Mulher e criança que visitavam presos foram feitos reféns. Motim durou cerca de uma hora e foi controlado

Da Redação, com informações G-1

Duas pessoas foram feitas reféns e um preso ficou ferido durante um motim na cadeia de Imbituva. A confusão ocorreu durante o horário de visita aos detentos na tarde de quarta-feira, 11. A situação na carceragem foi controlada depois de aproximadamente uma hora. 

Uma mulher e uma criança deixavam a cadeia após visitarem um detento, quando teve início o tumulto. Um preso acusado de homicídio também virou refém. Ele foi agredido a pauladas por outros presos. De acordo com o Delegado interino da cadeia de Imbituva, Fernando Maurício Jasinski, os detentos liberaram os reféns após negociarem com os policiais. A mulher e a criança não sofreram ferimentos e foram retirados do prédio. Já o detento foi encaminhado ao hospital São João, em Imbituva. Ele recebeu atendimento médico e foi liberado para voltar à cadeia. 

Segundo Jasinski, o detento ferido estava custodiado em uma cela separada. Ela vinha recebendo ameaças dos colegas. Por isso, ele irá permanecer separado dos demais. O Delegado disse a reportagem do G-1, que o tumulto ocorreu porque os presos pretendiam agredir o homem acusado de homicídio. 

Os presos não teriam realizado exigências. Moradores informaram a reportagem da Najuá que ouviram barulhos de tiros vindo da carceragem. A informação sobre uma possível troca de tiros não foi confirmada pela polícia. 

Superlotação

A cadeia de Imbituva está superlotada. O espaço construído para receber oito presos comporta 58. Por esse motivo, a cadeia foi interditada em novembro de 2014, conforme determinação da justiça. Porém, nenhum preso foi transferido desde então. 

No dia 20 de janeiro, os presos realizaram um motim que durou cerca de 20 horas na cadeia de Imbituva. Na ocasião, os presos questionavam a forma como a alimentação e a água era fornecida na cadeia. Eles ainda apresentaram outras reivindicações inusitadas. Na lista de exigências constava o fornecimento de pudim de chocolate, salsicha, refrigerantes de determinadas marcas, frutas e até cigarro aos detentos.