Homem é morto em confronto com a PM no Jardim das Américas

Rapaz, de 23 anos, que morreu no confronto com a polícia é acusado de ter…

12 de fevereiro de 2016 às 09h49m

Rapaz, de 23 anos, que morreu no confronto com a polícia é acusado de ter incendiado casas no bairro

Da Redação, com reportagem de Tadeu Stefaniak
Um homem morreu em um confronto armado com policiais militares na rua Afrânio Mayer de Souza, no Jardim das Américas, em Irati, na manhã desta sexta-feira, 12. André da Conceição Rodrigues, de 23 anos, resistiu à abordagem e foi alvejado. A equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local e constatou o óbito do morador.

André portava um revólver calibre 38 e teria iniciado o confronto armado. Os policiais não ficaram feridos. André possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas, posse ilegal de arma e homicídio. 

Segundo informações da 8ª Cia, por volta das 5 h desta sexta-feira, 12, cerca de 30 policiais das equipes Rádio Patrulha, P2 e Rotam de Irati com auxílio do Choque e Canil do 16º Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava cumpriram cinco mandados de busca e apreensão nos bairros Jardim das Américas e Alto da Lagoa, ambos em Irati. Durante a operação, em uma das residências, houve o confronto armado entre André e os policiais. Os policiais que participaram da operação efetuaram a prisão de três pessoas e a apreensão de duas armas de fogo, sendo uma pistola calibre 765, com dois carregadores e 16 munições, e partes de uma garrucha calibre 22, com algumas munições. A operação foi comandada pelo Tenente Eduardo Kendi Fujioka Gritten.

A ação policial ocorreu depois que seis casas foram incendiadas no bairro, sendo quatro delas somente nesta semana. Conforme informações preliminares, André é acusado de ser um dos autores dos incêndios ocorridos em residências no Jardim das Américas recentemente. Um menor de idade, que foi apreendido pela PM, na noite de quarta-feira, 10, teria delatado o suspeito. 

Mesmo assim, ainda não há confirmação se o suspeito possui envolvimento nos incêndios que ocorreram no Jardim das Américas. “Apenas a PM com apoio do Choque e Canil cumpriu esses mandados que foram expedidos pela Comarca de Irati. A gente não pode confirmar relação com nenhum dos incêndios. A equipe da PM adentrou a residência e o individuo portando a arma investiu contra a equipe. Ele foi alvejado no momento da abordagem”, ressalta a Oficial de Comunicação da 8ª Cia, Tenente Angélica Andrade, que concedeu entrevista à reportagem da Rádio Najuá. 

Conforme Angélica, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em virtude de diversas situações e delitos cometidos anteriormente, que foram denunciados via Narcodenúncia (telefone 181).

O local foi isolado até a chegada da Polícia Civil de Irati e da equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa, que recolheu o corpo da vítima. 

Em determinado momento da operação, moradores tentaram investir contra os policiais. O tumulto foi contido. A confusão teve início depois que alguns familiares passar a reclamar da atitude da polícia de isolar o local onde estava o corpo da vítima até a chegada da criminalística. Angélica explica que esse é o procedimento padrão da polícia em situações de homicídio. “A gente entende a vontade dos familiares de ver o local e ver o seu familiar, neste caso o seu familiar veio a óbito. Porém, é um procedimento de praxe, que é tomado em qualquer local de crime, esse local deve ser isolado. Então ninguém tem acesso. Nem moradores e outros policiais. É um procedimento que deve ser feito. Isolamos o local para aguardar a equipe da criminalística e IML. A equipe de criminalística vai ficar a par de todas as informações e tirar fotos para colocar nos procedimentos de polícia judiciária. A população tem que entender que isso é um procedimento de praxe. Não é porque a PM não quer que a população chegue à residência, mas isso deve ser feito e está na lei. Apenas estamos cumprindo o que determina a lei”, complementou a Tenente. 

O pai de André, João Antonio, concedeu entrevista ao repórter Tadeu Stefaniak. Ele confirmou que o filho possuía antecedentes criminais e que estava sozinho na residência no momento que os policiais cumpriam os mandados de busca e apreensão. Segundo João Antonio, a filha de André pernoitou na casa de uma tia. Angélica contradiz a versão apresentada por João Antonio. Ele disse que seu filho estava dormindo no momento da abordagem. “Esse fato não confere, pois ele estava portando a arma de fogo e investiu contra a equipe”, relata a Tenente. 

Angélica agradece a população que tem colaborado efetuando denúncias para a Polícia Militar. “Agradecemos a população que colabora com a PM para que outros crimes sejam evitados. Estamos à disposição através dos telefones 190 e 181 para denúncias, que podem ser feitas de forma anônima”. 

Fotos: Ciro Ivatiuk/Hoje Centro-Sul e Tadeu Stefaniak/Rádio Najuá

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