Após dez anos, padre Eufrem Krefer se despede da Paróquia São Josafat

Pároco deixa Prudentópolis para trabalhar na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Curitiba Edilson Kernicki, com…

07 de abril de 2016 às 12h02m

Pároco deixa Prudentópolis para trabalhar na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Curitiba

Edilson Kernicki, com reportagem de Élio Kohut
Após dez anos de serviço pastoral na Paróquia São Josafat, em Prudentópolis, o padre Eufrem Krefer deixa o posto de pároco para ser transferido à Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Curitiba.
No sábado (2), Eufrem completou dez anos da celebração da missa em que ele foi empossado como pároco. Na semana passada, Eufrem também comemorou seus 50 anos de vida. A diretoria da Paróquia São Josafat preparou um jantar de despedida em homenagem ao padre.
O sacerdote disse que todos nós somos chamados a uma missão, uma vocação, e cada uma delas é importantíssima. “Todas elas têm um valor muito grande diante de Deus e da sociedade e, de uma maneira específica, dentro da igreja: a vocação matrimonial; a dos que escolhem ser solteiros, a vida de consagradas e consagrados e a vida sacerdotal”, comenta.
De acordo com o padre, o sacerdócio não é uma escolha pessoal, como a de uma carreira profissional, mas um chamado de Deus.“A luz divina, que aos poucos vai iluminando os passos da vida, e a pessoa vai encontrando pessoas certas, que vão direcionando, vão apoiando. É claro, em primeiro lugar, ter uma família, um lar de oração, uma família de fé, como eu tenho, como eu sempre tive. Isso é um chamado de Deus. Ninguém é merecedor maior de uma graça especial ou não. É um chamado de Deus. Deus chama quem ele quer”, afirma. O pároco define a vocação do sacerdócio como “doação total”.
O padre Eufrem Krefer salienta que a vida religiosa exige, também, muito estudo: “Não se é ordenado de uma hora para outra. É preciso ter, no mínimo, duas faculdades: de Filosofia e de Teologia, para poder assumir este compromisso muito grande diante da Igreja, diante da sociedade, para reconduzir o rebanho de Cristo. É uma alegria muito grande poder viver o sacerdócio nas comunidades”, relata.
A primeira década de sacerdócio do padre Eufrem Krefer, entre 1995 e 2005, foi exercida na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Irati. Depois, trabalhou durante um ano em Ivaí, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus. Nos últimos dez anos, Eufrem foi pároco em Prudentópolis, na Paróquia São Josafat.
“Irati foi meu início, foi o lugar onde eu tive minha primeira caminhada como sacerdote. Tive um apoio muito grande de todos os paroquianos da Paróquia Ucraniana Imaculado Coração de Maria, e também de toda a cidade, da comunidade. É um lugar especial de que eu sempre lembro muito bem, com muita alegria, dos dez anos que vivi em Irati”, comenta.
Eufrem diz que sentiu medo quando recebeu a proposta do então bispo Dom Efraim Krevey – falecido há quatro anos – para se tornar Provincial, no lugar do padre Teodoro Haliski, que atualmente é um dos vigários da Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Irati. “Achava que eu não tinha competência, mas, pela insistência do padre provincial da época, eu me coloquei nas mãos de Deus e pensei: vamos fazer o que puder. Achava que ficaria dois ou três anos, no máximo, e hoje, em 2 de abril, exatamente, faz dez anos de Paróquia São Josafat”, diz.
O desafio pastoral se revela ainda mais grandioso quando se tem em conta que a Paróquia São Josafat é a maior paróquia ucraniana do Brasil, com a matriz e mais 37 comunidades e engloba aproximadamente 7 mil famílias. “É uma paróquia que tem muita atividade, muitos grupos, muitas comissões, diretorias, pastorais”, afirma. Para atender a toda essa extensão, a paróquia conta com 13 sacerdotes.
Eufrem destaca que, há quase dois anos, houve o desmembramento da Paróquia, quando a comunidade da Imaculada Conceição foi elevada à condição de Eparquia Sufragânea da Metropolia São João Batista (a Arquieparquia sediada em Curitiba).
Sobre os dez anos como pároco em Prudentópolis, o padre revela “uma grande alegria em poder contribuir, com o pouco que sou, com essa comunidade. Pouco que sou porque sozinho ninguém faz nada; sempre tive muitas pessoas que me apoiaram, diretorias, comissões da igreja. O apoio das pessoas aqui foi fundamental, como tive o apoio em outras comunidades onde trabalhei. É um trabalho de conjunto em que o padre está à frente. O padre tem que ser um líder espiritual, mas também um líder em todas as outras decisões para que a comunidade possa progredir em todos os sentidos”, avalia.
Eufrem agradece a homenagem dos paroquianos e o apoio de todos os demais padres ao longo dos últimos dez anos. “Foi uma coincidência esse jantar cair no mesmo dia em que assumi a paróquia, há dez anos. Por isso é uma alegria, para mim, é uma satisfação muito grande de poder conversar com essas pessoas, já nesses últimos dias em que vai acontecer minha transferência definitiva para outra paróquia”, observa o padre.
O sacerdote comenta que assumir a nova paróquia, em Curitiba, é um desafio, por ser uma realidade bem diferente da experimentada no interior. “No trabalho pastoral, como sacerdote, o trabalho é o mesmo. Na parte da administração dos grupos, se diferencia, porque é a cidade, é o centro, mas é uma paróquia muito importante, muito especial para a nossa comunidade ucraniana no Brasil”, resume.
O diretor da Paróquia, Antonio Popiu, define o padre Eufrem Krefer como um grande líder espiritual e um bom administrador da parte material. “Foi sempre muito objetivo e trabalhou muito bem. Por isso, tínhamos que fazer essa despedida para ele”, diz.
Confira mais fotos do jantar em homenagem ao padre Eufrem Krefer clicando aqui
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