A unidade do Hospital Erasto Gaertner completa neste sábado, 27, um ano de atuação em Irati. Neste período, começaram os atendimentos com quimioterapia para pacientes de toda a região, que não precisam mais se deslocar até Curitiba para fazer o tratamento. Com isso, reduziu-se o número de viagens, que chegava a 3 mil por mês.

A enfermeira responsável pela unidade, Daniela Raffo, atribui o bom desenvolvimento dos trabalhos do hospital a toda a equipe. Mensalmente, o número de atendimentos saltou de 180 para 500 mensais, entre consultas, quimioterapias, colocação de cateter e curativos. Em uma projeção anual, a quantidade pode chegar a 6 mil.

A unidade, que atendia somente com um médico, agora atende com dois profissionais, sendo um oncologista clínico e um cirurgião oncologista. Ambos se deslocam de Curitiba para Irati. Em relação aos demais funcionários, ela lamenta que a equipe seja pequena para o volume de trabalho apresentado. “Eu sou a responsável pela unidade e também presto atendimento à quimioterapia como enfermeira, mas temos técnico em enfermagem, farmacêutica, as meninas da recepção, o controlador de acesso e de higiene. É uma equipe pequena”.

A presidente da Associação do Núcleo de Apoio ao Portador de Câncer de Irati – ANAPCI, Terezinha Miranda Veres, elogiou a alegria e o dinamismo de Daniela ao ajudar na luta pela vinda do Hospital. “Com certeza as pessoas só têm a agradecer. Muitas delas não se manifestam, mas há os que falam sobre o tratamento que estão recebendo aqui, com muita alegria por evitar a viagem, o cansaço e esta dificuldade que eles sentem. Eles precisam desta unidade, recebendo e atendendo com toda a equipe, para atender o paciente da melhor maneira possível”.

Daniela ressaltou que, devido ao aumento no número de atendimentos, há a necessidade de ampliação da unidade. Nas últimas semanas, uma equipe do Hospital esteve visitando a UPA da Vila São João e está avaliando a possibilidade de transferência para aquele local. “Vamos verificar a questão de viabilidade e o que poderá ser feito na UPA. Poderíamos fazer alguns procedimentos que hoje não podemos fazer na unidade por conta do espaço físico, que já está ficando pequeno. Poderíamos ter mais médicos atendendo e alguns procedimentos que não temos espaço para fazer em Irati, com nutricionista, fisioterapia e psicologia. É um estudo, esta possibilidade nos foi passada e estamos avaliando esta transferência”, pontuou, lembrando que não há um prazo determinado para que o resultado da avaliação seja divulgado.

O período de funcionamento do Erasto na UPA, caso seja aprovada a transferência, termina após a construção do novo hospital no Riozinho, que está em fase de elaboração de projetos. Porém, a enfermeira ressalta que esta obra não estava nos planos da diretoria, e que o sonho surgiu por conta do grande número de pacientes na região. “É uma demanda que veio da comunidade, onde [as voluntárias] estão levantando recursos e batalhando para que aconteça esta construção”. 

Os recursos para a elaboração do projeto da nova unidade já estão sendo angariados, garantiu Terezinha. “É um valor alto, as campanhas se iniciaram para fazer o projeto e depois irmos atrás de recursos federais e estaduais, para termos a viabilidade e a possibilidade de que este hospital seja construído”, comentou.

Para comemorar o aniversário da unidade, um evento que reunirá autoridades municipais e estaduais e a diretoria do Hospital com a comunidade está marcado para o dia 09 de novembro.