Evento no sábado (09) terá venda de artesanato e produtos coloniais. Café Com Feira será realizado todo segundo sábado do mês/Karin Franco, com reportagem de Paulo Sava e Rodrigo Zub
Foto: Divulgação |
O curso foi um resultado de uma política estadual de desenvolvimento do meio rural por meio do turismo. Dentro da política estadual, cursos de capacitação em turismo e outros negócios estão sendo oferecidos à população local com o objetivo de fomentar novos negócios. Nos últimos anos, o Pinho de Baixo tem sido uma das comunidades de Irati a receber este tipo de projeto. Na comunidade, um dos projetos realizados é a criação de uma rota turística chamada de Rota do Equilíbrio, que tem sido organizada com auxílio da Agência de Desenvolvimento da Região Centro-Sul do Estado do Paraná (Adecsul). O Café com Feira é uma das atrações que fazem parte desta rota turística.
O curso aconteceu neste ano, entre março e agosto, trazendo o evento como desfecho. “Esse projeto Café com Feira surgiu como um fechamento e ele é inclusive é um dos poucos projetos que foi registrado pelo SENAR no sistema do Tribunal de Contas, em que é uma iniciativa que o próprio SENAR valorizou bastante de modo que faz parte dos relatórios oficiais das atividades do SENAR pelo estado do Paraná”, relata Rozenilda.
O evento de sábado terá participação do grupo de mulheres que estiveram no curso e outros moradores da localidade que ofertarão seus produtos. O local onde será realizado o evento também é significativo, já que a propriedade de Tereza Inês Zalonrensi Vizinoni contará com uma pousada e o Café fará parte de serviços turísticos que os hóspedes poderão desfrutar. “Ela deve abrir uma pousada e já tem grupos que a partir deste Café já começam a integrar e começam a ser atendidos na propriedade dela”, conta.
Rozenilda destaca que o evento é uma oportunidade para que este grupo de mulheres possam conseguir recursos para estruturar e crescer com o turismo na localidade. “Esse Café está sendo produzido por estas mulheres e tudo que for comercializado, elas têm o custo para produzir e o resultado vai ficar com elas. Provavelmente, acredito eu, devem deixar um percentual para elas irem se equipando para que elas tenham condições para ter uma infraestrutura maior para fazer os próximos. A previsão do Café é ser uma vez por mês a cada segundo sábado do mês”, explica.
Neste início, o grupo fará o Café com Feira em dois horários: pela manhã, das 9 às 11h, e à tarde, das 15 às 17h. A expectativa é que em cada turno seja atendido um grupo de 30 a 35 pessoas. Apesar de mensal, os organizadores esperam que o evento possa crescer e se tornar semanal. “A ideia é nascer todo segundo sábado do mês, mas nada impede que ele aconteça em outros momentos, outros dias de semana, desde que se formam grupos e queiram vir pra cá. Ou até todo sábado. Isso tudo é algo que apenas está começando e provavelmente, nós temos essa pretensão, que ele realmente prospere para se tornar uma atividade mais presente, mais vezes, durante o mês”, conta.
Durante o evento, além da comercialização de produtos locais, haverá um cardápio disponível aos participantes com produtos produzidos pelo grupo Mulher Atual com itens como café, leite, pães, bolos, tortas salgadas, biscoitos e pestos. Ao todo, serão 38 itens oferecidos aos participantes.
O evento contará com a feira com produtos locais durante todo o dia, das 9h às 17h. “Também quem não quiser tomar o café, que não possa, a feira estará a aberta para adquirir produtos”, explica Vilmari Zarpelon, que também é uma das organizadoras do evento.
Os ingressos antecipados para o evento custam R$ 45 e podem ser adquiridos pelo Pix 026.454.059-08.
Os ingressos devem ser agendados antecipadamente. Quase todas as vagas para o horário da tarde já foram preenchidas, mas ainda há vagas para o horário da manhã. Para garantir o ingresso, é preciso ligar antecipadamente para o número (42) 9-8409-9695 e agendar com Vilmari. Em caso de não haver ingresso, é possível deixar uma reserva para o próximo evento.
Vilmari Zarpelon e Rozenilda Romaniw Barbara relataram como vai ser o Café Com Feira Santa Maria em entrevista no Meio Dia em Notícias da Super Najuá. Foto: Divulgação |
Rozenilda destaca que para chegar a esse resultado é preciso um trabalho longo de organização que identifique potencialidades, mas que também capacite as habilidades. “O caminho é se organizar, buscar essas parcerias e também a questão de capacitação, que ela já sai dos impostos que as pessoas estão habituadas a pagar. Por exemplo, o trabalho do SENAR é de um percentual da nota do produtor rural que reverte em capacitação. O meio rural e todos podem aproveitar. Às vezes, é complicado até de montar as turmas porque as pessoas não buscam esse aprimoramento”, disse.
É o que aconteceu com Vilmari Zarpelon, que além de ajudar na organização e na produção dos alimentos que serão consumidos no Café com Feira, também será uma das mulheres que comercializará os seus produtos de artesanato. Para ela, experiências como essa ajudam a incrementar a renda familiar. “Eu aprendi muita coisa nesses cursos também, pela internet tenho buscado ajuda. É uma rendinha que pra gente é bom. Mulher gosta. Todo mundo gosta de uma renda extra”, conta.
O Café com Feira será um dos eventos que dará o pontapé inicial a várias outras ações pertencentes à Rota do Equilíbrio. Além de aberturas de pousadas em propriedades rurais, também haverá o início de café e almoços agendados para grupos de ciclistas em propriedades locais. “Nós estamos dentro dessa rota como um produto para ser entregue em operadoras e começar a receber grupos aqui e fazer com que tanto o ambiente natural – nós ainda não estamos falando das quedas d’água e cachoeira que temos – nós já queremos ofertar pacotes que o pessoal vem aqui por um tempo que queira de um, dois, quatro dias e usufrua de todos esses recursos que estamos disponibilizando”, explica Rozenilda.
Outro projeto na comunidade também será a extração de óleos essências e polpa da guabiroba, que será feita em parceria com a Embrapa e a empresa Cargill. Eles auxiliarão na montagem de uma agroindústria local. “Eu acho que a partir do momento que uma comunidade desperta para as suas possibilidades, as parcerias elas vão surgindo e nós simplesmente vamos acoplando tudo para um grande propósito que é o desenvolvimento rural, que é o desenvolvimento dessas famílias, dessas pessoas”, destaca Rozenilda.