10 anos, que já são alfabetizados, treinamos textos e brincamos de stop digital com eles. Isto tudo estimula a entender que o computador funciona justamente como uma ferramenta para eles poderem, depois, lá na frente, se inserirem no mercado de trabalho. Enquanto eles estão no período estudantil, os equipamentos funcionam também como ferramenta de pesquisa e estudo”, pontuou.

O aluno Christian, de 10 anos, disse que sonha em ajudar sua família e as pessoas através da informática. Foto: Paulo Henrique Sava

Alunos exensionistas do IFPR atuam no projeto junto às crianças. Os computadores foram adquiridos no final de 2018, depois que a Cidade da Criança recebeu recursos para isto. Antes, a comunidade já havia doado computadores para que o projeto tivesse início. “Eram computadores antigos, desatualizados e “Frankenstein”, ou seja, montados com várias peças de outros computadores para eles funcionarem. Não havia uma padronização nos computadores para que todos estivessem utilizando o mesmo software. Eles usavam o editor de texto, mas às vezes eram de versões diferentes”, comentou.

O estilo das aulas muda de acordo com a idade dos menores, segundo Francis. “Com o passar do tempo, você vai trabalhando algumas competências diferentes. Por exemplo, com os alunos mais adolescentes, trabalhamos coisas específicas como um editor de texto, saber escrever e enviar um e-mail, colocar tudo certinho porque lá na frente eles vão utilizar isto. É fundamental que eles saibam dominar a tecnologia para fazer uso dela em prol deles mesmo, para conseguirem um bom emprego, estudar e assim por diante”, frisou.

Nossa reportagem conversou com algumas crianças que participam do projeto. Yasmin Colaço de Assis, de 9 anos, estudante do 4º ano da Escola Municipal Mercedes Braga, disse que gosta muito das aulas de informática. “As aulas são muito boas, eu já aprendi a tocar violão e a mexer no computador. No computador, eu aprendi a digitar”, contou.

Ana Júlia, de 09 anos, contou o que está aprendendo nas aulas de informática. “Eu estou aprendendo a escrever no computador, jogar joguinhos, um monte de coisas. Eu gosto mesmo é de jogar. Eu quero ser bombeira e mexer no computador”, destacou.

O aluno Christian, de 10 anos, chamou a atenção pela atitude de solidariedade que demonstrou ao contar que sonha em ser gamer para conseguir dinheiro, ajudar a sua família e outras pessoas. “Vou jogar para conseguir dinheiro para minha família e ajudar as pessoas”, frisou.

Christian também disse que sonha em criar jogos para ensinar outras pessoas e doar computadores no futuro. “Jogar, criar outros jogos e ensinar outras pessoas, dar computadores para elas jogarem e ajudarem as famílias delas também”, finalizou.

Fotos: Paulo Henrique Sava

Software utilizado com os alunos
Professor Francis Baranoski, coordenador do projeto
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