Após 4 anos, Festa Estadual do Kiwi volta a ser realizada e movimenta fruticultura malletense

Evento aconteceu no último fim de semana e contou com diversas atrações como rodeio country,…

06 de maio de 2024 às 22h59m

Evento aconteceu no último fim de semana e contou com diversas atrações como rodeio country, show nacional com Antony e Gabriel, além da comercialização de kiwi, ameixa e outros produtos/Texto de Rodrigo Zub, com reportagem de Sidnei Muran

Kiwi, sucos e outros produtos da fruticultura foram comercializados na 24ª edição da Festa Estadual do Kiwi. Foto: Sidnei Muran

Depois de quatro anos, a Festa Estadual do Kiwi voltou a ser realizada em Mallet, na região Centro-Sul do Estado. O evento foi realizado entre os dias 3 e 5 de maio no Centro de Eventos do município. A programação contou com rodeio country, café colonial, shows com destaque para a apresentação da dupla sertaneja Antony e Gabriel e baile com o grupo “Os Serranos”, além da comercialização de produtos artesanais e frutas.

A 24ª edição da Festa Estadual do Kiwi estava programada inicialmente para ocorrer em 2020, mas foi suspensa em virtude da pandemia de coronavírus. Com isso, o evento só voltou a acontecer neste ano. Até o momento não foi divulgado um balanço da festa com número de participantes e de pessoas que adquiriram os produtos.

Em entrevista ao jornalista Sidnei Muran, o prefeito de Mallet, Moacir Alfredo Szinvelski, disse que as atrações da festa permitiram diversão para todos as idades e públicos, pois havia brinquedos para as crianças, espaços para expositores de marcas e serviços e oportunidades de negócios para vendedores de máquinas e equipamentos.

Já o prefeito de Irati, Jorge Derbli, que é presidente da Associação dos Municípios do Centro-Sul do Paraná (Amcespar), destacou que a festa é uma oportunidade de promover os agricultores familiares e o produto de destaque de cada cidade. Derbli citou a importância da diversificação das propriedades e destacou que a região é formada por agricultores batalhadores. Segundo o prefeito, cabe aos municípios fomentar o apoio necessário aos produtores, como é o caso do pêssego em Irati, kiwi em Mallet e pinhão em Inácio Martins.

Durante a festa, algumas pessoas comercializaram o kiwi in natura e outras venderam produtos derivados, como sucos, licores e vinhos. O produtor Amarildo Scheliga afirmou que o kiwi garante uma renda a mais dentro do processo de diversificação existente em sua propriedade. “Na minha propriedade o kiwi faz a diferença porque hoje praticamente eu estou vivendo da fruta. Eu gostei muito de trabalhar com essa fruta, vem com a produção boa, o nosso clima ajuda aqui em Mallet”, afirmou Amarildo, que ainda tem outras opções de renda na propriedade como a produção de soja, erva-mate e milho. Amarildo ainda comentou que é auxiliado pelos filhos, que ajudaram na venda do kiwi durante a festa.

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Outro produtor que participou da festa foi Eudório Diduh, que produz kiwi, ameixa, uva e derivados. “O clima está ajudando está favorecendo nós temos 600 pés de ameixa ‘Fortuna’ e a ‘Letícia’ [variedades de ameixa] e temos 1.300 pés de kiwi. E também temos banana fazemos geleia, fazemos suco fazendo tudo participando desse modelo, que daqui um mês é a poda”, revelou o produtor da Serra do Tigre, que comercializa seus produtos para moradores de outras cidades como Curitiba e Guarapuava. Eudório conta com auxílio do filho Fernando, garantindo a transição familiar da atividade.

O casal Dirceu Francisco Kieltyka e Inez Roseli desenvolveu a receita de um licor de amora. Eles pretendem apresentar a novidade na próxima edição da festa. “O licor de amora surgiu uma questão de aproveitarmos melhor a fruta e agregar valor a ela em tempos que nós não temos amora, porque a produção de amora é em novembro e dezembro. Depois os outros dez meses do ano, a gente não tem amora. Então criamos uma receita porque a base da receita sempre ela é um tripé, a frutam mais o açúcar mais aguardente de boa qualidade. Eu fui adaptando esta receita e chegamos num ponto certo da receita que o consumidor, o degustador de licor adorou e aprovou”, contou Dirceu, que desde 2016 produz licor de pêssego.

O produtor salienta que as receitas são diferentes e até o processo artesanal. “Eu sempre digo assim sabor único a cada garrafa porque a cada 16 garrafas sempre o sabor ele oscila levemente, porque aí depende da quantidade de sol que a fruta recebeu, a receita é a mesma, mas tudo isso tem influência. Eu tenho um ano para desenvolver o licor de kiwi para termos na próxima kiwi fest”, brinca Dirceu.

Festa Estadual do Kiwi é a oportunidade para os produtores ampliarem as vendas para os visitantes. Foto: Sidnei Muran
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