Colégio Xavier de Irati está com inscrições abertas para cursos técnicos profissionalizantes

Estão abertas as inscrições para os cursos de Administração, Formação de Docentes, Desenvolvimento de Sistemas,…

14 de outubro de 2023 às 00h07m

Estão abertas as inscrições para os cursos de Administração, Formação de Docentes, Desenvolvimento de Sistemas, Programação de Jogos Digitais e Libras/Texto de Karin Franco, com reportagem de Rodrigo Zub e Juarez Oliveira

Da esquerda para a direita: a coordenadora do curso de Formação de Docentes, Elisangela Dlugloz, a diretora do Colégio Xavier, Maria Amélia Ingles e a coordenadora do Desenvolvimento de Sistemas e Programação de Jogos Digitais, Kessia Zubreski. Foto: João Geraldo Mitz (Magoo)

O Colégio Estadual Antonio Xavier da Silveira, de Irati, está com inscrições abertas para os cursos de Administração, Formação de Docentes, Desenvolvimento de Sistemas, Programação de Jogos Digitais e Libras, que terão início em 2024.

O curso técnico em Administração é o único subsequente, ou seja, voltado para quem já terminou o Ensino Médio e tem duração de um ano e meio. Os demais cursos têm vagas apenas na modalidade integrado para alunos que completaram o nono ano do Ensino Fundamental em 2023 e que cursarão o Ensino Médio junto com o curso técnico, de forma integrada. Com isso, a duração do curso é de três anos.

Um dos cursos oferecidos nesta modalidade é o de formação de docentes. “A formação de docentes vai nos preparar para sermos professores, tanto da Educação Infantil, quanto do Ensino Fundamental, do 1º ano até o 5º ano. O aluno que vai cursar a formação de docentes, vai estar habilitado ao final dos três anos a trabalhar tanto na creche, no CMEI, como também nas escolas de Ensino Fundamental do 1º ano ao 5º ano, em qualquer lugar do País”, conta a coordenadora do curso de Formação de Docentes, Elisangela Dlugloz.

Os alunos terão aulas teóricas e práticas, incluindo a experiência de ministrar aulas. “O curso tem a sua parte teórica, mas também ele é mais prático do que teórico porque a prática não vive sem a teoria e vice-versa. Até existe a disciplina que é chamada de Prática de Formação, que é à tarde, que o aluno faz essa disciplina no colégio uma vez por semana. Ela inicia com uma parte teórica e, posteriormente, os alunos vão para estágio, vão para fazer observação, vão fazer para participação e depois a regência, vão vivenciar esse papel de professor. Todas as disciplinas que são específicas do curso sempre vão ter a parte teórica e a parte prática. Tudo depois vai se desenvolver no estágio que é obrigatório, que ele vai ter que desempenhar também, vivenciando essa função de professor, tanto na observação, quanto na participação e depois na própria regência. Essa regência acontece tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental também”, explica a coordenadora.

As disciplinas teóricas irão abordar diversos aspectos que auxiliarão os alunos nos estágios obrigatórios. “Nós vamos ter disciplinas que são voltadas para a educação especial, disciplinas voltadas para a história da educação, para psicologia da educação, para a questão do desenvolvimento emocional do aluno, que são as habilidades socioemocionais que são trabalhadas. Nós vamos ter, como no Ensino Médio, também a educação financeira, o projeto de vida. Vamos ter as diversas metodologias que vão me ensinar a trabalhar com o português, com a matemática, com a educação física, com as ciências. Tudo aquilo que o aluno vai desenvolver no estágio são trabalhadas através dessas metodologias”, relata Elisangela.

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Além de poder participar de concursos públicos em todo o Brasil, o aluno da formação de docentes tem a possibilidade de atuar profissionalmente ainda enquanto está estudando. “Temos uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação e com algumas escolas particulares, que eles contratam os nossos alunos como estagiários remunerados. Todos os alunos da formação, a partir da segunda série, e que tem 16 anos, eles podem estar atuando com esse estágio remunerado”, conta a coordenadora.

Outro curso oferecido dentro da modalidade integral, junto com o Ensino Médio, é o Técnico em Desenvolvimento de Sistemas. Segundo a diretora Maria Amélia Ingles, o curso é o único no estado com aulas presenciais. “Nós somos a única instituição no estado do Paraná que continuou, apesar do início ser online, porque era Unicesumar numa parceria com Estado. Nós insistimos. A grande maioria pediu a desistência do curso e o Colégio Xavier insistiu porque vê isso com uma oportunidade de trabalho para os nossos alunos. Nós somos uma cidade do interior, mas não quer dizer que nós precisamos ter os alunos só trabalhando em coisas que se possam ser do interior. Nós podemos ter grandes alunos, trabalhando com desenvolvimento de sistemas, ganhando muito bem e trabalhando em home office”, disse.

