Começa nesta segunda-feira (25) a campanha de vacinação contra a Influenza em 2016. A vacina, que é indicada para a proteção contra o vírus Influenza e contra as complicações da doença, como pneumonias bacterianas secundárias, estará disponível em 14 postos do município: Secretaria Municipal de Saúde, Adhemar Vieira de Araújo, Engenheiro Gutierrez, Gonçalves Júnior, Guamirim, Itapará, Lagoa, Pirapó, Palmital, Rio Bonito, Rio do Couro, Riozinho, Vila São João e Caratuva II.

A campanha de vacinação se estende entre o período de 25 de abril a 20 de maio, com atendimento de segunda a sexta. O horário para a vacinação varia conforme o expediente de cada unidade de saúde.

No próximo sábado (30), será realizado o Dia D, com vacinação disponível em todas as unidades de saúde do município que contam com sala de vacinação, tanto na cidade quanto no interior. No Dia D, a vacinação será aplicada das 8h às 17h e haverá cama elástica e piscina de bolinha para as crianças em todos os postos. Na Secretaria Municipal de Saúde, além dos divertimentos, terá pipoca e algodão doce grátis.

No Paraná, a campanha de vacinação foi antecipada em uma semana em relação ao restante do país. O chefe da 4ª Regional de Saúde, João Antonio Almeida Júnior, explica que a antecipação foi solicitada para os três estados do Sul do Brasil, que são os mais afetados por doenças respiratórias em função do clima.

A distribuição das vacinas será feitas por lotes, uma vez que elas chegaram um pouco mais tarde ao Brasil em 2016, se comparado aos anos anteriores. “O Ministério da Saúde fez uma logística em seis lotes, e o Paraná estava entre os três primeiros lotes. O Ministério distribuiu, até agora, para nós, 40% de toda a cota que nós temos direito. Aqui na nossa região, nosso objetivo é imunizar 38,6 mil pacientes e temos, para o início dessa campanha, 15,5 mil doses”, explica João Almeida.

No município de Irati, o público-alvo da campanha de imunização compreende 14.182 pessoas e, em toda a região, 38.637. Na primeira semana de maio devem chegar outros 20% das vacinas e mais 20% em cada uma das duas semanas subsequentes, que antecipam o encerramento da campanha de imunização. “Vamos ter vacina suficiente para toda a população [entre os grupos prioritários]. Porém, como nesse início o Ministério nos disponibilizou apenas 40% da nossa cota, pode ser que, em um ou outro município, a população tenha uma grande procura no início dessa campanha e nós tenhamos um pequeno lapso de abastecimento de alguns dias sem a vacina até que o Ministério nos envie outro lote”, adverte o chefe da 4ª Regional de Saúde. Nos municípios da Regional, deve ocorrer o remanejamento das doses, enquanto não chegam novos lotes, a fim evitar esse tipo de transtorno.

Entre os grupos prioritários para a imunização estão crianças entre seis meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias (menores de 5 anos); trabalhadores da saúde – aqueles da linha de frente de uma eventual epidemia de H1N1; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); indígenas; idosos acima de 60 anos; pacientes com comorbidades de doenças respiratórias crônicas (obesidade, hipertensão, doenças neurológicas crônicas, diabéticos e transplantados). O chefe da 4ª Regional recomenda a esses pacientes que tenham um atestado médico indicando qual é a doença crônica que eles possuem para ter acesso prioritário à vacina. Detentos e funcionários do sistema prisional, por estarem condicionados a ambientes fechados, também serão imunizados.

Quanto à polêmica sobre a vacinação de custodiados, João Almeida justifica que os presos ficam confinados nas celas e a preocupação da Regional de Saúde é a de que eles, eventualmente, pudessem transmitir os vírus para os familiares que vão visitá-los.

Em toda a área de abrangência da 4ª Regional de Saúde, por enquanto, não há confirmações de contaminação por H1N1. Estão sendo investigados dois casos: o de uma criança e o de uma idosa. Existem suspeitas de contaminação na Delegacia de Irati. “Temos 17 detentos que tiveram algum tipo de síndrome respiratória e quatro que estão com quadro característico de H1N1. Foi feita a coleta desses exames e já foi enviado para o Laboratório Central do Estado [Lacen]. Preventivamente, entramos com medicação química (Tamiflu) para todas as pessoas que entraram em contato com esses 17 detentos”, explica o chefe da Regional.

Devido à quantidade reduzida de enfermeiras para a aplicação de vacinas nos municípios, a 4ª Regional recomendou às Secretarias Municipais de Saúde a distribuição de senhas para a imunização, a fim de evitar filas e acúmulo de pessoas nos postos de saúde, o que também poderia expô-las ao vírus.