Em dois anos, funcionária teria desviado R$ 260 mil da Câmara, diz MP-PR.
Contadora foi presa a pedido do MP-PR e está na cadeia de Ponta Grossa.
Do G1 PR, com informações da RPC TV Ponta Grossa
Uma funcionária da Câmara Municipal de Palmeira, foi presa por suspeita de desvio de dinheiro público. Ela era responsável pela contabilidade da Casa e chegou a aumentar, por conta, o próprio salário. As investigações do Ministério Público do Paraná (MP-PR) apontaram que em dois anos a trabalhadora desviou, pelo menos, R$ 260 mil do caixa da Câmara Municipal.
Ainda conforme as investigações, os desvios começaram em abril de 2012 e foram descobertos em agosto. Segundo MP-PR, a funcionária, que era contadora concursada e mantinha o cargo comissionado de diretora financeira na Câmara, primeiramente, dobrou o salário de R$ 3,5 mil e, depois, passou a fazer transferências bancárias da Câmara para três contas no nome dela.
“Nós começamos a investigar esses desvios através de alguns erros nas folhas de funcionários efetivos da casa, já que alguns receberam a mais e outros a menos. Solicitei à Caixa Econômica Federal um relatório das folhas de pagamento dos últimos três meses e constatamos as irregularidades”, contou o presidente da Câmara de Palmeira, Fabiano Cassanta.
Os extratos bancários mostram que em um único dia a funcionária chegava a fazer quatro transferências para as contas dela, algumas com valores altos. Ela foi presa a pedido do MP-PR e está na cadeia de Ponta Grossa, também nos Campos Gerais do estado. Em depoimento, ela afirmou que os desvios eram feitos com o conhecimento do presidente da Casa e disse que ele também recebia dinheiro. Contudo, a investigação ainda não apontou nenhuma participação de Cassanta nem de outras pessoas no caso.
“O que nós constatamos é que ela mantinha a parte financeira da Câmara muito sob o controle dela. Era só ela que operava as movimentações financeiras da Casa, de um modo que outros funcionários não tinham acesso. Isso ficou demonstrado através dos depoimentos de testemunhas já ouvidas”, explicou o promotor responsável pelo caso, Antonio Nervino.
Além disso, a promotoria informou que oito pessoas já foram ouvidas, entre funcionários e ex-presidentes. A Câmara informou que abriu uma sindicância e pediu a exoneração da contadora. A polícia deve fazer uma perícia para verificar se os desvios eram feitos dos computadores da própria Câmara ou de aparelhos pessoais da funcionária.
