Aproximadamente 860 toneladas de lixo são destinadas para transbordo por mês em Irati

Complexo Gari está situado na Vila São João e recebe resíduos de diversos tipos para…

30 de dezembro de 2024 às 00h14m

Complexo Gari está situado na Vila São João e recebe resíduos de diversos tipos para posterior destinação/ Marina Bendhack com entrevista de Rodrigo Zub, Jussara Harmuch e Juarez Oliveira

Funcionários da Cooperativa Cocair e da Associação Malinowski realizando separação de materiais recicláveis no Complexo Gari. Foto: Divulgação

Aproximadamente 860 toneladas de lixo são destinadas por mês para transbordo no complexo Gari, situado na Vila São João, em Irati. Desde que o transbordo começou a ser realizado em 2022, houve um aumento de 220 toneladas do material coletado.

Em entrevista à Najuá, a secretária de Ecologia e Meio Ambiente, Magda Lozinski contou como funciona o processo do transbordo do lixo coletado. “Então, a empresa C Brasil, que é a empresa hoje que faz a coleta de resíduos orgânicos no município de Irati, ela executa o seu itinerário diariamente. E existe lá na Vila São João o que a gente chama de unidade de transbordo, que é onde todos os caminhões do lixo descarregam o seu resíduo para posteriormente ser destinado pra um aterro sanitário licenciado. Hoje, a prefeitura tem um contrato de destinação com a empresa Zero Resíduos no município de Teixeira Soares, que é o aterro que recebe os nossos resíduos. Então, diariamente, aproximadamente 33 toneladas de lixo saem do município, totalizando, no final do mês, 860 toneladas”, contou a secretária.

Magda revelou a quantidade de lixo destinada para o local nos últimos anos. “Lá em janeiro de 2022, o primeiro mês que a gente fez o transbordo, a gente conseguiu destinar 745 toneladas de resíduo. Hoje, em janeiro de 2024, a gente destinou 967 toneladas de resíduos. Então, de 2022 para 2024, em dois anos, vejam o quanto de resíduo a mais mensalmente, a gente está produzindo. Então, houve um acréscimo muito grande na geração de lixo de Irati. São 220 toneladas em dois anos de acréscimo mensal”.

O contrato com a empresa Zero Resíduos para o transbordo do lixo foi renovado recentemente e será finalizado no fim de 2025. A prefeitura paga o trabalho do transbordo por toneladas, conforme a secretária. “São R$ 201 por tonelada destinada. Então, por mês, se a gente destinar 967 toneladas, chega aí, aproximadamente, a R$ 201 mil de destinação de lixo por mês. Só destinação, sem contar o custo na coleta do resíduo, porta a porta”.

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O Complexo Gari também recebe materiais que não são comercializados pelos funcionários das cooperativas de reciclagem. Objetos como sofá, colchão, pedaços de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos podem ser descartados no local. A população pode ir até a unidade de transbordo, que fica no Complexo Gari, para dar destino aos resíduos que não são coletados pela prefeitura. “Embora a gestão pública hoje possibilite vários tipos de coleta, inclusive, recentemente, a gente inaugurou os nossos ecopontos, a gente possibilita pra população a destinação correta dos resíduos recicláveis, que é uma coleta específica, resíduos orgânicos, que são caminhões específicos, a coleta verde, que é uma terceira coleta diferenciada, e agora, também, a gente consegue possibilitar que a população leve até o nosso complexo gari sofá, colchão, eletrodomésticos e eletroeletrônicos”, disse Magda.

Esses materiais podem ser encaminhados diariamente para o Complexo Gari. O agendamento para entrega dos materiais pode ser feito na Secretaria do Meio Ambiente no telefone 3132-6285.

Os materiais como sofá, colchão e móveis são desmanchados e algumas partes vão para o transbordo e outras são reaproveitadas. Já a destinação do lixo eletrônico é feita pela empresa Sete Ambiental, de Curitiba.

Secretária de Ecologia e Meio Ambiente, Magda Lozinski, atuou no cargo nos dois mandatos do prefeito Jorge Derbli. Foto: João Geraldo Mitz (Magoo)

Conscientização da população: Boa parte da população não faz a separação do lixo. Por isso ainda chega no transbordo uma grande quantidade de resíduos, que contamina outros materiais.

Alguns materiais que a cooperativa não consegue comercializar como isopor, pacotes de salgadinho metalizados e embalagens de papelão engorduradas não são aproveitadas. A gordura pode contaminar o material e interfere em seu processo de recuperação, impactando a reciclagem. Todos os materiais PETs são comercializados.

Por conta disso, Magda reforça a importância de a população lavar as embalagens plásticas para que elas sejam recicladas. “Uma coisa que a população tem que ter como conscientização é que o manuseio desses materiais é total. Então, as pessoas que trabalham na associação cooperativa, elas põem a mão em todo o nosso resíduo. Com certeza, é muito melhor eles estarem fazendo a separação de um vidro de maionese, que às vezes tem um cheiro mais forte, um vidro de iogurte, porque devido ao tempo que fica ali armazenado no nosso lixinho, pode estar azedo. Uma embalagem de leite. Então, pensa a pessoa que está lá o dia todo trabalhando com esse tipo de material. Então, se a gente puder dar uma lavadinha, a gente vai estar proporcionando uma melhor condição do lixo para as pessoas manusearem”.

“A partir do momento que essa minha caixinha de creme de leite entrou em contato com outros materiais recicláveis, ela está sujando outros também. Então, dar uma enxaguadinha ali na caixinha de creme de leite também não custa nada. São pequenas atitudes que vão colaborar não só com a questão da associação cooperativa, mas em relação à questão ambiental como um todo”, complementou a secretária.

Em relação aos cacos de vidro, a empresa C Brasil coleta como resíduo orgânico comum. Já as garrafas e embalagens inteiras são coletadas pelo reciclável. As latas e tampas de alumínio são reaproveitadas. Para descartar óleo, é preciso colocá-lo no lixo reciclável em uma embalagem de garrafa PET bem fechada.

A coleta verde não vai para o transbordo. “No transbordo não entra os resíduos que a gente chama de coleta verde. Porque como são resíduos orgânicos, folhas, grama, galhos, a limpeza do quintal e a limpeza do jardim, como são materiais que se decompõem, a gente tem um outro espaço no complexo Gari, onde a gente destina esse tipo de material. O município não tem porque gastar, pagar para enterrar grama e folha, que é uma coisa que vai se decompor. Então, a gente tem no complexo Gari um espaço próprio. É preciso entrar em contato com a Secretaria do Meio Ambiente para poder entrar lá e descartar os itens de coleta verde.” Magda reforça que os itens da coleta verde precisam ser despejados lá sem suas embalagens plásticas. Também, é possível que a prefeitura colete esse material, a população pode entrar em contato com a Secretaria para combinar a coleta.

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A secretária de Meio Ambiente ainda reforçou a importância da construção do Complexo Gari. “Onde hoje a gente consegue fazer a destinação correta de todos os resíduos do município, inclusive agora com os ecopontos inaugurados, a gente consegue possibilitar para a população tudo isso. Reciclável, orgânico, coleta verde, resíduos de função civil através de empresas privadas, uma empresa específica que faz a coleta de resíduos de função civil, a coleta do óleo usado…”.

Entre os trabalhos realizados pela Secretaria do Meio Ambiente nessa gestão da prefeitura, Magda ressaltou a dragagem, que funcionou de forma preventiva para que as enchentes não fossem tão severas, a coleta verde, corte de árvores, limpeza de espaços públicos, e manutenção dos parques.

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