Fim de ano é o momento para planejar mudanças de vida

Período do fim de ano pode ser usado para planejar mudanças na sua vida que…

31 de dezembro de 2022 às 10h21m

Período do fim de ano pode ser usado para planejar mudanças na sua vida que possam realizar seus sonhos. Conheça algumas dicas sobre como fazer isso/Texto de Karin Franco, com reportagem de Herivelton Lourenço

Foto: Arquivo Najuá

As festas de fim de ano costumam ser um período com diversas superstições e rituais para trazer prosperidade para o próximo ano. Muitos sonham uma vida nova e a concretização de seus desejos. Mas segundo o palestrante Agostinho Basso, esse momento também pode ser usado para uma mudança efetiva na vida, como um momento de virada de vida, incluindo um planejamento de ações para atingir objetivos futuros.

Só que para isso acontecer, Agostinho destaca que é preciso fazer uma autoanálise sobre como está a vida atual. “É o momento de fazer essa autoavaliação. Eu costumo sempre fazer isso e eu sempre digo que a maior loucura que as pessoas cometem é pensar que as coisas vão mudar por si só ou por conta própria”, disse.

O palestrante destaca que a mudança de vida só acontece efetivamente a partir de mudanças pessoais. “Todo mundo faz aquela festa, solta os fogos, estoura champanhe, aquele desejo de Feliz Ano Novo, mas muitas vezes, não passa disso. Ou seja, eu não mudo um grau na minha vida. Eu não mudo uma rotina, um passo. Eu não faço diferente e eu quero resultados extraordinários apenas porque é ano novo”, conta.

O primeiro passo após a autoanálise é verificar quais são os sonhos de cada um. “A pessoa começa a morrer, não quando ela fica doente ou quando ela fica já numa certa idade, nós começamos a morrer quando não sonhamos mais. Quando nós perdemos a capacidade de sonhar. A pessoa sempre tem que ter um sonho vivo na sua mente e no seu coração. Eu, por exemplo, tenho vários sonhos. Mas tem pessoas que não têm sonhos. O que são os sonhos? Eles são muito importantes porque eles são o combustível da vida. O que te faz acordar de manhã, o que te faz trabalhar, o que te faz aguentar, o que te motiva as coisas. Por quê? Porque nós devemos trabalhar, nós devemos viver, não para pagar as contas e para passar o fim do mês, mas nós devemos trabalhar também para realizar sonhos”, disse.

Contudo, é preciso que o sonho seja realizável. “Não adianta eu ter um sonho mirabolante, eu sonhar com algo que é extremamente muito difícil, não diria impossível porque nesta vida nada é impossível, mas seria muito difícil eu sonhar com algo totalmente fora da minha realidade. Mas quais são os seus sonhos possíveis? Quais são os seus sonhos realizáveis? Quantos sonhos você tem? Quais são eles? Qual a importância você dá para eles?”, conta.

Após estabelecer quais são os sonhos que podem ser realizados, é o momento de estabelecer metas para que os sonhos se concretizem. “Estabeleça metas para o ano 2023. Metas para o ano 2025. Essas metas se chamam metas a curto prazo, a médio prazo e a longo prazo. O que é uma meta curto prazo? Até abril eu quero eliminar minhas dívidas. É possível. Ou até junho, por exemplo. Isso é possível. Isso é uma meta”, comenta.

As metas a médio e longo prazo também envolvem a realização de planejamento de sonhos maiores como a compra de veículos, casas e até o planejamento de aposentadoria. Para esses sonhos, Agostinho destaca que é importante que a pessoa se programe e estabeleça ações de imediato, ao invés de esperar que dê algum tempo ou esteja no melhor momento para realizar. É o caso de quem precisa guardar dinheiro. “Todo dia primeiro do mês, automaticamente por uma programação, sai da minha conta bancária um valor para ir para um investimento, para ir para uma meta e eu tenho que sobreviver o resto do mês com aquilo. Eu já tirei o meu investimento, porque se eu for esperar sobrar, vamos falar a verdade, não sobra”, disse.

Depois das metas definidas, é preciso escrevê-las em um papel. Agostinho destaca que essa ação materializa esses objetivos. “Tem que escrever. Se você não escrever, não passa de palavras ao vento. Quando você escreve na tua agenda, quando você faz esse exercício, que é inclusive da cultura oriental, escrever e colocar onde você vê. Eu coloco sempre no meu escritório onde eu estou vendo. Eu coloco no espelho, eu coloco no carro um lembrete, porque eu estou mandando mensagem para o meu inconsciente daquilo que eu tenho que correr atrás”, conta.

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Agostinho usa uma frase de Amyr Klink para explica que para cumprir as metas é preciso vencer os medos e, assim, concretizar seus sonhos. “Todos os teus sonhos e os teus desejos mais profundos estão logo ali, após o medo. Porque, às vezes, nós não realizamos de medo. Eu mesmo dou um exemplo, depois de 32 anos de serviço público, concursado, salário garantido, recebendo função gratificada, eu parti. De algum modo, eu parti. Eu pedi licença sem vencimento, não ganho nada mais, estou sem salário desde agosto deste ano porque eu me lancei nesse ramo das palestras, dos cursos, da oratória e parti”, comenta.

No momento de estabelecer as metas, também é interessante dividir entre metas pessoais, profissionais e materiais. “Eu tenho sempre o costume de colocar metas pessoais, o que que eu preciso fazer enquanto pessoa; metas profissionais, o que eu quero enquanto profissão, enquanto resultados; metas materiais, o que eu vou comprar, adquirir e investir; e metas espirituais, como que eu vou melhorar minha vida religiosa, a minha vida de oração. Basicamente, são essas metas que eu sempre coloco. Cada meta dessa, eu vou colocando duas, três opções que deve ser feito no ano”, disse.

Depois de estabelecidos os sonhos e as metas, agora é o momento de as pessoas pensarem em como irão atingir essas metas. Agostinho destaca que a estratégia de como as metas serão cumpridas é um dos passos mais importantes. “O que eu devo fazer? Quais são as coisas que eu devo mudar? Quais são os passos que eu devo dar? Aonde eu preciso cortar gastos, se for preciso? Aonde eu preciso melhorar? Qual curso eu preciso fazer? Qual o caminho que eu tenho que seguir? Como que é mais fácil, para que eu chegue lá? Lá onde eu quero chegar. Lá na minha meta”, conta.

Agostinho lembra que algumas mudanças de vida são mais dependentes de atitudes pessoais do que de questões econômicas-políticas que o país possui. Ele reitera que os governantes atuam em questões maiores, mas que as pequenas ações só dependem das pessoas. “Eles resolvem o macro. Eles resolvem a grande economia, a grande questão da educação, ele resolve a infraestrutura, eles resolvem um monte de coisa, até decidem o salário mínimo, mas o mínimo. Eles não decidem o máximo. Se você ganha R$ 2 a mais que o mínimo, ele já não tem nada a ver com você. Eles definem o mínimo. Ou seja, aonde que eu quero chegar? Claro que é importante o Governo, mas depende de mim mudar a minha vida”, disse.

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