Coletivo Soma: Documentário conta história sobre grupo de dança de mulheres

Obra mostra a história do grupo de dança de Irati formado por mulheres e como…

03 de abril de 2024 às 22h12m

Obra mostra a história do grupo de dança de Irati formado por mulheres e como a arte impacta no empoderamento feminino/Texto de Karin Franco, com entrevista realizada por Juarez Oliveira

Coletivo Soma é um grupo de dança formado por mulheres. Foto: Instagram/Divulgação

Um documentário vai contar a história do Coletivo Soma, um grupo de dança formado por mulheres no começo de 2023. O documentário trará depoimentos de integrantes e de espectadores que irão falar sobre como é o impacto da arte no dia a dia das mulheres. A obra é um dos trabalhos contemplados pela Lei Paulo Gustavo, em Irati.

O Coletivo Soma foi criado por Emanuele Paiva e Izabela Proceke, que sentiam a necessidade de ter um grupo onde pudessem se expressar criativamente por meio da dança, teatro e canto. No grupo, as mulheres participam de ensaios, fazem apresentações e também discutem o papel da mulher na sociedade.

O documentário tem como título provisório “Juntas Somamos” e foi criado a partir da necessidade de maior divulgação dos trabalhos do grupo. A ideia inicial era fazer vídeos pequenos para as redes sociais. Com a publicação do edital da Lei Paulo Gustavo, o grupo pensou em aumentar o projeto. “Pensamos em expandir essa ideia dos pequenos vídeos para um documentário que contasse sobre a história do coletivo, sobre a atuação do coletivo, sobre como o público percebe esse coletivo. Como as pessoas que nos assistem são impactadas pela mensagem que estamos passando, com as apresentações de dança e das outras expressões artísticas”, explicou Amanda Padilha Pieta, jornalista e coordenadora do documentário durante entrevista no programa “Espaço Cidadão” da Super Najuá.

O objetivo do documentário é falar como a dança atravessa as trajetórias das mulheres que participam do grupo. “Como, especificamente, o Coletivo Soma entra na nossa vida e modifica certas questões. Principalmente, a questão de autoestima, a questão do empoderamento, a questão da percepção dos nossos corpos, do não julgamento dos nossos corpos e dos corpos de outras mulheres. Coisas que a dança proporciona para nós. Enquanto estamos dançando, enquanto estamos nos apresentando, enquanto conversamos umas com as outras sobre essas questões”, disse.

O documentário trará depoimentos de mulheres que tiveram as suas vidas mudadas pela dança. “Nós pensamos que essa parte das entrevistas, com a equipe, seriam as integrantes que vão realizar o documentário. Pegar a história de cada uma, abrir um espaço para que cada uma compartilhasse como foi esse processo com a dança, com a arte. Como isso refletiu na nossa vivência como mulheres. Nós pensamos em dar espaço e voz para que toda a equipe do coletivo possa participar disso”, destaca a cinegrafista Eduarda Batista, que também é uma das integrantes do grupo.

A obra ainda contará com uma apresentação no final do documentário mostrando como é a dança realizada pelo grupo. “Queremos também trazer uma apresentação completa. Nós estamos pretendendo gravar um vídeo como se fosse um clipe para trazer nesse documentário, mostrando o que é o nosso trabalho, como se a pessoa tivesse nos assistindo no espetáculo”, explica a coordenadora do documentário.

A produção do documentário começou em março e deve seguir durante o ano. A previsão é que a estreia seja em dezembro. Ainda não há data e local para a estreia, mas o documentário será disponibilizado no Youtube.

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Antes da estreia, o Coletivo Soma fará capacitações em junho com a comunidade. “Vamos fazer também em maio uma capacitação das oficineiras, que vão estar fazendo uma espécie de contrapartida social, por estar sendo contemplados com recursos públicos, da Lei Paulo Gustavo. Nós precisamos, enquanto proponentes, reverter de alguma forma isso para nossa comunidade. Nós vamos fazer uma contrapartida social com oficinas. Nós estamos fazendo essa capacitação e planejando essas oficinas nesse momento, para que em maio, esteja tudo certo para começarmos a divulgar essas oficinas, que vão acontecer em junho”, conta Amanda.

