Baile dos 33 anos da Cidade da Criança será realizado nesta sexta-feira

20 de outubro de 2025 às 17h21m

Evento será realizado no CT Willy Laars na próxima sexta-feira, 24, a partir das 22h/ Marina Bendhack com entrevista de Paulo Henrique Sava e Juarez Oliveira

Na foto, o organizador do baile, Celso Specht, e a diretora da Cidade da Criança, Tatiane Maria Horst. Foto: João Geraldo Mitz

Resumo: ● Ingressos podem ser adquiridos com o organizador do evento, Celso Specht, através do WhatsApp (42) 99947-6878.
● Eles serão vendidos por mesas (a partir de 300 reais) ou individual (50 reais)
● Grupo Marcação animará o evento

Na próxima sexta-feira, 24 de outubro, às 22h, o Centro de Eventos do CT Willy Laars será palco do baile em comemoração aos 33 anos da Cidade da Criança de Irati. O evento contará com animação do Grupo Marcação. Haverá venda de mesas e ingressos individuais. Para adquiri-los, basta entrar em contato com o organizador do evento, Celso Specht, pelo WhatsApp (42) 99947-6878.

O Grupo Marcação começará sua apresentação no evento às 22h30, tocando músicas tradicionalistas do Rio Grande do Sul e sertanejo universitário. As mesas serão de 4 ou 6 pessoas. Os ingressos individuais corresponderão a um bloco de mesas mais ao fundo do CT e custam 50 reais, explica Celso. “A mesa, 300 reais, mais próximo do palco. Eu fiz as de pista, quem quer escolher o local de pista, 350 reais com quatro e 300 reais com quatro, segunda e terceira linha, também próximo do palco e as últimas, então, vai ser 300 reais com seis lugares. Então ‘ah, eu quero montar um grupinho com seis pessoas, amigos, amigas e tudo mais’, não tem problema nenhum, entra em contato comigo aí que a gente vai marcar a mesa e vai já entregar de antemão os ingressos para as pessoas interessadas.”, contou o organizador.

A diretora da Cidade da Criança, Tatiane Maria Horst, ressaltou a importância do baile e da Cidade da Criança. “É muito importante, primeiro para a comunidade saber que a Cidade da Criança está aí, existe, está funcionando, está atendendo, está na ativa. Estamos trabalhando, estamos aí batalhando e são 33 anos, não é bem assim para uma ONG, uma instituição que não seja do poder público se manter meio que sozinha por tanto tempo. Então, assim, é uma maneira da gente confraternizar, agradecer e contar com apoio da sociedade também.”, enfatiza a diretora.

O baile tem como objetivo ajudar a instituição no custeio de seus recursos materiais e humanos, diferentemente do bazar realizado em setembro desse ano pela instituição, cujos recursos foram utilizados para instalar placas de energia solar e reformar o salão principal, informa Tatiane. “Dentro das políticas públicas existem questões de rubricas que a gente chama, onde a gente pode investir determinados recursos dos projetos que a gente manda para a Receita Federal, por um exemplo. Então a gente precisa fazer o uso do dinheiro investindo no patrimônio, seja para ampliar, seja para reformar, seja para comprar materiais de equipamento. A gente não pode ter esse dinheiro, por exemplo, para deixar dentro da conta corrente, por exemplo, da instituição, para ir pagando um professor, uma cozinheira, para ir pagando um instrutor de dança, para ir pagando uma psicóloga, a gente não pode”, afirma.

Por conta disso, Tatiane esclarece que o baile, as feirinhas, as noites da sopa e o chá das mulheres são eventos realizados com o objetivo de manter o serviço diário, com o pagamento de salários, mercado, gasolina, compras, entre outras despesas. As feirinhas da Cidade da Criança são realizadas toda segunda quarta-feira do mês, na Igreja Matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Tatiane acredita que o projeto ganhou uma visão muito grande. “Hoje o nosso trabalho é prevenção. Se a sociedade focasse mais na prevenção, os custos seriam todos mais baratos, seja para o governo, para o não governo, porque a prevenção quando ela é bem eficaz, ela evita muitas coisas, são menos presídios, são menos casas lares, são menos sistemas de socioeducação, mas precisa existir a prevenção efetivamente.”, diz.

No total, 128 crianças e adolescentes são beneficiados pela instituição. Eles passam o dia na Cidade da Criança, de segunda a sexta, com direito a café da manhã, almoço e lanche da tarde. “Eles vão em contra turno, quem vai para a escola à tarde, vai de manhã e vice-versa. Então, esse ano a gente conseguiu uma parceria com o CRAS da Lagoa, através da Secretaria de Assistência Social, eles estão fornecendo alguns oficineiros para nós, fora os que a gente já tem lá que são voluntários da instituição. Então as crianças estão tendo aulas de artes marciais, capoeira, dança, técnicas de circo, a própria inclusão digital, que continua com o pessoal do CTG Terra dos Pinheirais, que atua lá com o projeto Transformando Vidas Através da Cultura Gaúcha, a Katiúscia ali do estúdio Izabela Proceke que está desde o começo do ano com a gente lá dando aula de balé”, conta Tatiane.

Várias atividades são desenvolvidas dentro da Cidade da Criança, fora o trabalho feito com as duas pedagogas da instituição. Além disso, é desenvolvido na instituição o programa Agentes da Cidadania, que faz com que adolescentes a partir dos 14 anos frequentem o projeto e desenvolvam alguma atividade educativa. Os agentes auxiliam como monitores das professoras e desenvolvem atividades. Para isso, recebem uma bolsa do Governo do Estado de 400 reais. Atualmente a Cidade da Criança conta com 10 agentes da cidadania no período da tarde e dois no período da manhã, sendo uma forma de combater a evasão escolar.

Outros sete funcionários trabalham no local. Eles recebem apoio dos voluntários, Amigos da Cidade da Criança, e da diretoria. Tatiane observa que o projeto tem funcionado bem para muitas crianças e adolescentes. “Qual é o nosso objetivo? Impactar socialmente. Nosso foco nem é a educação, mas é esse impacto social. Em vez de não estar na escola, está ali, fazendo alguma coisa, um tempo ocioso, então eles tão ali, eles estão sendo estimulados de alguma forma, seja com a dança, seja com a capoeira, com a informática, com a música, com o trabalho que está disponível ali para aquele dia.”, diz.

Tatiane ressalta que são várias as portas de entrada para a Cidade da Criança. “Tem várias portas de entrada, a primeira são os próprios pais da comunidade que procuram. Era esse o nosso objetivo, quando a gente mudou de modalidade, atender só o alto da Lagoa, ficar com o número ali entre 60, 70 crianças. Mas o projeto, como eu disse, ganhou uma visão um pouquinho maior, então, hoje a gente tem encaminhamentos que vêm até da escola, às vezes, alguns pedidos da Secretaria da Educação, Conselho Tutelar, CREAS, principalmente, CRAS. Porque dentro desses equipamentos governamentais que o município oferta de serviços, eles não têm nenhum tipo de atividade que seja o dia inteiro, então, que a criança possa estar lá todo dia inserida para os pais trabalharem. Então, acaba que começaram a surgir esses encaminhamentos e hoje a gente está aí com esse número de 128 crianças e adolescentes”, informa a diretora.

Subsídio

Atualmente a instituição recebe uma subvenção municipal de 12.600 reais por mês, que auxilia no custeio de compras, material pedagógico e outros itens. Os projetos também são uma fonte de auxílio financeiro, além dos benfeitores da Alemanha, que não são colaboradores efetivos mensalmente, mas a cada três ou quatro meses fazem uma doação.

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