Buscas no Rio Tibagi, nas proximidades do distrito de Uvaia, foram suspensas depois que não foram encontrados indícios de que o corpo do iratiense tivesse sido arremessado naquele local, conforme denúncia anônima
Da Redação
O caso envolvendo o desaparecimento de Marcos Aurélio Laroca continua sendo um mistério. Depois de 17 dias, a família ainda não teve informações do paradeiro do iratiense, que foi visto pela última vez na tarde do dia 19 de maio, quando estava no pátio de um posto de combustíveis em Irati.
{JIMG4}Depois de oferecerem uma recompensa de R$ 3 mil para quem repassasse informações sobre o paradeiro de Marcos, familiares receberam uma denúncia anônima, na manhã de quinta-feira, 4. Conforme relatado pela suposta testemunha, os ocupantes de um veículo Palio, de cor branca, teriam arremessado um objeto na ponte do Rio Tibagi, nas proximidades do distrito de Uvaia, em Ponta Grossa. Em entrevista ao repórter Sassá, de Ponta Grossa, a irmã de Marcos, Cristiane Lais Laroca, confirmou a situação. “Nós recebemos uma denúncia anônima de uma pessoa que teria visto no dia 19, por volta de meia noite, um carro branco parando nessa ponte e jogando alguma coisa grande dentro do rio, que possivelmente pode ser meu irmão”.
Depois disso, bombeiros do posto localizado no bairro Nova Rússia, em Ponta Grossa, foram acionados e realizaram buscas na BR-373 e nas proximidades da ponte. Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, foi realizada uma visita de reconhecimento no local, que terminou sem indícios de que o corpo de Marcos pudesse ter sido “desovado” no leito do rio. Por isso, as buscas foram suspensas até que surjam informações concretas sobre o fato.
Além da denúncia anônima, outra informação que circulou em Ponta Grossa, nas últimas horas, foi de que uma mulher ligada a um Centro Espírita teve “uma visão” que o corpo de Marcos foi jogado no Rio Tibagi. Porém, o fato não se confirmou. “Realizamos uma busca superficial próximo do distrito de Uvaia, mas não temos indícios de que um corpo foi jogado naquele local. São apenas fofocas e nós não temos nem onde procurar. Não sabemos realmente se ele [Marcos] está vivo ou se foi morto”, informou um bombeiro de Ponta Grossa.
Em outras oportunidades, também surgiram boatos de que Marcos havia sido localizado. Três dias após o desaparecimento, moradores de Irati relataram que o corpo do rapaz estava em uma mata nas proximidades da Colina Nossa Senhora das Graças. Entretanto, as denúncias não se confirmaram. Nos dias 22 e 23 de maio, bombeiros de Irati realizaram buscas nas rodovias que cortam a cidade, mas também não conseguiram localizar indícios de que o corpo de Marcos pudesse ter sido desovado.
O pai de Marcos, Osmar Laroca, agradece o apoio da população iratiense, que tem se mobilizado para tentar encontrar seu filho. Em contato telefônico com a reportagem da Najuá, Osmar confirmou que a equipe do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa realizou buscas no Rio Tibagi, mas sem êxito.
Cristiane diz que os familiares têm realizado buscas constantes para tentar localizar o corpo de Marcos. Ela descarta a possibilidade de que seu irmão tivesse premeditado o desaparecimento. “Procuramos em todas as localidades de Imbituva, rios, mato e a população tem ajudado e feito muito por nós tanto em oração como ajuda em buscas, mas não tivemos nada de informação. Não tem possibilidade nenhuma do meu irmão ter desaparecido por vontade própria. Alguém sumiu com ele. Nós esperamos muito que ele estivesse vivo, mas num estado desses, a probabilidade dele estar vivo é muito pequena. A minha família está sofrendo muito, o desespero, a angústia de não saber o que aconteceu, se está vivo, se está morto, quem fez? porque fez? A gente quer apoio da população, polícia e bombeiros, que nos ajudem a procurar, porque nós só teremos paz quando encontrarmos meu irmão”, reitera Cristiane.
A irmã de Marcos ainda revela que um amigo próximo da família teria conversado com o rapaz pouco antes de seu desaparecimento. Na ocasião, Marcos teria comentado com quem deveria se encontrar posteriormente. “Já temos certeza das pessoas com quem ele estava”, enfatiza Cristiane.
Desaparecimento
Marcos Aurélio Laroca, de 35 anos, foi visto pela última vez no dia 19 de maio. Imagens do circuito interno de um posto de gasolina indicam que seu carro, um Fiat Strada, esteve de fato no local às 15h54 daquele dia. As imagens também mostram que ele conversou durante cerca de um minuto com o motorista de um Fiat Palio branco e entrou no carro, saindo do posto. Cerca de uma hora e meia depois, o Palio teria retornado até próximo do posto de combustíveis.
Familiares indicam que as imagens apresentam um homem descendo do Palio e se dirigindo até a Fiat Strada e esse suspeito teria deixado o local dirigindo o carro de Marcos. A família acredita que o motorista do Palio tenha levado Marcos até a região de Imbituva ou para Fernandes Pinheiro.
De acordo com relatório da Polícia Militar, um funcionário da Caminhos do Paraná localizou um celular e uma chave do Fiat Strada. Os objetos foram encontrados na cabeceira da Ponte do Rio Imbituvão, sobre a BR-277, em Fernandes Pinheiro, por volta das 17h do dia 19. Já o carro foi encontrado mais tarde, a 4 km do local onde estavam as chaves, num estrada rural. Ainda segundo a polícia, o carro estava com as portas abertas e vazio.
Família oferece recompensa
No dia 29 de maio, o pai de Marcos, Osmar Laroca, participou ao vivo do programa Meio Dia em Notícias e solicitou apoio das pessoas, para que repassem informações sobre o paradeiro do filho. Na oportunidade, Osmar disse que a família estava oferecendo uma recompensa de R$ 3 mil a quem oferecer indícios que levem a encontrá-lo, vivo ou morto. Osmar também pediu principalmente às pessoas que moram no interior, que ao caminharem para colher pinhão ou atividades semelhantes que as levem para plantações e florestas, que verifiquem a situação caso sintam algum cheiro característico ou clareira.
Imagens das buscas no Rio Tibagi
Fotos: Repórter Sassá em Ação

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Cristiane revelou angústia da família durante entrevista ao repórter Sassá, de Ponta Grossa |