Derbli quer usar Fundo do Meio Ambiente para equipar Complexo Gari

Prefeito acompanhou integrantes do Conselho do Meio Ambiente em visita ao Complexo e aproveitou a…

16 de junho de 2023 às 02h13m

Prefeito acompanhou integrantes do Conselho do Meio Ambiente em visita ao Complexo e aproveitou a oportunidade para dar detalhes do empreendimento e solicitar o aporte financeiro do Fundo. jussara Harmuch com texto de Karin Franco

Barracões que estão sendo construídos para receber o lixo reciclável no complexo Gari/Imagem Najuá.

A expectativa da realidade dos trabalhadores da reciclagem do lixo de Irati está para mudar com o investimento que a prefeitura faz no Complexo Gari (Gestão Ambiental de Resíduos de Irati), na Vila São João. Falta pouco para o espaço com barracões e equipamentos estar concluído. Contudo, para conseguir terminar a obra, ainda é preciso recurso para comprar o restante dos equipamentos. Uma das possibilidades é utilizar o recurso de R$ 1 milhão do Fundo do Meio Ambiente, que é administrado pelo Conselho de Meio Ambiente (COMDEMA).

O prefeito Jorge Derbli destaca que o recurso é fundamental para a compra do restante dos equipamentos. “Mas nós precisamos principalmente desse recurso do Meio Ambiente para dar condições para eles na questão de equipamentos. Facilitar a vida deles, o transporte depois do lixo compactado, o carregamento. Isso que nós vamos apresentar esse plano trabalho ao Conselho para ver se libera esse recurso, para complementar esse projeto”, afirmou o prefeito, que esteve visitando o local, acompanhado por integrantes do COMDEMA.

Secretário da Fazenda, Juarez M. da silva, Carla Mosele, presidente do cOMDEMA, prefeito Joge Derbli, vereadora Terezinha Veres e a secretária do Meio Ambiente, Magda Lozinski

O secretário de Fazenda, Juarez Miguel da Silva, que também esteve na visita, explica que será preciso fazer um projeto detalhando a aplicação do recurso para que os conselheiros aprovem a liberação da verba. “Estamos destinando alguns recursos, mas como o Fundo do Meio Ambiente tem um recurso que está parado, pensamos em fazer um plano de aplicação, junto à Secretaria do Meio Ambiente, para que aporte esse recurso de aproximadamente R$ 1 milhão, todo ele no Complexo Gari”, conta.

A presidente do conselho, Carla Mosele, conta que o plano de aplicação foi um pedido do conselho. “Já conversamos junto com o prefeito, com o Juarez, com a Magda, para eles fazerem um plano de aplicação porque precisa ser apresentado um plano de aplicação para que possamos votar e possa ser liberado esse fundo, para fazer as melhorias que tem que ser ainda feitas. Toda essa questão da infraestrutura aqui. Mas o projeto é maravilhoso”, avalia.

A ideia é de também fazer do Gari um espaço para negociar as cargas de materiais reciclado. “Esse projeto Gari da Vila São João, além de ter equipamentos como a esteira, que vai facilitar muito a separação do lixo, nós queremos fazer também uma central de expedição e de venda, para que eles ganhem mais recurso, mais dinheiro sobre o produto separado, porque os atravessadores ficam com a maior parte da fatia. Lá na ponta, quem trabalha, quem recicla, quem fica aqui botando a mão no lixo todo dia, ganha muito pouco. Nós queremos dar mais condição de trabalho para esse povo”, explica o prefeito.

Uma das duas esteiras já compradas para separar o lixo no Gari

O espaço está localizado em um terreno de mais de 10 mil metros quadrados no distrito industrial da Vila São João. “São cinco barracões e também ganhamos recursos para construir um refeitório para dar melhor condição para essas pessoas trabalhar, oferecendo também uma alimentação, porque eles trabalham o dia inteiro nesse lixo que é complicado. Para ter um local mais reservado para eles ter essa alimentação”, conta o prefeito.

Os recursos para a construção do local são do próprio município e de emendas de deputados. “O terreno já pertence aqui ao condomínio industrial da Vila São João. Houve um investimento de R$ 500 mil no primeiro barracão. Aqui estamos gastando mais R$ 1 milhão nesses três barracões. Temos aproximadamente R$ 2 milhões já investidos aqui, com o recurso próprio e recursos também de emendas de deputados. Também teremos o refeitório, com mais R$ 400 mil”, explica Derbli.

A previsão é que o Complexo Gari funcione a partir do segundo semestre. “Estamos terminando as obras. Já ganhamos [recursos] de vários deputados [para compra] dos equipamentos. Já estão sendo instalados. Nós vamos ter a questão da expedição que eu falei, que vamos agregar valor. Não vai acabar o atravessador, mas nós queremos melhorar a condição porque baixou muito o reciclado”, disse o prefeito.

Prefeito Derbli quer evitar que o lixo reciclável fique acumulado em bags, como acontece hoje nos barracões da Vila Nova.

Com o novo complexo e a terceirização da coleta de lixo reciclável, a intenção é que se crie um sistema onde a cooperativa e a associação consigam preparar de forma mais ágil o material para a venda. “A intenção é que o resíduo chegue, ele seja triado no mesmo dia e prensado. Ou seja, o início do trabalho às 8 horas. No término do expediente, o barracão já deve estar limpo, preparado para receber o resíduo reciclável do próximo dia”, conta a secretária do Meio Ambiente, Magda Lozinski, que organizou a visita.

Enquanto isso, a cooperativa e a associação já fizeram o credenciamento para poder ocupar o espaço fornecido no Complexo Gari. As instituições terão direito a ocupar o espaço por 12 meses, podendo renovar ao final desse período. “Toda a documentação da associação e da cooperativa foi apresentada. Elas já estão aprovadas. Porém, ao longo dos meses, a partir do momento credenciamento, que elas vierem a se instalar no complexo, existe uma série de condicionantes que elas têm que apresentar para a prefeitura, desde a questão de regularidade junto ao Ministério do Trabalho, a questão de utilização de EPI [equipamento de proteção individual], a questão de certidões negativas. Tudo isso está incluso dentro desse credenciamento”, explica a secretária.

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