Gilvan Agibert é expulso do PPS

Prefeito afastado de Prudentópolis foi denunciado por apoiar candidatos de outros partidos e por ter…

25 de fevereiro de 2015 às 09h59m

Prefeito afastado de Prudentópolis foi denunciado por apoiar candidatos de outros partidos e por ter as contas desaprovadas pelo TCU, segundo o PPS

Da Redação

{JIMG0}O prefeito afastado de Prudentópolis Gilvan Pizzano Agibert foi expulso do Partido Popular Socialista (PPS). A decisão foi tomada pelo diretório estadual da legenda em reunião realizada na segunda-feira, 23. 

Além de Gilvan, o vereador de Toledo, Giancarlo de Conto, também deixou o PPS. Ambos tiveram a oportunidade de ampla defesa, mas a executiva decidiu acatar o parecer do Conselho de Ética do partido, que determinou a saída dos parlamentares. 

Conforme o relatório, Gilvan teria demonstrado apoio para eleger candidatos de outros partidos que não são aliados do PPS e ainda por ter as contas desaprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). No dia 13 de fevereiro, o Conselho de Ética já havia determinado o afastamento provisório de Gilvan do partido até que ele pudesse esclarecer a denúncia de ter recebido R$ 20 mil de uma suposta propina paga por um funcionário de uma empresa que presta serviços de coleta de lixo para a prefeitura. Na ocasião, o deputado federal Rubens Bueno (PPS) sinalizou que o prefeito afastado de Prudentópolis teria 15 dias para provar sua inocência- prazo que será expirado no sábado, 28. “O PPS preza pela correta aplicação do dinheiro público e para tanto faz cursos obrigatórios para prefeitos, vices, vereadores, deputados, senadores e governadores. O PPS é um partido decente”, comentou o deputado federal. 

O presidente interino do PPS do Paraná, José Jorge Tobias de Santana, também se manifestou sobre o afastamento de Gilvan do partido. “Assim, garantido o direito de defesa, demonstraremos à sociedade, o mais rápido possível e com segurança, que nas fileiras do PPS continuam os homens e mulheres que tem compromisso com a correção e com a decência”, afirmou  José Jorge, em nota oficial publicada no dia 13 de fevereiro. 

O prefeito afastado de Prudentópolis, Gilvan Pizzano Agibert, deixou o Complexo Médico-Penal do Paraná, em Piraquara, na região Metropolitana de Curitiba, na noite de quinta-feira, 19. Ele permaneceu preso durante sete dias.

Conforme nota do MP, durante a operação “Caçamba”, que resultou na prisão de Gilvan, do seu filho Rodrigo e dois empresários, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Prudentópolis (setor de licitações, compras e finanças). Também foram realizadas buscas na casa do filho do prefeito (onde também reside Gilvan) e nas residências de dois empresários e de dois vereadores da cidade, além de outros locais. Foram apreendidos documentos, armas e R$ 69 mil, na casa onde residem o prefeito e seu filho, além de R$ 11 mil, na residência de outro filho de Gilvan.

O Juízo da Vara Criminal de Prudentópolis decretou, ainda, o afastamento de nove servidores públicos, dentre eles secretários municipais e diretores da Prefeitura.

Vereador de Toledo é acusado de ser beneficiado por esquema de compra de votos

Já o vereador de Toledo foi expulso do PPS em função ter sido supostamente beneficiário de um esquema de compra de votos para a eleição do novo presidente da Câmara Municipal.

Conforme investigações do GAECO, o vereador Eudes Dallagnol (SD), foi preso em flagrante suspeito de tentar comprar o voto do vereador Neudi Mosconi (SD) para eleger o candidato Giancarlo de Conto.

Mosconi avisou o GAECO sobre a negociação que estava marcada para ser realizada em sua residência. Com isso, o GAECO instalou câmeras e escutas e flagrou o momento em que Dallagnol negocia a compra do voto do vereador do SD. Segundo o GAECO, ainda há uma gravação onde Giancarlo oferece R$ 10 mil pelo voto de Mosconi, e afirma que outros sete vereadores aceitaram votar nele em troca do valor. As gravações não foram divulgadas.

No mesmo dia de sua expulsão das funções partidárias, o vereador de Toledo, Giancarlo de Conto, apresentou o pedido de renúncia ao mandato. A renúncia do vereador acontece para, desta forma, tentar manter intactos seus diretos políticos e uma possível cassação de mandato.

“Essas expulsões mostram que o Conselho de Ética do PPS está vigilante nas questões relacionadas ao fiel cumprimento do estatuto, código de ética e resoluções do partido, e demonstram que o coletivo do partido está unido em torno da Ética. Está decisão demonstra também a razão do PPS ser conhecido como um Partido Decente”, destaca José Tobias.

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