Atendimentos das gestantes foram descentralizados seguindo determinação do Ministério da Saúde, conforme a secretária de Saúde/Karin Franco, com reportagem de Paulo Sava e Rodrigo Zub
Arte: Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Irati |
A Secretaria de Saúde de Irati descentralizou o atendimento das gestantes no município. A partir desta quarta-feira, 2, as gestantes passaram a realizar as consultas do pré-natal nas unidades de saúde próximas à sua residência. Caso tenha alguma complicação, as mulheres serão encaminhadas para o atendimento especializado.
A secretária de Saúde de Irati, Jussara Aparecida Kublinski Hassen, destaca que a decisão obedece a uma orientação do Ministério da Saúde. “A questão da descentralização não é financeira. Não é que nós temos que descentralizar porque não temos dinheiro. Não. Até onde podemos, mantivemos o nosso pré-natal centralizado, porém precisamos seguir as orientações do Ministério da Saúde. A saúde depende do Ministério da Saúde, as orientações, as normas. Assim como outros municípios da região já seguem. Irati era um dos únicos que mantinham o Pré-Natal centralizado. Mas agora temos que descentralizar”, explica a secretária.
De acordo com Jussara, o Ministério da Saúde preconiza o atendimento próximo à casa das gestantes. “As gestantes têm que ser atendidas perto das suas casas, próximo de seu domicílio. É isso que nós queremos. Levar a saúde mais próximo do nosso paciente. O Programa da Saúde da Família, o que é? É a gestante, a criança, o idoso, o hipertenso, o diabético. É a população em geral. Ela deve ser atendida pela unidade da sua referência. Como o nosso Pré-Natal vinha há anos centralizado, criou uma comodidade para os pacientes, para os nossos obstetras. Hoje não. Hoje elas serão atendidas perto da sua casa com mais comodidade, não vai ser preciso pegar o ônibus para ir até no pré-natal centralizado”, analisa a secretária.
O local onde atualmente ocorre as consultas de Pré-Natal continuará a funcionar, mas ficará focado a atender as gestantes que são de alto risco.
Contudo, neste período de transição, as gestantes ainda devem ir ao local fazer um cadastro e serem avaliadas. “As de risco habitual vão estar sendo atendidas nas unidades mais próximas da sua casa. As de alto risco intermediário, elas vão ter um acompanhamento mais especializado. O medo das gestantes é que elas vão ficar sem o obstetra, sem esse atendimento. Mas em nenhum momento vamos deixar de prestar, vamos estar acompanhando desde o cadastro delas, elas vão ser classificadas e encaminhadas para mais próxima da sua residência”, afirma a enfermeira Karen Roberta Menon.
As gestantes serão atendidas nas unidades de saúde por um clínico-geral. “Sendo que vai ter esse suporte centralizado onde vamos estar prestando todo atendimento junto com o clínico. Em qualquer necessidade, elas vão poder estar indo encaminhadas até ali, o médico do pré-natal da unidade de saúde vai estar encaminhando para nós”, conta a enfermeira.
A médica Ismary Llañes Casañas explica que a gestante iniciará o Pré-Natal já na unidade de saúde, sendo encaminhada apenas se houver casos mais graves. “Dependendo se a gestação for uma gestação fisiológica, se não tiver nenhuma doença associada, essa gestante vai ser encaminhada ao posto de saúde para ser acompanhada. Mas não só acompanhada pelo clínico-geral. O Ministério preconiza que a gestante seja acompanhada de forma multiprofissional. O que quer dizer isso? Que vai ser atendida por um clínico-geral, a enfermeira, os técnicos de enfermagem, pelo dentista, pelas agentes comunitárias de saúde. Vai ser atendida por essa equipe multiprofissional”, relata.
Com a nova configuração, uma paciente pode começar a ser atendida na unidade de saúde e ser encaminhada para o Pré-Natal se tiver algum risco. “Uma paciente pode ser estratificada hoje como paciente de risco habitual e vai ser atendida na unidade. Mas se essa paciente amanhã, começa a ter algum tipo de alteração, ela já passaria para outra estratificação, uma paciente que passaria a ser risco intermediário ou alto risco. Daí ela passaria a ser acompanhada totalmente no Pré-Natal”, conta a médica.
Em caso de complicações, a gestante deverá procurar o posto de saúde, que fará o encaminhamento. “Alguma intercorrência que a gestante tiver na sua na sua residência, tem alguma intercorrência ela vai ficar mais perto no posto saúde. E ali vai ser encaminhada ao lugar onde possam dar um atendimento adequado”, explica Ismary.
A secretária conta que os médicos clínicos-gerais já estão passando por treinamentos. “Todos os médicos já passaram por capacitações para atender as gestantes. Existe uma linha guia do Ministério da Saúde, então eles têm que seguir essa linha guia. Inclusive na sexta-feira, houve uma reunião com todos os nossos médicos, com a palestra com a nossa médica doutora Fernanda, do alto risco, que vai passar para eles, mas eles vão ter que seguir essa linha guia”, disse.
O município de Irati possui 390 gestantes, sendo 120 consideradas de alto risco. A enfermeira explica que as gestantes que não são de alto risco terão um dia separado para se consultar nas unidades de saúde. “Nós organizamos isso e vai ser um período específico somente para atendimento às gestantes. Elas vão com o horário e dia agendado para serem atendidas. Elas não vão ter que ficar esperando esse atendimento porque gestante tem prioridade no atendimento”, conta Karen.
Mais informações podem ser obtidas pelos números de telefones (42) 3132-6314, (42) 3132-6386 ou (42) 3132-6387.