Confira quais são as atrações do Sábado Cultural da Najuá

Evento vai reunir exposição de flores, plantas, pinturas, contação de histórias, apresentações artísticas, culturais, workshop…

16 de junho de 2023 às 22h09m

Evento vai reunir exposição de flores, plantas, pinturas, contação de histórias, apresentações artísticas, culturais, workshop de risoto, desgutação de vinhos, entre outras atividades em um mesmo espaço. O evento acontecerá das 8 às 19 h, no jardim da Rádio Najuá/Texto de Rodrigo Zub

Sábado Cultural da Najuá será realizado neste sábado das 8 às 19 h. Foto: Divulgação

Você já pensou em reunir plantas, livros, pinturas, cantores, uma chefe de cozinha e artistas em um mesmo espaço? Esse é o objetivo do Sábado Cultural da Najuá, que será realizado amanhã, no jardim da rádio, na rua Benjamin Constant, em Irati. O evento acontecerá das 8 às 19 h.

Exposição de flores: Dentro da programação, um dos destaques será a exposição de flores da empresa Verdes Plantas Atacado e Varejo, que é comandada por Fernando Fernandes. Em entrevista à Najuá, Fernando disse que um profissional estará à disposição para tirar dúvidas dos visitantes sobre os cuidados com a adubação. Segundo ele, o objetivo é proporcionar uma troca de informações para auxiliar as pessoas que possuem plantas em suas casas.

Exposição de quadros: Durante o Sábado Cultural da Najuá também haverá uma exposição de quadros do fotógrafo e jornalista Leonardo Schenato Barroso. Ele foi premiado em concursos fotográficos promovidos em Irati, no Estado e no País. Leonardo brinca que sua “monalisa” é a fotografia intitulada “O Amanhecer da Coruja no Litoral Paranaense”, que foi vencedora de um concurso fotográfico promovido pelo campus litoral da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e se tornou capa da Guaju-Revista Brasileira de Desenvolvimento Territorial Sustentável.

Em 2016, Leonardo realizou uma exposição de suas fotografias na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). “Das fotografias premiadas acredito que serão quatro ou cinco quadrados que virão compor essa exposição. As fotografias vão tentar transportar o pessoal para aquele momento que a foto foi batida junto com o momento presente, que vai ser o evento que vai estar repleto de apresentações. Eu agradeço pela oportunidade de poder retomar essa parte da minha vida [fotógrafo], que foi deixada de lado agora pelas outras responsabilidades”, disse Leonardo.

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Biografia de Alisson: A iratiense Marilisa Rost, que escreveu a biografia do seu filho Alisson Nairã Rost Benâncio também estará presente no Sábado Cultural. Ele fará a venda do livro do seu filho, que tinha distrofia muscular de Duchenne, doença que não tem cura e que causa um enfraquecimento progressivo de toda a musculatura do corpo. Alisson tinha 18 anos quando faleceu em 2021 em decorrência de uma infecção generalizada causada por uma pneumonia.

Antes de ser internado, ele já havia começado a escrever a própria história em um livro que a mãe fez questão de concluir para realizar o sonho do filho. “Ele [Alisson] escreveu mais da metade dessa biografia. Quando ele estava mais debilitado ele ‘falou assim mãe, eu queria que você me ajudasse a terminar a biografia’. Eu falei que está bom. Só que daí não deu tempo de terminar. Eu fiz uma promessa que eu ia terminar para ele e eu consegui”, enfatiza Marilisa.

Ela relata que o filho sempre teve noção da evolução de sua doença, pois costumava fazer pesquisas na internet. A mãe também lembra que ele fez fisioterapia e teve escoliose, um desvio lateral da coluna. Apesar dos problemas físicos, Alisson aproveitava cada momento de sua vida e não reclamava das dificuldades. Uma das histórias interessantes contadas na biografia retrata o dia em que ele conseguiu ir à praia com ajuda de um grupo de pessoas de São Mateus do Sul. Marilisa conta que o tratamento deixava ela mais aflita que o próprio filho.

“Ele tinha consciência que a doença não tinha cura e que a vida dele não era longa. Ele vivia intensamente cada segundo e nunca questionava porque que ele vivia assim. Percebemos até pela biografia que ele levava a vida de uma maneira muito positiva e me dava mais força. Todo dia quando ele acordava ele dizia ‘mãe é tão bom viver’”.

