Deputado Emerson Bacil comenta sobre possibilidade de perda de mandato

Partido Social Liberal (PSL) pode perder até quatro cadeiras na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep),…

23 de outubro de 2021 às 15h29m

Partido Social Liberal (PSL) pode perder até quatro cadeiras na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), entre elas, o lugar ocupado pelo deputado Emerson Bacil, caso Fernando Francischini (PSL) seja cassado em julgamento no TSE/Karin Franco, com reportagem de Paulo Sava

Deputado Emerson Bacil foi eleito em 2018 com 17.626 votos. Foto: Arquivo Pessoal

Com a possibilidade de cassação do mandato do deputado estadual, Fernando Francischini (PSL/PR), a bancada do partido pode sofrer alterações na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Um dos afetados é o são-mateuense, Emerson Bacil, que pode perder seu mandato caso os votos de Francischini sejam anulados. Com isso, o quociente eleitoral da legenda será alterado reduzindo o número de candidatos eleitos pelo PSL.

Na sessão de terça-feira, 19, três ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votaram a favor da cassação de Francischini por entenderem que o deputado propagou informações falsas contra a urna eletrônica e o sistema de votação nas eleições de 2018. Porém, a votação foi paralisada após um pedido de vista do ministro Carlos Holrbach, que pretende analisar melhor a situação.

De acordo com a coluna de Roger Pereira, na Gazeta do Povo, Bacil está na lista dos deputados que perderiam o mandato caso Francischini seja cassado.

Em entrevista à Rádio Najuá, Bacil disse estar lidando com maturidade sobre o assunto. “É uma situação que tenho encarado com muita maturidade. Nós entendemos que isso é uma questão que está além de qualquer situação que eu possa fazer. Não sou parte do processo. Não tive conhecimento de maneira enfática dos autos e o que existe no teor dele. Mas sim, existe esse processo. Está em fase de julgamento. E nós vemos isso como uma parte de aprendizado do nosso mandato. Estou há dois anos como deputado. Não nasci e nem quero morrer deputado. Tinha outros afazeres antes de assumir. Deixei-os de lado para me dedicar a este mandato, até porque entendo que o mandato de representatividade precisa ser levado muito a sério. E eu tenho feito isso”, disse.

O deputado são-mateuense disse que não está preocupado com a perda do mandato. “Não estou preocupado. Eu há muito tempo deixei de cobrar e pedir algo a Deus. Há mais de dez anos eu só agradeço e tenho tido êxito em tudo. Então, nesse momento não peço nada à Deus, mas agradeço a oportunidade de ter chegado até aqui”, relata.

Enquanto a decisão não sair, Bacil continuará no cargo. “Eu estou tranquilo porque entendo que vamos dar sequência a isso e os próximos dias vamos ver o que vai ser a resolutiva e a decisão do TSE, mas fico aqui e estou aqui como deputado, enquanto nos permitir”, afirma.

Nesta semana, o deputado estadual Subtenente Everton (PSL) teve o mandato cassado em decisão unânime do TSE. Os ministros decidiram cassar o mandato do deputado por considerar que houve abuso econômico, já que ele teve parte dos gastos de campanha pagos pela Associação dos Militares da Reserva, Reformados e Pensionistas das Forças Armadas do Paraná (Asmir-PR). A lei proíbe o financiamento por pessoas jurídicas, que é o caso da associação. Com isso, os votos serão anulados e os ministros do TSE pediram que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) refaça a contagem. Porém, essa decisão não vai alterar o quociente eleitoral do PSL, segundo informações da Gazeta do Povo. Desta forma, não haverá alterações na composição da ALEP.

Projetos: O deputado ainda comentou sobre projetos que tem apresentado na ALEP. Entre eles, está o projeto que possibilita a compra de fumo diretamente na propriedade do fumicultor. “Apresentei há um mês, depois de verificar no último ano que esqueceram das 40 classes que o fumo tem, esqueceram de quantas vezes o fumicultor saiu de madrugada atrás da carga de fumo em cima de um caminhão para ir até a fumageira e chegar lá e ter um preço absurdamente baixo que nem custeia a despesa. E retornar com o fumo, tendo que pagar o frete de retorno e humilhado, numa esteira de fumo. E como se nada tivesse ocorrido antes, agora fizeram a compra, pagaram até no farelo do fumo o preço máximo e foram fazer essa negociação na casa do produtor. Então, porque não se tornar uma regra isso no estado do Paraná?”, afirma Bacil.

O deputado conta que este tipo de acordo está sendo feito também no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “Por que não qualificar os instrutores de fumo para eles mesmo fazer esse acerto de valores e de contratação? E aí encaminha para a fumageira e lá fazer apenas fazer a pesagem? Até porque há um vínculo importante entre as partes. Tem muita gente que planta há mais de 20 anos para a mesma empresa. Existe um contrato anula que é assinado. Só que não existe a garantia de pagamento mínimo e não existe a garantia de subsídio e pagamento, pelo menos a compensação total do valor gasto na produção. Sempre a corda estoura na ponta mais fraca. Isso tem acontecido sempre no lado do produtor”, afirma.

Outro projeto apresentado é o da microchipagem de animais domésticos, onde um chip é implantado no animal para que ele seja identificado. “É algo que vai trazer mais segurança, vai enquadrar isso numa situação mais correta, podendo cadastrar o dono do animal e as características do animal. Vemos que há muito abandono, temos situações de agressão e muitas vezes quem deixou de cuidar deste animal. A microchipagem vem solucionar um monte de situações”, analisa Bacil.

O deputado ainda apresentou um projeto para incentivo de manejo de araucária para ajudar os produtores, além de solicitar a criação do Observatório da Mulher, com o objetivo de diminuir os índices de criminalidade.

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