Dados foram apresentados durante participação do comandante da 8ª Companhia, Capitão Henrique de Sá Ribas, na Tribuna Popular da Câmara de Irati/Paulo Sava
A quantidade de drogas apreendidas pela 8ª Companhia Independente da Polícia Militar (8ª CIPM) em Irati cresceu no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Os dados foram apresentados pelo comandante da 8ª CIPM, Capitão Henrique de Sá Ribas, durante participação na Tribuna Popular da Câmara na última terça-feira, 13.
No total, foram apreendidos 4010 kg de maconha, 1050 kg de crack e 400 gramas de cocaína. No mesmo período, o número de prisões por tráfico aumentou em 80% e o de detenções por uso de entorpecentes cresceu 30%.
Em seu discurso, o capitão enfatizou que, mesmo com as discussões em andamento no Congresso Nacional a respeito da legalização do porte de uma determinada quantidade de maconha para consumo, as prisões continuam acontecendo normalmente em Irati e região.
“Se me perguntarem agora ‘olhe, o STF (Supremo Tribunal Federal) alterou a questão do uso de entorpecente, de droga, o que tem alterado?’ Por hora, continua tudo igual. Se o cidadão for pego fumando maconha ou alguma coisa do gênero, consumindo uma droga ilícita, é feita a abordagem, o encaminhamento e todo o procedimento pelo Poder Judiciário. Depois, lá na aplicação da pena, deve ser feito algum tipo de ajuste com relação à decisão do STF, mas o nosso procedimento continua sendo o mesmo”, frisou.
Apreensões de armas de fogo – A quantidade de armas de fogo apreendidas aumentou 150% no primeiro semestre de 2024, em comparação com 2023. No ano passado, neste período, foram apreendidas quatro armas. Já neste ano, foram feitas 10 apreensões.
Furtos e roubos – Ainda no primeiro semestre de 2024, houve uma queda de 20% no número de furtos em Irati. Em 2023, foram 260 furtos no primeiro semestre; já neste ano, no mesmo período, foram registradas 209 ocorrências deste tipo. O capitão explica como se caracterizam os furtos. “O que são os furtos? São entradas em residências, furtos de veículos, de carteiras, de qualquer maquinário, de botijão de gás. Este quantitativo é bem expressivo e entra na média dos cinco maiores crimes que nós atendemos aqui na cidade”, pontuou.
Houve também uma redução de 45% nos casos de roubos. Em 2023, no primeiro semestre, foram 29 casos. Já neste ano, a quantidade caiu para 16. Já a quantidade de veículos recuperados aumentou 80% em relação ao ano passado. Em 2023, foram recuperados cinco veículos; neste ano, foram nove.
Boletins – A PM também registrou neste primeiro semestre 207 boletins de ocorrência por perturbação do sossego ou do trabalho alheio, 203 por ameaça, 103 por dano, 87 por violência doméstica e familiar e 80 por lesão corporal.
No total, a PM lavrou 2265 Boletins de Ocorrência e 72 Termos Circunstanciados no primeiro semestre deste ano. No mesmo período, foram recebidas 2965 ligações via 190 de todos os municípios da região e realizadas 166 prisões em flagrante.
Patrulhamentos e fiscalizações – Nas localidades do interior, a Patrulha Rural instalou 20 placas com informações sobre formas de contato com a PM e visitou 120 propriedades cadastradas em Irati. Em relação à operação Mulher Segura, foram feitas 80 visitas preventivas e 141 visitas de fiscalização de cumprimento de Medida Protetiva de Urgência. Também foram realizadas as Ações Integradas de Fiscalização Urbana (AIFU) em diversos municípios da região, juntamente com o Corpo de Bombeiros e órgãos de fiscalização dos municípios.
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ROCAM – Em 2023, a PM instituiu o patrulhamento com motos, através da ROCAM, o que, segundo Ribas, permite um deslocamento mais rápido dos policiais até os locais das ocorrências. “Conseguimos deslocar com mais facilidade, fazer algumas abordagens a veículos que até então conseguiam empreender fuga de maneira mais facilitada das nossas viaturas grandes. Então, o nível de ocorrências e a quantidade de abordagens aumentaram. Realizamos diuturnamente, com a Patrulha Rural Comunitária, visitas na nossa área rural. Não nos restringimos à área urbana, mas como grande parte da nossa população está na área rural, intensificamos o patrulhamento rural, fazendo visitas e colocando placas nas residências”, pontuou.
Combate à violência doméstica – Em relação aos casos envolvendo violência doméstica, o comandante ressaltou que foram instituídos programas e feitos treinamentos para que os policiais passassem a atender as vítimas de uma forma mais humanizada.
“Hoje, fazemos visitas preventivas a estas mulheres que porventura tiveram um desacerto com o marido, o convivente ou namorado, para que consigamos, de alguma forma, impedir ou prevenir um eventual caso. Também fazemos visitas de medidas protetivas de urgência, para as mulheres que já têm uma ação contra o seu companheiro por agressão e o Poder Judiciário expede uma Medida Protetiva para que aquele cidadão não se aproxime da mulher. Cabe também à Polícia Militar e enalteço o trabalho da Guarda Municipal, que é feito em conjunto neste sentido, para irmos fiscalizando estas medidas”, comentou.
Monitoramento – Além disso, a PM possui 56 câmeras de monitoramento, que podem ser vistas através de um link fornecido pela empresa Inviolável. As viaturas contam com tecnologia embarcada, possibilitando saber a localização de cada uma delas e qual está mais próxima de uma ocorrência, para um atendimento mais rápido.
Aproximação da comunidade – O principal foco da PM é estar próxima da comunidade para saber qual tipo de policiamento deve ser aplicado. Com isto, o comando da Polícia também visa reduzir erros e abusos por parte dos policiais.
“A Polícia Militar não compactua com desvios e é uma das instituições do estado do Paraná que mais aplica reprimendas aos seus servidores. Não temos nenhum tipo de ‘passar a mão na cabeça’, não compactuamos com qualquer tipo de desvio ou corrupção. Todas as instituições e pessoas estão sujeitas a erros. Não existe no mundo qualquer instituição ou polícia que não cometa erros, vide os casos de brasileiros mortos nos Estados Unidos e Londres por ações da polícia”, destacou.
Tempo de espera – O tempo de espera por uma viatura, entre a ligação da vítima e a chegada dos policiais, é de 9 minutos, em média, em Irati. Porém, a expectativa é de que este tempo seja reduzido ainda mais. “A nossa intenção é de tentar, gradativamente, ir diminuindo este tempo de angústia, para que o cidadão que liga no 190 tenha este atendimento o quanto antes para sanar aquele problema”, finalizou.