Tráfego que havia sido liberado pelos manifestantes por volta das 7h40 desta quinta-feira, 26, voltou a ser trancado por volta das 16h

Rodrigo Zub

Apesar de uma liminar emitida pela Justiça Federal, subseção de Ponta Grossa, ter proibido os bloqueios nas rodovias da região Centro-Sul e dos Campos Gerais, os caminhoneiros voltaram a interditar a BR-277, em Irati e Guarapuava, nesta quinta-feira, 26. 

Na BR-277, em Guarapuava, o bloqueio foi retomado por volta das 10h30, no trevo de acesso secundário. Já em Irati, os caminhoneiros se concentram no km 238 da rodovia desde as 16h. Cones e pneus foram colocados na rodovia pelos manifestantes. Nos dois trechos interditados, apenas os caminhões, com exceção dos com cargas perecíveis, são impedidos de seguir viagem.

A liminar, assinada pelo juiz substituto Paulo Sérgio Ribeiro, estipula uma multa de R$2 mil por hora para cada caminhoneiro que permanecer com seu veículo no leito, nos acostamentos e acessos das rodovias. Em Irati, o bloqueio da BR-277 teve início na tarde de terça-feira, 24. O tráfego de caminhões havia sido liberado no fim da tarde de ontem, 25, mas o bloqueio foi retomado por volta das 21 horas, e seguiu durante toda a madrugada. Houve, inclusive, queima de pneus no local. A liberação total da rodovia só ocorreu por volta das 7h40 da manhã de hoje, 26. 

Em participação no programa Meio Dia em Notícias desta quinta-feira, 26, Eduardo Luiz Lima, que é filho de um caminhoneiro, pediu apoio de outras classes que também estão em greve para auxiliar no protesto na BR-277, em Irati. “Estamos pedindo auxílio da população e dos professores. Precisamos do apoio de todos, pois toda ajuda é bem vinda nesse momento. A gente não está lutando somente pelos caminhoneiros, mas por todos. Se um ajudar o outro, a gente vai conseguir o que quer, mas se não fizermos isso, o Brasil vai continuar da mesma forma como está sendo”, afirmou Eduardo. 

Segundo ele, os caminhoneiros de Irati realizaram uma reunião na manhã de hoje, 26, onde foi decidido retomar o bloqueio da BR-277. Conforme os manifestantes, a interdição seguirá os mesmos moldes dos protestos dos dias anteriores, ou seja, carros de passeio, ambulância e veículos com cargas perecíveis, que transportam remédios, por exemplo, serão liberados para trafegar. “Caminhões de remédio tem livre acesso. Apresentando a nota estamos deixando passar”.