Homem é morto com requintes de crueldade em Irati

Edson Luis Coltro, de 45 anos, mais conhecido como “gaiota”, foi morto com golpes de…

24 de julho de 2015 às 12h12m

Edson Luis Coltro, de 45 anos, mais conhecido como “gaiota”, foi morto com golpes de facão nas proximidades da BR-153

Da redação, com reportagem de Tadeu Stefaniak
{JIMG4}Um homem foi assassinado com requintes de crueldade na tarde desta quinta-feira, 23, em Irati. Edson Luis Coltro, 45 anos, conhecido como “gaiota”, foi morto com vários golpes de facão. O corpo dele foi encontrado às margens da BR-153, nas proximidades do Conjunto Ouro Verde.

A delegada Eliete Kovalhuk relatou que Silvana Gonçalves, de 30 anos, teria um relacionamento extraconjugal com Edson há aproximadamente quatro meses, uma vez que ambos eram casados. Ainda de acordo com a delegada, Silvana havia afirmado que recebeu ameaças de Edson para que se separasse do marido e ficasse com ele. No entanto, ela teria relatado à delegada que não teria como provar estas ameaças.

Eliete contou detalhes do homicídio. “Ontem (23), eles marcaram encontro, e ela falou que levou ele para este local, disse que tinham tido relações sexuais e que resolveu fazer uma ‘brincadeira’ com ele, pediu para vendá-lo e amarrar suas mãos para trás do corpo. Foi à oportunidade que ela teve para dar o golpe com o facão e tirar a vida dele”, comentou.

De acordo com a delegada, Silvana teria dito que, desta forma, acabaria com as ameaças que vinha sofrendo. Ela teria afirmado que o crime já vinha sendo premeditado há algum tempo, e que resolveu enganar Edson para facilitar a execução.

A delegada conta que a versão apresentada por Silvana para os familiares é de que ela teria sido estuprada por Edson. Eliete comenta, no entanto, que não havia indícios da ocorrência de estupro.

O corpo de Edson foi encontrado próximo ao veículo Ecosport, de propriedade de Silvana, utilizado por ela para transporte da vítima. Segundo a delegada, Silvana teria agido sozinha. “Considerando estes detalhes que ela repassou, enganando a vítima e dizendo que faria uma brincadeira sexual para fazer com que a vítima se desarmasse numa tentativa de reação, acredito que ela tenha feito mesmo isso sozinha”, declarou.

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Segundo Eliete, após o fato, a autora teria tentado fugir do local, mas o carro não funcionou. A delegada afirmou que Silvana teria ligado para familiares dizendo que havia sido estuprada por Edson. Os familiares acionaram a Polícia Militar.

Nos registros da Polícia Civil, também não há registros de Boletins de Ocorrência sobre as ameaças. “A gente apreendeu os celulares dela e da vítima, e vamos encaminhar para a perícia investigar se há algum registro destas ameaças, se elas realmente existiram”, comentou.

A delegada confirmou ainda que, além de golpear Edson com um facão, Silvana teria tentado atear fogo no corpo da vítima, que tentou fugir, mas não conseguiu, ficando enroscado em uma cerca próxima.

De acordo com Eliete, o juiz deverá decretar a prisão preventiva de Silvana, que responderá ao processo detida na Delegacia de Polícia Civil de Irati. Se for condenada, a pena de Silvana poderá ser de 12 a 30 anos de reclusão. A pena será definida em júri popular, ao final do processo. O inquérito deverá ser concluído nos próximos dez dias.

A família de Edson ainda não foi ouvida sobre o caso.

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