No curso, o aluno tem a possibilidade de aprender sobre programação e manutenção de redes e equipamentos. De acordo com a coordenadora dos cursos de Desenvolvimento de Sistemas e Programação de Jogos Digitais, Kessia Zubreski, os professores têm estimulado os alunos a desenvolverem os próprios sistemas e atuar em grandes empresas. “Eles estão despertando nos nossos estudantes a possibilidade de desenvolverem os próprios sistemas e ter a possibilidade até mesmo de vender isso, como um negócio próprio. É um campo que se abre para design gráfico, ele se abre para você poder analisar banco de dados, estar configurando, verificando a questão da segurança daqueles dados que nós colocamos em vários sites, páginas, tem que ter alguém que cuida disso para nós. Um desenvolvedor de sistemas, quando ele aprende, por exemplo, a parte do back-end, que é o que está por trás de tudo que inserimos num site, ele tem que dar garantido, que não vamos ter isso vazando. Ele vai trabalhar nessa parte dando a segurança para nós ou criando”, explica.

O curso possibilita que o aluno também venda soluções em sistemas de informática a outras empresas. “Temos a parte do front-end, que é aquilo que visualizamos, colorido, com sons, com troca de telas, com animações, ele vai aprender a usar as linguagens de programação para poder estruturar uma página de acordo com o que o cliente deseja. Eu quero abrir uma loja, eu vendo de porta em porta, agora quero abrir uma loja virtual, então eu vou contratar alguém na área de desenvolvimento sistemas que vai desenhar isso para mim, que seja o mais efetivo para um usuário final, que seja interativo, que tenha uma interface inteligente, que fique bem atrativo”, conta Kessia.

Os alunos também têm a experiência de entrar em contato com outras empresas durante o curso. As turmas de Irati, por exemplo, já realizam trabalhos com a Bsoft, de Imbutuva, que tem auxiliado a aproximar os alunos do mercado de trabalho. “Eles deram uma missão para os nossos estudantes criar um sistema de férias para os funcionários. Eles já colocaram eles para trabalhar nesse processo de como que se organiza uma equipe, foram divididos em etapas, cada missão sendo cumprida, eles foram dando esse suporte e agora eles estão no fechamento final, mas o pessoal da Bsoft tem elogiado bastante os nossos estudantes, vendo o quanto eles são protagonistas, estão ativos para aprender para além do que a escola está dando, porque até nós fomos visitar a empresa, eles vêm ali no colégio, eles estão dando esse suporte e essa é uma das nossas preocupações. Aproximar esses estudantes dos ambientes maiores, de maior escala”, destaca a coordenadora dos cursos de Desenvolvimento de Sistemas e Programação de Jogos Digitais.

As aulas também misturam parte teórica e prática. “Temos momentos das aulas teóricas, que abrange o início, até o aluno internalizar bem, o que é um software, um hardware, às vezes não está bem conectado com esses termos. Eles precisam desse momento. Já logo começa para as aulas práticas. A galera do 1º ano do Desenvolvimento Sistemas tem lógica computacional, ciência da computação e análise projeto sistemas. No momento são cinco horas/aulas, desses três componentes. Dessas cinco horas, quatro já estão em laboratório”, afirma Kessia.

Outro curso na área de informática é o de programação de jogos digitais. Neste curso, o aluno aprenderá a criar e programar jogos de computador. “Ele vai trabalhar com produção de cenário. É um aluno que gosta de desenhar? Já vai trazer essa habilidade para esse universo. É criativo com histórias, com ideias? Vai criar um enredo para isso. Tem uma mentalidade criativa para sons, para diálogos? Ele vai colocando toda essa fantasia dentro do mundo programável. Todo estruturado nas multimídias”, disse.

Segundo a coordenadora, alguns jogos podem ser adaptados para outras áreas, auxiliando com a venda de produtos e no marketing. “A necessidade da tecnologia se mostrou mais importante ainda porque você não estando presente, você pode realizar muitas coisas através dos mecanismos de interação que uma plataforma de jogos pode oferecer. Nós percebemos que os jogos podem favorecer o trabalho de publicidade de um negócio. Eu posso usar a própria publicidade utilizando o mecanismo de jogos através de um jogo, de algum desafio simples e fazendo um marketing. O e-commerce é uma das coisas que tem crescido bastante. Utilizando isso dentro da propaganda lá, dentro de um e-commerce, por exemplo, você consegue aplicar tudo o que um aluno do curso de jogos digitais consegue desenvolver”, indica Kessia.

