Atitude foi estimulada diante das ações do governo estadual ao pressionar aprovação do projeto de alteração na ParanaPrevidência e a violência contra professores manifestantes
Da Redação, com reportagem de Élio Kohut
{JIMG0}Os vereadores da Câmara de Prudentópolis aprovaram, na segunda (4), o envio de ofício ao governador Beto Richa (PSDB), em repúdio aos atos da semana passada, como a pressão para que a Assembleia Legislativa aprovasse o projeto que altera o fundo do ParanaPrevidência e a violência praticada pela Polícia Militar contra os professores que se manifestavam do lado de fora da ALEP no dia 29 de abril.
O presidente da Câmara, Júlio Makuch (PSD), salienta que a aprovação do envio da Moção de Repúdio resultou em unanimidade. “Não tem explicação. Não tem outra forma de agir no Legislativo. Essa é a forma que temos de expressar nosso descontentamento por tudo que tem ocorrido no Estado, da forma como estão sendo conduzidas as coisas, principalmente as finanças, e uma coisa que mexe com toda a classe dos servidores do Estado. Porém, sempre vemos a mobilização dos professores”, comenta.
O vereador considera o magistério como uma das classes mais organizadas e articuladas entre os servidores públicos e que, por isso, entram em evidência em manifestos. “Por mais que haja esforço deles, muitas coisas que ocorreram são lamentáveis nesse episódio. Mas muitas conquistas dos servidores públicos do Paraná muitas vezes surgem por intermédio do engajamento da classe dos professores”, atribui Makuch. Segundo ele, profissionais de outras áreas deveriam estar apoiando os professores, uma vez que o objetivo das manifestações se estende a todos os servidores.
“Tudo isso que foi mobilizado para tentar evitar esse absurdo administrativo do governo do Paraná seria algo positivo para todos os servidores do Estado. Acho que essa é a contribuição que nós podemos fazer. E, nesse sentido, foi um ato unânime de todos os vereadores”, explana.
O presidente explica sobre o procedimento da moção, que é enviada a todos os órgãos de imprensa, divulgada em Diário Oficial, no site da Câmara (www.cmprudentopolis.pr.gov.br) e, também, endereçada ao governo do Estado.
Alguns vereadores também enviaram ofícios a deputados estaduais e ao governo estadual cobrando informações sobre valores aplicados na chamada Operação Centro Cívico, referente ao uso de bombas de gás lacrimogêneo, deslocamento e diárias de policiais militares e outras despesas. “Isso será solicitado a todos os deputados que obtiveram votos, que os vereadores têm contato, solicitando esse tipo de cobrança, por parte dos deputados, ao governo, solicitando o custo de todas essas ações”, salienta Makuch.
Conforme o vereador, o governo precisa esclarecer os custos dessa operação, visto que alega não dispor de recursos para cobrir o atendimento em áreas prioritárias e a ALEP votava, naquele momento, manobras para contenção de despesas.