Irmãs Thainá e Thairine disseram que o baile teve uma carga maior de emoção por ser beneficente para a entidade/Texto de Paulo Sava, com reportagem de Sidnei Jorge
A Família Azzolini marcou presença em Irati na noite desta sexta-feira, animando mais um baile em prol da Cidade da Criança no Centro de Eventos do CT Willy Laars. As irmãs Thainá e Thairine conversaram com nossa reportagem durante o evento. Elas disseram que o baile teve uma carga maior de emoção por ser beneficente para a entidade.
Tainá agradeceu pela confiança da comunidade iratiense no trabalho do grupo. “Temos que agradecer principalmente pela confiança no trabalho e por trazer o nosso nome para este evento, que tem uma carga maior por ajudar estes anjinhos. Estamos felizes por estarmos aqui novamente”, frisou.
As irmãs estiveram em Irati em 2022. Thairine conta que, em 2023, elas voltaram com uma sensação melhor, de rever as pessoas e fazer novos amigos. “Que bom que as pessoas gostaram do nosso trabalho, voltamos com uma sensação muito melhor de rever os amigos e encontrar novos amigos. Teve bastante gente que não veio no ano passado, então estamos bem felizes novamente de estar aqui”, comentou.
Em breve, a Família Azzolini deve se apresentar no estado do Espírito Santo. A agenda está bastante concorrida, com uma folga apenas em fevereiro de 2024. Thainá conta que as irmãs nunca precisaram mudar a essência do seu trabalho para agradar ao público.
“Graças a Deus é uma agenda na qual as pessoas vão para assistir nosso trabalho, que fazemos com aquilo que gostamos de cantar. Nós nunca precisamos mudar nossa essência para estar em novos lugares: as pessoas querem estar conosco pelo que somos e cantamos. Isto é pura bênção”, comentou.
As irmãs são muito requisitadas para se apresentarem especialmente em meio à comunidade italiana que reside no Brasil. Thairine e Thainá afirmaram que o italiano está no sangue delas. “O italiano está na nossa veia, na nossa essência, então não tem como fugirmos disso, e amamos demais, música italiana revigora a todos nós da banda. É uma história toda, quem tem a cultura nos hábitos, é importante saber da tua história, independente da etnia, sento italiano, alemão, polonês, de qualquer etnia, você revivendo memórias com os avós, pais ou bisavós, não tem preço que pague isto”, frisou.
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Acidente – As irmãs também falaram sobre o acidente que matou o motorista do ônibus da banda, Jalinton Martins, de 35 anos, ocorrido em junho na rodovia PR-280, em Clevelândia, no sudoeste do Paraná. Elas relatam que a morte do rapaz foi uma grande perda. “Foi um baque para todos nós, mas ao mesmo tempo a maioria está aqui. Fomos abençoadas porque, pela forma como aconteceu o acidente, era nítido que poderia ter sido bem pior o resultado. A natureza no local foi o que segurou para o ônibus não tombar, isto fez com que a maioria estivesse aqui, permanecesse com vida, saúde e possibilidade de seguir em frente. Naquele final de semana, tínhamos a gravação do nosso DVD, em Nova Veneza-SC, que foi adiado. Não temos ainda uma data específica para fazer este projeto, mas vamos continuar com ele”, frisou Thainá.
Com o carinho dos fãs, logo na semana seguinte ao acidente, a banda retomou os trabalhos. “Nós recebemos muito carinho de pessoas que vinham aos nossos eventos, nos abraçavam, dizendo que tinham rezado e orado por nós. A partir dali, em todo final de semana temos trabalho, então isto nos mantém com força e dedicação e estamos aqui aproveitando esta 2ª chance de estarmos vivas, com saúde e podermos trabalhar, de estarmos com nossos braços e pernas. É só seguir em frente, temos muito ainda o que viver e não sabemos ainda o dia da partida. Que possamos aproveitar este momento, é só nisto que pensamos”, destacou Thainá.
Redes sociais e meios de comunicação – As irmãs estão presentes constantemente nas redes sociais, na internet, na TV e no rádio. Thainá avalia que os meios de comunicação são essenciais para que o trabalho da banda chegue cada vez mais longe e diz que o rádio e a televisão têm uma grande força de divulgação. “Rádio, TV, Instagram e redes sociais são importantes com certeza, mas as rádios e TVs continuam no topo e são as maiores divulgadoras que temos. Nós não seríamos nada se não tivesse as rádios para mandar todo o nosso trabalho para as pessoas. Só temos a agradecer às rádios e TVs pela oportunidade de mostrar nosso trabalho para o público”, frisou.
Mistura de ritmos – A Família Azzolini fez algumas apresentações recentemente no Rio Grande do Sul, com uma mescla de músicas gaúchas, italianas e alemãs. “Nós passamos por vários ritmos durante o show, então o povo está dançando uma música gaúcha e, de repente, está todo mundo no meio do salão, cada um para um lado, pulando, correndo e brincando com outros estilos de música”, comentou Thainá.
A região sul do Brasil é classificada pelas irmãs como uma “colônia de etnias”, o que explica a mescla de culturas e hábitos dos habitantes da região. “Então, você faz um evento com a música e a gastronomia italiana, mas tem alemães, poloneses, argentinos, enfim, pega de todo o lado e as pessoas estão ali. Então, é uma mescla bem legal e você vê o italiano dançando música alemã, o alemão dançando música gaúcha, é isso aí, é uma mistura e uma ‘salada de frutas’ legal”, frisou Thainá.