Projeto substitui um anterior, que previa compra de outro terreno, na região mais central. Matéria tramita em regime de urgência e terá outra votação nesta quinta-feira/Jussara Harmuch
Foi aprovado em 1ª votação, na sessão de ontem da Câmara Municipal, o projeto de lei que autoriza a compra de um imóvel de 3 mil quadrados para construção do novo Pronto Atendimento Municipal (PA) em Irati. O terreno fica no bairro Nhapindazal, ao lado do portal de entrada da cidade. Anteriormente, a prefeitura havia designado um outro local para receber a obra na área central, nas proximidades da praça da Bandeira. O projeto para essa finalidade já tramitava na Câmara, mas foi retirado de pauta, a pedido do Executivo.
O projeto que começou a tramitar na semana passada entrou na pauta da sessão de ontem. O projeto foi alvo de contestações dos vereadores apesar de ter sido aprovado por unanimidade.
O vereador Renato Kffuri (PSDB) falou sobre a necessidade de autorização ambiental do novo local.
Já a vereadora Sybil Dietrich (PP) falou sobre as dificuldades no atendimento do atual PA, na Vila São João. Ela lembrou que esse espaço faz parte de rede de atenção à saúde que é composta por várias unidades básicas e programas de prevenção e controle de doenças. Sybil entende que o município deve melhorar condições de toda a rede, evitando a grande demanda por serviços no PA.
Quem também se pronunciou foi o vereador Nego Jacumasso (PSDB). Ele acha que o prefeito deveria ter ignorado a reclamação dos vizinhos sobre o terreno apresentado anteriormente, pois eram poucas pessoas que estavam questionando a construção naquele local.
Por causa de uma meia dúzia de moradores que fizeram o abaixo-assinado, não sei como tinha 50 assinaturas. Eu acho que o prefeito devia ter ignorado e ia ser este pronto atendimento mais central, disse Jacumasso.
Já o vereador Cezar Batatinha (União Brasil) acha que a unidade Ildefonso Zanetti, que já abrigou o PA anteriormente e hoje funciona como sede administrativa da secretaria de Saúde, deveria voltar a prestar atendimentos.
Marcelo Duda (Podemos) disse que o local escolhido pela Administração municipal não é estratégico, pois “90% da população está do lado de Gonçalves Junior”, do outro lado da cidade. Ele também sugeriu que fossem contratados mais profissionais concursados para atender a demanda reduzindo a quantidade de funcionários comissionados.
Em resposta, a líder do governo na Câmara, a vereadora Silvana Rzepka (PSD) falou que é preciso estar atento ao limite prudencial para contratar funcionários concursados em todas as áreas, inclusive na saúde.
O presidente da Câmara, Hélio de Mello (PL) disse que a estrutura reformada onde era o antigo Consórcio, ao lado do colégio Duque de Caxias, seria uma boa opção para receber o novo Pronto Atendimento, que não foi discutido pela administração municipal. Ele ainda sugeriu que “se a prefeitura quer oferecer mais atendimentos”, deveria comprar serviços da Santa Casa para começar o quanto antes, já que uma nova construção irá demorar para ficar pronta.
Se a prefeitura tem interesse de atender a população com um atendimento central, contrate serviço da Santa Casa, depois (que concluir a construção do novo PA) só transferir estes atendimentos para o local, disse o presidente Hélio
O projeto tramita em regime de urgência e terá outra votação amanhã, às 11h, em uma sessão extraordinária convocada pela Câmara. O pedido de urgência foi justificado pela necessidade de definição do local que vai receber o novo Pronto Atendimento até o fim do mês para que a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) libere o recurso para execução da obra.
A construção de um novo PA na região central da cidade é uma promessa de campanha do prefeito Emiliano Gomes. Na gestão anterior se cogitava construir um PA na Avenida Perimetral, ao lado da secretaria da Educação, mas a ideia recebeu críticas por ser uma área onde ocorrem alagamentos antes das dragagens do rio das Antas, que passa por ali. Também se dizia que sendo na Avenida Perimetral ficaria do mesmo lado da cidade onde já existe o PA da Vila São João. A reclamação partia da população do centro e dos bairros que moram em locais como Tucholka, Fragatas, Canisianas, Vila Nova e Alto da Glória.