Ela decidiu gravar vídeos ensinando combinações de roupas, começou a vender pela internet e criou uma marca própria
Equipe da loja Nika Griff |
Lenon Diego Gauron, com reportagem de Jussara Harmuch
Com a queda de circulação por conta da pandemia do novo coronavírus e para buscar novos públicos, diversos comércios do país estão se reinventando a fim de manter as vendas ou até mesmo aumentá-las. Um exemplo disso é a loja de roupas Griff Mania de Irati. A proprietária, Rosni Rodrigues de Oliveira Hubler, decidiu mudar de nome, tirando a palavra griff, que carrega o significado de luxo e marcas famosas, para Nika, nome como ela própria é conhecida. O objetivo é informar que a loja também tem produtos com preços mais acessíveis, sem perder o bom gosto que ela dá na composição dos looks. A ideia de ter roupas confeccionadas com seu estilo é um sonho antigo e isso também influenciou a empresária a imprimir a sua marca.
A loja iniciou como Griff Mania, aí um amigo meu que é designer disse que o nome Griff não ligava a nada e, como eu sempre tive o projeto de ter roupas com o meu nome, então eu tive a ideia de mudar o nome para Nika, porque todo mundo fala que vai comprar na Nika e raramente falava que ia na Griff. Eu mudei e não me arrependo em nenhum momento. Eu já estou confeccionando várias peças com o meu nome, mudei a razão social e as clientes estão bem satisfeitas porque eu sei o que elas gostam
disse Nika em entrevista à Najuá.
“Agora eu consigo agradar inclusive com preço melhor, porque, às vezes, uma marca famosa não tem um preço tão competitivo. Muita gente falava que não ia na Griff porque era muito caro, mas as marcas que eu já trabalho há muitos anos eu não vou deixar de vender, pois eu já tenho uma clientela formada com essas marcas”, destaca.
Ela fez um curso no YouTube de como gravar vídeos e está utilizando o que aprendeu para fazer transmissões ao vivo ensinando as pessoas a como combinar roupas, além de mostrar a coleção da sua loja. “A gente fez uma live com as modelos, com as peças em promoção e a gente pretende fazer mais também com as roupas masculinas, pois temos uma coleção completa. Eu já estou vendendo on-line, através das redes sociais, e também já tem um site sendo construído. Como vou ter essas peças com o meu nome, estou super animada com isso”, comemora a empresária.
De acordo com Nika, 70% das vendas da loja sempre foi no formato “condicional”, onde ela monta um kit com roupas e acessórios de acordo com o perfil da cliente e envia até sua casa. “Eu acho que o condicional de Irati nunca mudou, é o carro-chefe da loja, pois a gente conhece o estilo da pessoa. O primeiro condicional pode não dar muito certo, mas com o passar do tempo, a gente vai pegando o jeito. Nós temos cliente de Guarapuava, Curitiba e Ponta Grossa, onde a gente leva as sacolas com os kits, então a gente não fica esperando cair do céu. A gente trabalha mesmo”, finalizou.