Contação de histórias: O Sábado Cultural da Najuá ainda reserva um espaço para contação de história com a artista Marili Teixeira, a partir das 10 h. Ela é autora de livros infantis como “A Bruxa da Montanha e Suas Mágicas Aventuras”, “Preta da Terra” e o “Menino Sensível”. As obras falam de questões como a valorização da pessoa negra e abuso sexual de meninos, por exemplo.

Marili diz que os personagens são trabalhados de maneira lúdica para despertar atenção das crianças e adolescentes de que os abusos podem ocorrer dentro da própria família e com pessoas próximas. “A intenção é desmistificar isso porque tem pessoas boas, mas tem pessoas com segundas intenções. Por isso, a gente precisa ensinar os filhos e os alunos a diferenciar essas coisas. No menino sensível não é nada demais. É apenas um tio, um parente, que vai lá e convida ele para nadar no rio. Porém, ele começa a tocar no seu corpo de uma forma que não é legal. A criança sente quando é legal quando não é legal quando não é legal”, alerta a artista.

Músicas polonesas: Ainda no período da manhã, a apresentadora do programa Godzina Polska, Genoveva Zavilinski, terá a oportunidade de cantar músicas polonesas ao lado do músico Luiz Carlos Gomes do Vale (Tigrão). A apresentação deles será amanhã, a partir das 10h30, contando também com a participação dos convidados, Rogério Pampuch Surek, seu filho Natan Spegiorin Surek e também contou Luan de Góis. “O Rogério vem cantar uma parte do refrão com o Natan, que é gaiteiro e está fazendo faculdade de música em Curitiba. Ele toca em barzinhos em festas e em shows acompanhado de vários estilos musicais. Eu quero mostrar ele também tocando a música polonesa. Então ele vai vir com a gaita também”, afirma Genoveva.

Programa Godzina Polska completa 38 anos: Neste ano, o programa Godzina Polska completa 38 anos no ar. Genoveva relata que a ideia do programa é resgatar a música folclórica e popular da Polônia, ou seja, canções que eram cantadas pelos antepassados desde o período da imigração. “O meu programa traz mais esse estilo de música. Muita gente diz, mas lá na Polônia só tocam essas velharias porque alguns chamam de velharia porque é antigo. Lá na Polônia, quando estive lá, é difícil encontrar um CD com essas músicas. Porque lá a juventude está mecanizada. Eles tocam de todos os ritmos, jazz, rock e música romântica e tal, só que o meu programa não é para isso”.

Genoveva ainda salienta que procura selecionar músicas mais animadas, que despertem a vontade das pessoas dançarem ao ouvir o seu programa. “Porque também às 11 horas da manhã, a pessoa está lá às vezes fazendo um churrasquinho tomando uma cervejinha e vai tocar música romântica, ele já não entende a letra porque aqui os poloneses é 99% não entendem. Não adianta tocar música romântica se a pessoa não entende. É preciso ter uma música embalada para a pessoa dançar porque todo mundo gosta de dançar as músicas”.

Stand de saias: Outra atração do Sábado Cultural será o stand com saias da empresária Elizangela Cé, que vende peças diferentes e também trabalha com a autoestima e cuidado pessoal das mulheres. Elizangela começou a trabalhar na área em 2017 em Curitiba e atualmente conta com mais de 30 mil seguidores em suas redes sociais.

Em entrevista à Najuá, a empresária contou que passou a atuar no ramo depois dos 30 anos, quando aprendeu a desenhar e costurar as próprias peças para o seu biótipo. “Foi nessa pegada que a mulherada começou a gostar e virou uma marca. Completo seis anos em julho. É muito emocionante ver as mulheres se emocionarem ao se olharem no espelho como uma. Hoje eu transformo muitas mulheres fazemos encontros com 40 clientes, mulheres que são elogiadas pelas pessoas, pelos homens, pois muda a autoestima e resgata o feminismo”, afirma Elizangela.

No Sábado Cultural, a empresária diz que vai expor três modelos de saia de cada tamanho para que as mulheres possam ver o tecido e estilo. Quem tiver interesse realizará um cadastro para comprar os produtos na sequência.