A coordenadora explica que há diferença entre os cursos na área de informática. “O curso de desenvolvimento de sistemas é um pouco mais amplo. A bagagem de oportunidades que o desenvolvimento de sistemas oferece é maior. No de programação de jogos, ele vai ser mais específico para criação desses jogos em recursos e plataformas específicas para isso”, explica.

No desenvolvimento de sistemas, o aluno irá explorar mais aspectos da informática. “Ele vai trabalhar com o aspecto de estruturar o cabeamento para você receber a internet. Se você não quiser trabalhar com front-end, back-end, não precisa. Você precisa estruturar os cabeamentos de equipamentos para você receber teu sinal da internet, mas o programador de jogos não vai ter foco dessa habilidade no curso. Ele é mais focado para desenvolver os jogos”, disse.

Nos dois cursos, não é preciso conhecimento de informática para começar as aulas. “A questão do conhecimento básico em informática ajuda o aluno a ser mais ágil na hora de executar as suas tarefas, buscar e fazer uma pesquisa, mas não há necessidade porque a medida que eles vão se envolvendo com as atividades, eles vão adquirindo essas habilidades. É diferente de nós que tínhamos que fazer um curso de digitação lá atrás. Hoje eles são muito rápidos, interativos, porque os próprios recursos já vêm com essa mecânica, para socializar. Pode ver que com o dedão, eles sabem em todo o alfabeto na tela do celular”, explica Kessia.

O Colégio Xavier possui três laboratórios de informática que são usados para as aulas, mas também podem ser usados pelos alunos, caso não tenham computador. Segundo a coordenadora, o colégio oferece estrutura para as atividades extracurriculares dos alunos. “Não há necessidade de ter o notebook. Ao longo do caminho, aqueles que vão se envolvendo com os projetos extracurriculares, eles vão sentindo essa necessidade. Se a família tiver condições, adquire, mas não é uma obrigatoriedade. Nós, no colégio, com essas atividades extracurriculares, até mesmo temos os momentos que esses estudantes podem utilizar os NETs do próprio colégio ou o computador, caso não esteja em alguma aula. Caso ele precise desse momento, temos estrutura para eles”, conta.

Outro curso oferecido é o de Libras que é um curso livre e que pode ser realizado por diversos profissionais. Serão 40 vagas disponibilizadas, 70% delas para alunos, 10% para funcionários e professores e 20% para a comunidade geral. O curso é ministrado por um professor surdo.

A diretora do Colégio Xavier, Maria Amélia Ingles, explica a diferença do curso para os demais. “O curso de libras é um curso diferente. Ele é aquele curso que é duas vezes na semana e a tendência dele é trabalhar com qualquer pessoa da comunidade. Pode ser professor, pode ser alguém que queira e tenha interesse, pode ser quem já concluiu o Ensino Médio ou não também”, explica.

O curso pode ter duração de até dois anos. No primeiro ano, o aluno tem uma formação básica e já recebe certificado. Caso queira, é possível renovar para mais um ano, tendo uma formação mais avançada. “É trabalhar toda essa base primeiro, de como é feita a comunicação, como são criados os sinais, como são os gestos corretos para cada letra ou para cada situação. No segundo, ele já aprofunda um pouco mais, com leitura de texto, com trabalhar com entrevistas, com outras coisas, um pouquinho mais aprofundado”, disse a diretora.

A inscrição para os cursos é gratuita. Os alunos passam por um processo de seleção que inclui a análise do histórico escolar e uma entrevista. Na análise, cada curso possui matérias especificas, onde é feito a somatória das disciplinas exigidas e feita uma média ponderada. “Faz esse somatório de português e matemática, tem uma entrevista e tem também aquele programa do governo de auxílio, que tem uma pontuação mais lá. Somando tudo isso, temos a média e a classificação desses alunos”, conta a diretora.
A entrevista ocorre para entender o perfil do aluno. “É só para vermos se aquele aluno realmente tem aquele perfil de querer aprender porque é isso que nos motiva. Eu posso não saber nada, mas se eu quero aprender, eu já estou um passo à frente do outro”, explica Maria Amélia.

Mais informações podem ser obtidas nos perfis do Colégio Xavier no Instagram (@col.xavier.irati) e Facebook (www.facebook.com/colegioxavicoirati1). O número de contato da escola é (42) 3423-2398.

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