Candidato mais votado na eleição foi Nilton Sérgio Oleinik dos Santos, o “Niltinho”. Porém, o resultado foi anulado e uma nova data marcada para o pleito
![]() |
Niltinho, Matheus Muller e Elton Fillus foram os três candidatos a presidente do SISMI, que concorreram na eleição do dia 7 de abril. Foto: Vânia Andrade |
A disputa que aconteceu no dia 7 de abril teve três candidatos. O mais votado foi Nilton Sérgio Oleinik dos Santos, o “Niltinho”, que concorreu pela chapa 1 denominada de “Renovação e Transparência”. O motorista da secretaria de Saúde obteve 238 votos. Em segundo lugar ficou a chapa 2 “Quem tem esperança, sempre alcança” do candidato à reeleição Elton Ênio Fillus com 191 votos. Já a chapa 3 “União faz a Força” do candidato a presidente Matheus da Silva Muller ficou na terceira colocação com 80 votos.
A comissão eleitoral se reuniu na Escola Municipal Matilde Araújo do Nascimento para tomar a decisão sobre o pedido de impugnação. O entendimento foi que a chapa 1 não atingiu a maioria absoluta de votos, condição exigida pelo artigo 110 do Estatuto do SISMI. Para ser eleito em primeira votação, o candidato precisava atingir 50% dos votos mais um. A eleição registrou 513 votos. Para ser eleita, a chapa 1 deveria ter atingido 257 votos. Porém, ela recebeu 238 votos. O fato da eleição ter mais de dois candidatos não alterou a exigência de maioria absoluta. A soma dos votos obtidos pelas chapas 2 e 3 foi de 271. Por esse motivo, segundo a comissão eleitoral, a maioria absoluta dos votantes não optou pela chapa 1 como sua representante. A comissão eleitoral também constatou que diversos associados aposentados foram impedidos de votar, pois seus nomes não constavam na lista de votação. Em verificação no Caixa de Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais de Irati (CAPS-Irati), a comissão apurou que a contribuição sindical não estava sendo recolhida dos associados aposentados que foram impedidos de votar.
A comissão ainda afirmou que o artigo 95 do Estatuto do SISMI não foi cumprido. Ele diz que a relação dos associados em condições de votar deveria ficar à disposição na sede do Sindicato para consulta dos interessados até dez dias antes da data da eleição. Porém, a lista não foi disponibilizada na sede do SISMI. Isso impediu que os associados tivessem a oportunidade de realizar a conferência da lista para possível regularização da situação.
No pedido de impugnação, a chapa 3 questionava justamente as situações mencionadas pela comissão eleitoral para anular a eleição. Um dos pontos foi que o candidato vencedor não atingiu a maioria absoluta de votos. Já o outro questionamento se referia aos funcionários aposentados que não tiveram a oportunidade de votar. As outras chapas que participaram da eleição foram notificadas para apresentar seus posicionamentos. O representante da chapa 1 “Renovação e Transparência” argumentou que a eleição não deveria ser anulada, já que atingiu o quórum de 20% dos votantes. Ele avaliou que o artigo 110 do Estatuto é omisso porque não menciona quórum quando se trata de eleição com mais de duas chapas. A chapa 1 ainda questionou o fato de realizar um novo pleito em virtude da pandemia. Por isso, a chapa solicitava que o recurso fosse indeferido. Já a chapa 2 “Quem Tem Esperança Sempre Alcança” alegou que nenhuma chapa atingiu a maioria absoluta dos votos e que essa situação não ficou registrada na ata eleitoral. No entendimento da chapa 2, os associados impedidos de votar deveriam ter assinado uma lista própria e seus votos coletados separadamente.
Os locais de votação na nova eleição do SISMI serão os mesmos do pleito anulado. São eles: sedes do SISMI e das secretarias de Saúde e Educação, prédio da prefeitura e pátio de máquinas. As urnas volantes serão liberadas somente se houver autorização do Centro de Operações Especiais e Fiscalização (COEF). A nova diretoria comandará o SISMI até 31 de março de 2024.