Segundo o assessor de Imprensa da Caminhos da Paraná existe a previsão contratual para que as obras se iniciem em 2018 e sejam concluídas até o ano de 2021
Rodrigo Zub

Imagem de Ilustração
Não é de hoje, que a população e os governantes paranaenses lutam pela duplicação da BR-277. Diversas campanhas foram criadas desde o ano passado tentando sensibilizar o governo do Estado, para que trechos de maior trafegabilidade e com maior risco de acidentes sejam duplicados.

Entre os locais mais críticos e prioritários que poderão sofrer intervenções estão os trechos entre Santa Tereza e Medianeira e Foz do Iguaçu a Paranaguá.  Já na região de Irati, existe a expectativa para que o trecho entre a cidade de Guarapuava e o trevo do relógio seja duplicado.

Mesmo assim, até o momento houve muita discussão e poucas medidas práticas foram adotadas. Em conversa com o assessor de imprensa, da Caminhos do Paraná, Jefferson Dittrich ele afirmou que existe a previsão contratual para que o trecho de aproximadamente 45km que liga a cidade de Guarapuava e o trevo do relógio seja duplicado, mas ele fez questão de ressaltar que o projeto ainda está sendo analisado para que seja colocado em prática mesmo a partir de 2018.

“Essa duplicação está prevista para acontecer. Os estudos tanto ambientais como qual será o traçado e procedimento a ser adotado para realizar essas obras, deve ter início ainda este ano, pelo menos essa é a expectativa”, confirma Dittrich que diz ainda que contratualmente existe a previsão para que as obras se iniciem em 2018 e sejam concluídas até o ano de 2021.
Obras podem ser antecipadas

Apesar da obrigação contratual indicar que as obras devem ter início apenas daqui a sete anos, Dittrich revela, no entanto, que elas podem ser antecipadas podendo ter início ainda este ano. Ele conta que este ano uma das melhorias que será realizada será a implantação de aproximadamente 3,5km de terceiras faixas na serra da esperança. “A terceira faixa possibilita que veículos leves e caminhões tenham uma harmonia maior no tráfego. Claro que tem a ver também com o escoamento da safra, circulação de caminhões que tem aumentando, por isso é necessário implantação dessas terceiras faixas”, confirma Dittrich.

Tráfego da rodovia durante a realização das obras

Perguntado se as obras poderão interromper o tráfego da rodovia durante um determinado período, Dittrich afirma que o deslocamento dos veículos irá depender da escolha da técnica e dos estudos que os engenheiros responsáveis pela obra irão fazer. “É provável que não exista qualquer interrupção no tráfego, até porque se trata da implantação de uma nova pista. Por esse motivo é provável que  o tráfego continue a ser feito pela pista atual normalmente nos seus dois sentidos, enquanto a outra pista é construída”, explica.

Apesar do apoio das autoridades, nada saiu do papel

Apesar do apelo popular, campanhas não sensibilizaram as autoridades sobre a necessidade da duplicação
Em outubro do ano passado, pouco depois de ser eleito governador do Estado, Beto Richa reafirmou o compromisso pela duplicação da BR-277, dizendo na oportunidade que uma das concessionárias que já tinha um projeto pronto era a Rodonorte, no sentido Curitiba e Ponta Grossa.

Outro que falou sobre o assunto no mesmo período, foi o então Secretário dos Transportes do Estado do Paraná, Mario Stamm Junior que afirmou à imprensa na época que a prioridade do governo era a duplicação da rodovia entre Apucarana e Ponta Grossa e entre Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. Mesmo assim, quatro meses depois, nada saiu do papel e pouco foi feito até agora.

Campanhas

Em 2009, uma campanha foi criada com o intuito de conscientizar as autoridades para a importância da duplicação da BR-277. O projeto lançada em março daquele ano, pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC), chamado de Atitude Foz  defendia a duplicação imediata da rodovia no Oeste do Estado.

Como nenhuma medida foi tomada, em junho do ano passado, a segunda fase do projeto foi lançado com o seguinte slogan: “Não complica! Duplica”, ganhando vários adeptos e sendo inclusive bastante discutida e analisa por autoridades políticas e sociedade de forma geral.

Lembrando que em Irati, um movimento também foi organizado objetivando a duplicação da BR-277. No final do mês de abril de 2010, uma comitiva formada por vereadores e o repórter da Rádio Najuá, Paulo Secco entregaram ao governador na época, Orlando Pessuti um documento reivindicando a duplicação da rodovia desde o trevo do relógio até a cidade de São Luiz do Purunã.

O grande número de veículos que transitam diariamente pela rodovia (cerca de 4.200), principalmente de caminhões no período de safra foi um dos principais argumentos apresentados pelo grupo ao governo do Estado para pedir a duplicação imediata do trecho.