Eduarda Batista e Amanda Padilha Pieta são integrantes do Coletivo Soma e vão produzir documentário contando história do grupo. Foto: Juarez Oliveira

Coletivo Soma: O Coletivo Soma foi criado em 2023 por Emanuele Paiva e Izabela Proceke. A ideia surgiu no final de 2022, quando elas sentiram a necessidade de um projeto voltado às mulheres e que envolvesse a dança. Já no início da criação, o grupo recebeu convites para realizar apresentações.

Com isso, a primeira formação contou com 11 mulheres que se reuniram para ensaiar uma apresentação. “Já no começo de 2023, surgiu um convite para uma apresentação de um evento, fazendo alusão ao Dia da Mulher, organizado pela Unicentro. Teve esse convite de uma apresentação sobre o Dia das Mulheres, para trazer mulheres para ocupar esses espaços. Nós reunimos seis mulheres para essa apresentação, em 2023. Fizemos uma coreografia, preparamos uma apresentação. Fizemos a apresentação no evento, na Unicentro. Foi bem recebido pelo público. Foi um processo muito legal. E, então, queríamos expandir isso para outras mulheres”, conta Eduarda.

O grupo reúne atualmente 25 integrantes que participam das reuniões e ensaios do coletivo. “Nós sempre marcamos ensaios, conversas, reuniões, de acordo com a disponibilidade das participantes. Não tem um período específico, uma data específica. Mas sempre conversamos para ver quando fica melhor para cada uma. Nós fazemos essas reuniões e ensaios quando tem alguma apresentação, mas sempre de acordo com a disponibilidade das integrantes. Nós vamos tendo, realmente, essa conexão nessas reuniões”, explica a cinegrafista.

Além da dança, os ensaios são espaços para que mulheres possam conversar sobre pautas que tratem de questões como o papel da mulher na sociedade, violência contra mulher e igualdade de gênero. O grupo ainda busca participar de eventos que tratem sobre o tema. “Nós sempre procuramos ocupar espaços que falassem sobre pautas pertinentes para o grupo, que falassem sobre o papel da mulher. Nós trabalhamos com pautas sobre violência contra mulher, de igualdade de gênero. Nós sempre procuramos ocupar esses espaços e participar de eventos que falem disso, que sejam direcionados às mulheres. Não única e exclusivamente, mas sempre tendo como foco isso”, disse Eduarda.

Uma das integrantes do grupo, Amanda, conta como foi a experiência de entrar no Coletivo Soma. “Eu sempre gosto de dizer que o coletivo é um reencontro, com muitas pessoas queridas por mim, que eu já tinha tido certo contato, por conta da dança. Sou uma pessoa que gosta de dançar, então algumas eu já conhecia por conta da dança. Mas também é um espaço de muitos novos encontros. Fiz muitas novas amizades dentro do coletivo, participando do Coletivo Soma. O que foi muito gostoso também, é você poder conhecer novas pessoas com os mesmos interesses, que vão para além da dança”, conta.

As mulheres que querem participar do grupo não precisam saber dançar. “Nós não procuramos um perfil específico. Nós temos professoras de dança, temos professoras da Unicentro, nós temos engenheiras, nós temos administradoras, nós temos fotógrafas. Nós não procuramos nenhum perfil específico de mulher. Não precisa saber dançar, não precisa ter tido contato com isso em algum momento. O que basta é a vontade de participar mesmo”, explica Eduarda.

Para participar, é só entrar em contato pelas redes sociais. No Facebook, o perfil é Coletivo Soma e no Instagram, o perfil é @soma.coletivo.

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