Secretário Municipal de Meio Ambiente esclarece que aterro precisa de algumas melhorias, mas que tudo está encaminhado para sua adequação. Além disso, Zaboroski defende a ideia do aterro se tornar intermunicipal
Fernanda Santos com reportagem de Sassá Oliveira
A equipe de reportagem da Rádio Najuá esteve no Aterro Sanitário de Irati na quarta-feira (6), com o secretário municipal de Meio Ambiente, Osvaldo Zaboroski. O motivo da visita foi esclarecer a situação do local e quais as medidas que o município está tomando para se adequar a Lei de Resíduos Sólidos.
Quando assumiu a pasta neste ano, ele observou que há muitas ações a se fazer para a regularização. Para isso, ele expõe que falta um documento formal da passagem do antigo proprietário da área para o município. Em termos legais, Zaboroski crê que não há motivos para não se ter as licenças ambientais. “O que nos emperra, por enquanto, é a condição de organização, que já está sendo feita”.
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“Eu acredito que até o fim deste ano, tendo os equipamentos necessários e o apoio da Secretaria Municipal de Obras, será visível a mudança espetacular do aterro”, afirma Zaboroski.
Sobre a estrutura, ele cita as canaletas de águas pluviais do aterro, que estão interrompidas, e a grande quantia de lixo, que poderia ser reciclada pelas cooperativas. A ideia é melhorar a condição do aterro e, segundo ele, há um projeto de parceria da prefeitura com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) para as melhorias, como a instalação de células recobertas, tanques de chorume e captação de biogás.
“Eu acredito que até o fim deste ano, tendo os equipamentos necessários e o apoio da Secretaria Municipal de Obras, será visível a mudança espetacular do aterro”, afirma Zaboroski. Ele expõe que o objetivo é adequar o aterro às leis e obter a legalização reconhecida.
Ações promovidas
Ao longo do período que está a frente da secretaria, Zaboroski diz que houve o planejamento total das falhas para analisar em quê se deve melhorar. “Foi vista a unificação do aterro, condicionando não só para a segunda célula. Pois se fizermos a abertura de uma nova célula, de imediato, só a geomembrana custará R$ 500 mil, além de mais outros serviços que vão somar o valor de R$ 822 mil. Nós não temos dinheiro para isso, mas fechando a célula mencionada para fazer a captação de gás para a segunda célula, teremos economia”, apontou.
Com a terceirização da coleta de lixo, que foi concretizada, Zaboroski acredita que o município só tem a ganhar com o serviço que será oferecido, porque, segundo ele, outras cidades que usam esse modelo de recolhimento de resíduos tiveram mudanças muito positivas. Como benefício, ele cita o tamanho dos caminhões, que são acima de 15m³, aumentando a capacidade de coleta, além do tempo de serviço. Outra diferença é que serão três funcionários por veículo, fazendo um serviço mais organizado.
“Pela minha projeção, se a população organizar a separação do lixo, o nosso aterro vai estar funcionando adequadamente para, no mínimo, daqui 12 a 14 anos”. (M5) Zaboroski também destaca que o município tem promovido ações para conscientizar a população sobre a separação correta dos resíduos, principalmente com as crianças.
Sobre a frota de caminhões de lixo da prefeitura, o secretário diz que um deles será utilizado para a coleta em Gonçalves Junior, Guamirim e Itapará com mais frequência, uma vez que a empresa terceirizada fará o serviço no quadro urbano. Outro poderá se transformar em uma caçamba para melhorar a condição da coleta verde.
Secretário é a favor que municípios da região também usem aterro
Com esse novo projeto de organização e adequação às normas exigidas, Zaboroski conta que está convidando prefeitos e secretários de Meio Ambiente da região para conhecer melhor o aterro de Irati. De acordo com ele, há a vontade de fazer uma parceria com as outras prefeituras na forma de um consórcio para o uso do local.
“Se houver esse consócio com a cidade de Irati abraçando a causa com forças para que os municípios usem o aterro, as verbas serão liberadas. Os governos, estadual e federal darão mais recursos”. O secretário garante que a área de cerca de quatro alqueires do aterro comporta os resíduos dos municípios vizinhos.