Venda de lanches e cafés: Para quem tiver interesse de fazer um lanche ou degustar um café, a empresária Fabielly Costa de Oliveira, fará a venda de cappuccinos, lanches e outros produtos. “O nosso foco é a qualidade, a beleza, o prato que a gente serve sempre diz primeiro comer com os olhos e depois que o sabor seja tão belo quanto. A gente vai trazer um pouco do sabor que temos, chocolate quente, cafés, shawarma e toda produção nossa. 90% dos produtos são nós que produzimos. Vai ter personalização de brownie ao vivo, coxinha, pão de queijo. Fabielly é uma das idealizadoras da Smak Sabores, que possui uma loja em funcionamento há cinco anos em Teixeira Soares. Uma filial funciona há quatro meses na rua da Liberdade, em Irati, dentro do Conecta Hub. O horário de funcionamento da loja em Irati é de segunda a sábado das 14 às 21 h. Já em Teixeira Soares, o atendimento é de terça a domingo das 13 às 21 h.

Workshop de risoto: Fechando a programação do período da manhã no Sábado Cultural será realizado um workshop de risoto com a engenheira de alimentos e instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Larize Mazur. As inscrições já foram finalizadas. As pessoas presentes também poderão degustar café e vinho.

Lançamento de livro: Às 15 h será realizado o lançamento do livro “Um Diálogo Inesperado” da professora iratiense Trycia Mello, que produziu a obra junto com o seu noivo Renato Dutra.

Trycia considera a publicação como um microconto, onde a narrativa possui começo, meio e fim, além de permitir ao leitor participar da história. Na história, ela retrata o que considera como “terror social”, que são problemas cotidianos como a violência contra a mulher. “O microconto é viciante para a gente escrever. É uma forma de narrativa diferente e eu acredito ainda que é pouco difundida. O livro fala de terror, mas é o terror social. Quando as pessoas pensam em terror falam é o fantasma. Eu gosto de ler histórias de fantasma, mas raramente eu as escrevo porque o terror que realmente me aterroriza é o terror real”, disse Trycia, que cita como exemplo de terror social a violência contra a mulher.

Apresentações das cantoras Any Soarez e Amanda Jones: A programação do Sábado Cultural da Najuá terá apresentação de duas cantoras. Às 14 h, a moradora de Curitiba, Any Soarez, fará um pocket show misturando os estilos do pop, rap, funk, trap e R&B. Any costuma abordar questões do feminismo em suas músicas, como relacionamentos abusivos, preconceito e machismo. “As minhas músicas falam muito sobre mim e sobre os meus amigos e pessoas próximas. Se uma amiga passou por alguma desilusão amorosa que deixou ela destruída, ela me conta a história e eu escrevo. E aí conforme a letra eu vou entendendo qual é o gênero musical que mais vai se encaixar com aquilo que eu estou escrevendo. Então eu vou caminhando nesse sentido assim, eu gosto de ter a liberdade de poder lançar o funk, depois o pop e depois o love song, que é mais ali puxado para o R&B. Eu gosto de ter essa liberdade assim de fazer vários estilos musicais e essa experimentação”, afirma a cantora.

Logo depois, às 16h, será a vez da apresentação da cantora iratiense Amanda Jones. Ao relembrar sua trajetória, Amanda diz que iniciou as aulas de violão aos 13 anos. Na época, a adolescente ainda era tímida e tinha dificuldade de soltar a voz. “Eu cantava desde pequeninha. Chegava gente em casa eu ia para o meio da sala cantar e dançar e tudo mais com 13 anos. Fui fazer aula de violão, aí meu professor, o Nelsinho, começou a me estimular e mandar soltar a voz. Eu aprendi o básico do violão, digamos para eu poder mudar de tom da música e tocar. Porque eu não tinha nenhum amigo ou familiar que pudesse me acompanhar com algum instrumento. O principal seria o cantar não o violão em si. Eu fui conhecendo pessoas e aí um amigo me viu tocando numa festa numa roda de violão, uma festinha e falou, mas vamos cantar, vamos para o barzinho, vamos fazer”.

Amanda lembra que o amigo Rafael Rezende, o “Barata”, foi quem incentivou ela a cantar músicas acústicas (pop e rock). “Apesar de que quando eu estou compondo, quando eu estou mais em casa, eu sou mais melancólica essa pessoa meio dramática assim para escrever e veio mais uma ‘sofrência’ puxando ali muito bem para o rock”.

A última apresentação musical durante o sábado cultural será de Zanderlei Justus, que é técnico de rádio, mas já atuou em algumas bandas em Curitiba.

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