Demais presos passaram por exames preventivos. O detento foi isolado no chamado “seguro” da carceragem
Da Redação, com informações da Rádio Alvorada
Um dos presos na carceragem da Delegacia de Rebouças foi diagnosticado com hepatite C, na semana passada. O Setor de Epidemiologia do município submeteu os demais encarcerados a exames preventivos, bem como os policiais civis e investigadores que trabalham na delegacia.
“Como temos contato direto com os presos, a Epidemiologia achou melhor fazer exames em todos os presos que ficam nessas celas e também nos funcionários que têm contato com esses detentos”, explica o investigador Noroaldo Prestes.
Tanto os funcionários quanto os detentos foram submetidos aos testes rápidos de sorologia, que detectam vírus das hepatites B e C, sífilis e HIV. É o mesmo exame feito em postos de saúde, com uma pequena amostra de sangue tirada de um dedo da pessoa examinada e posto em contato com reagentes que indicam a presença ou não dos vírus em poucos minutos. Outra medida adotada foi atualizar a vacinação dos detentos.
O detento infectado pelo vírus da hepatite C foi isolado dos demais e está no chamado “seguro” da carceragem. O investigador não soube responder se o preso que está doente será submetido a tratamento em Rebouças ou se será transferido para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o que depende de decisão judicial.
“Já foi comunicada ao juiz e à promotora essa situação. Se tiver mais alguém na Delegacia que pegou essa doença ainda vamos ver qual será o procedimento”, comenta.
A hepatite C, manifestação mais grave da doença, não apresenta sintomas em sua fase inicial. Os sintomas costumam aparecer com a doença do fígado já avançada, às vezes, décadas após a infecção pelo vírus: dor e inchaço abdominal; sangramento no esôfago ou estômago; urina escura; fadiga; febre; perda do apetite; coceira; icterícia; náusea e vômitos.
Ao contrário da hepatite B, a hepatite C não é transmitida por sexo sem proteção. A hepatite C é transmitida pelo contato com sangue contaminado. São fatores de risco para a transmissão:
– ter realizado diálise renal por muito tempo;
– ter contato regular com sangue no trabalho (por exemplo, profissionais da área de saúde);
– injetar drogas ilícitas e compartilhar agulhas com alguém que tem hepatite C;
– ter recebido transfusão de sangue antes de julho de 1992;
– fazer tatuagem ou acupuntura com instrumentos contaminados;
– ter recebido sangue ou órgãos de um doador que tem hepatite C.